terça-feira, janeiro 14

8 anos de ti. Happy Birthday!

8 anos de ti. 8 anos de nós.

Tanto queria dizer sobre ti. Como tens sido forte meu amor. Como tens sido fenomenal.

Há 8 anos que a minha vida tem mais luz.

Tu és simplesmente maravilhosa. És tudo o que desejei e sonhei. Tu és a incrível combinação do que existe de mais belo: a menina delicada, mas forte. A menina dedicada, mas brincalhona. A menina talentosa. A menina versátil, que tanto anda de vestido como de roupas de treino, a que gosta de brincar com coisas de "meninas e meninos".

A menina que dá os melhores abraços e os beijinhos mais carinhosos.

A menina que me deixa sem palavras, e me enche o coração todos os dias.

Eu sei que tenho falhado tanto contigo, e peço tanta desculpa. Há 8 anos atrás prometi que iria proteger-te de tudo. E falhei tanto. Mas eu sei que um dia tu compreenderás que eu tentei. Mas tu sabes que estarei sempre do teu lado, mesmo quando a vida fique difícil.

Tu és a minha menina Luz. E o teu nome resume tanto sobre ti. És a minha Estrela guia. Obrigada, meu amor!

E porque as celebrações ainda não terminaram,

HAPPY BIRTHDAY MY LOVE!

I LOVE YOU!




segunda-feira, janeiro 13

Cuida de ti.

A vida ensina-nos tanto, se quisermos aprender.

A mim ensinou-me, desde cedo, que o mundo nem sempre é perfeito. Que às vezes a perfeição esconde tantas imperfeições, que só quem as vive as conhece de verdade.

A mim ensinou-me que, nem sempre, teremos as pessoas do nosso lado e que, às vezes, precisamos lutar sozinhos.

Sempre me deixei afetar demais pelos outros. Não por culpa deles, mas por minha própria culpa. Afinal de contas somos os únicos responsáveis por nós mesmos.

Olhamos para os outros e para o mundo através dos nossos próprios olhos e, de certa forma, esperamos deles o mesmo que lhes desejamos. Por outras palavras, tratamos os outros de acordo com os nossos valores e esquecemo-nos muitas vezes que os valores deles podem ser diferentes.

O problema de algumas pessoas continua a ser a falta de capacidade para se colocarem no lugar do outro, o egoísmo de acharem que o mundo gira em torno de si mesmos. Há uma falta qualquer de empatia generalizada que transforma as pessoas em pessoas com as quais é difícil lidar.

Acredito que por muitas palavras que usemos para descrever os outros, nada os fará mudar.

Os únicos que podemos mudar somos nós mesmos. E para que sejamos capazes de o fazer teremos que cuidar de nós.

Cuida de ti! é o tema de hoje. Porque tantas vezes precisamos de nos relembrar que se não cuidarmos de nós, ninguém irá cuidar.

Se estás a ler isto, lembra-te que para que te sintas forte o suficiente para lidares com pessoas que de alguma forma mexem contigo, terás que priorizar o teu bem estar. Eles não mudam, mas tu podes mudar! Por ti!

Cuida de ti!





sexta-feira, janeiro 10

Divorciei-me, e agora?

Antes de começar a escrever, quero apenas partilhar que não é meu intuito fazer deste cantinho o meu diário. (Podia, porque tenho assuntos sem fim para partilhar.)
Tenho que confessar que há tantas coisas que mudaram, que sinto que vos preciso de atualizar.
Mas, adianto que para a semana retomaremos temas que, em tempos, foram habituais, diferentes destes em que venho aqui abrir o meu coração.

Divorciei-me, e agora?
É o tema para hoje.
De quase todas as pessoas escutei um "lamento imenso" quando partilhei que me tinha separado, como se com o divórcio eu tivesse perdido algo muito importante.
Claro que um divórcio coloca fim a um casamento. E com isso, a alguns planos. Mas, nem sempre o divórcio tem que ser encarado como uma perda. Às vezes, o divórcio é uma ou a solução.

Ainda vivemos numa sociedade em que terminar um casamento parece ser o fim do mundo, em que as pessoas têm que, obrigatoriamente, ficar tristes com isso.
Perpetuar que o divórcio é uma "trajédia" é perpetuar a ideia de que os casais devem permanecer juntos. E como sociedade não o deveríamos fazer.

Vamos desconstruir esta ideia por favor?
Nem sempre o divórcio é um problema. Às vezes é a solução! E está tudo bem. Está tudo bem que os casamentos terminem, que os casais não queiram ou não fiquem para sempre juntos. Estamos longe dos tempos em que os casais tinham que viver presos à ideia de que "só a morte os separa". Às vezes as pessoas morrem estando vivas. Às vezes, as pessoas estão separadas vivendo juntas. Às vezes as pessoas não sonham mais em conjunto. Às vezes as coisas não fazem mais sentido. Manter um casamento é uma ideia construída pela sociedade. E de nada nos adianta esperarmos que um casal mantenha algo que já está destruído.

Não lamentem quando alguém vos disser que o seu casamento chegou ao fim. Ao invés disso, questionem como essa pessoa se sente. Talvez esteja mais leve, mais feliz.

As pessoas mudam (ou não) e as coisas terminam.
E, felizmente, vivemos numa sociedade livre. Temos a liberdade de podermos terminar um casamento. Já imaginaram se vivéssemos numa sociedade em que não tivessemos escolha?
Numa sociedade que nos obrigasse a permanecer presos a algo que já não faz mais sentido, ou não nos faz bem, ou que deixou de ter significado? Deve ser difícil, parece-me muito mais pesado. Eu lamento por todos aqueles que estando presos a algo não se conseguem libertar. Eu lamento por todos aqueles que vivem acorrentados a uma espécie de sentença perpétua.

O divórcio nem sempre é um problema. Ou não deve ser.
Permanecer num relacionamento que não nos faz bem é um problema bem maior.

Faz sentido para vocês? O que acham sobre isto?

quinta-feira, janeiro 9

Fiz o luto dos meus pais. E agora faço o luto por um filho.

Pensei várias vezes se deveria escrever sobre isto.

Mas sim. Eu quero. Eu preciso. Estou cansada de guardar tudo cá dentro.

Falei muitas vezes de mim, da minha história, mas nunca a contei de forma a que a pudessem compreender.

O título diz tudo. Depois de aos 21 anos ter saído de casa, as coisas complicaram-se de tal forma que fiz um luto. O luto da minha família, dos meus pais e irmãos. Manter contacto não era viável.

No meio desse reboliço, nasceu o Gabi e isso foi transformador. Ajudou-me a curar as lacunas e as feridas causadas pela perda anterior. O Gabi tornou-se a minha família. Cresci ao mesmo tempo que ele. Superei medos, traumas, dificuldades. Ele era a minha nova razão de viver.

Desde Dezembro de 2023 que vivo o maior pesadelo, o pesadelo de o ter perdido. Eu sei e acredito que não será para sempre. Mas por enquanto sinto que o perdi. Não faz mais parte da minha vida, nem eu da dele. Não sei mais o que se passa com ele. Qualquer dia não sei mais quem é... Não posso falar sobre os motivos que causam tudo isto. Não tendo sido capaz de o provar na lei, uma vez que a lei é inexistente, não o posso falar aqui também. Será algo com o qual terei de aprender a viver e terei que tentar fazer as pazes com isso (não por opção, por falta dela). Em mais de 1 ano, vi o meu filho pouquíssimas vezes. Estive apenas 1 vez com ele a sós. Passei os dois últimos Natais sem ele, e as passagens de ano também. Sinto-me num processo de luto. Sofro todos os dias por o ter perdido. Choro a maior parte deles. E sofro também pelos motivos que causaram tudo isto. Não há como fazer o luto de um filho. É contra natura. É surreal. É surreal pensar em tudo o que aconteceu e pensar sequer que perdi o meu filho. Como pode? Quem nos conhece sabe o que isto significa. Quem não nos conhece assim tão bem, imaginem uma mãe e um filho que são próximos e que deixam, de um momento para o outro, de fazer parte da vida um do outro. É cruel! É desumano! Eu perdi-o. Mas ele nunca me perderá. Porque a qualquer momento, eu estarei sempre aqui.

Tudo isto tem-me feito pensar nas voltas que a vida dá.

Estive 16 anos sem falar com a minha mãe. Será que isto é castigo do Universo? Será que isto é lição? Seja o que for, uma coisa eu sei, este foi o limite e a chamada de atenção que eu precisava para parar de ser cobarde e para parar de me esconder.

Fiz o luto, em vida, de muita gente. Passei por muitas coisas que nunca contei a ninguém. Não quero fazer o luto por mais ninguém que é importante, nem de mim mesma. Não quero mais calar e silenciar a minha história. Todos temos uma e todos temos o direito de a partilhar, se isso for para nos ajudar ou ajudar alguém. Calar seria entrar num ciclo de luto de mim mesma. E tendo estado perto de desistir, tenho noção de que não é isso que quero para mim.

Quero, como sempre tentei, transformar a dor em algo que me ajude a melhorar quem sou, e que me ajude a ser capaz de ajudar quem precisa.

Este é um post de viragem. Este cantinho nasceu quando me tornei mãe. Não sou mais a mãe que era, nem nunca serei. Não porque deixei de acreditar no que defendia, mas porque a oportunidade para o ser não existe da mesma forma. Apesar do que mudou, não deixo de ter uma mensagem para transmitir ao mundo.

Adiei por muito tempo esta partilha. Mas como sabem, tudo para mim tem que fazer sentido. E nunca poderia continuar sem falar sobre isto.

Este cantinho continuará. Em Agosto do ano passado disse  num vídeo do youtube que nada será mais igual. E não é, não será. E, mesmo com diferenças, há algo que quero manter: a verdade, a genuinidade e a positividade. Nem sempre a vida é fácil. Para todos nós. Todos passamos por desafios. A dificuldade de cada um é perspectivada segundo a nossa própria realidade, que sendo única, não pode ser comparada.

Mas podemos sempre aprender uns com os outros. Podemos sempre desafiarmo-nos a ser pessoas melhores e a viver de forma mais positiva com todas as coisas negativas que nos aconteceram ou acontecem.

Nem sempre é fácil. Às vezes dói. Mas, para a frenteé que é o caminho! Lembrem-se disso.

Escrever mantém-me viva, e por isso, nunca irei parar de o fazer!

Para vocês, quero deixar como mensagem e lembrete: Não parem de fazer aquilo que vos faz bem. Não mudem por completo por causa de nada ou alguém. Só vivemos uma vez. Façam os possíveis e impossíveis para transformarem a vossa dor numa lição. E façam o que for necessário para que consigam conviver com ela. Se não conseguirem sozinhos, por favor, procurem terapia. A vida é bonita lá fora...



(E à velha moda, escrevi, e não reli.)