terça-feira, dezembro 18

SER MÃE NOVA ENSINOU-ME…


O facto de ter sido mãe nova ensinou-me muita coisa. Fui mãe numa altura em que nenhuma outra amiga o era. Aliás, as minhas amigas têm filhos mais próximos da Estrela do que do Gabriel. Por isso, fui mãe durante muito tempo sem poder partilhar experiências com as minhas amigas de longa data … Em contrapartida, fiz amizades por ser mãe. E isso é maravilhoso. Mas, até isso acontecer andei uns tempos perdida, sem noção de como seria a realidade de outras mães…
Os meus inícios como mãe foram lindos, mas foram muitas as inseguranças, dúvidas, medos e incertezas que passavam por mim…
A amamentação, os dentes, a entrada na creche, as primeiras papas, a mudança de quarto, as primeiras palavras, a retirada da fralda… Todas aquelas etapas iniciais, das quais qualquer mãe de primeira viagem tem receio, eu passei-as sem ter uma amiga para partilhar experiências, sem ter uma amiga que me orientasse, ou apenas dissesse “tudo tem um jeito natural de acontecer”. Não lamento que isso tenha acontecido. Estou apenas a constatar um facto. Felizmente, sempre tive uma forte rede de suporte junto de mim e, nos momentos em que mais precisei, eles estiveram lá, para me apoiar.
Mas, não posso deixar de dizer que senti falta de ter alguém a quem confiar, a quem escutar, ou simplesmente alguém a quem possamos contar os nossos medos, mesmo que esse alguém se ria na nossa cara. Tudo isso faz falta e faz parte de um processo natural…
Mas, como fiz tudo ao contrário (ao contrário do que a maioria faz), muitas foram as vezes em que tive que aguentar as consequências dessas alterações de percurso. Ao mesmo tempo, foi também isso que me fortaleceu e contribuiu ainda mais para uma visão simplista das coisas… Não há segredo para viver a maternidade sem peso na consciência. Há apenas que a viver, olhando para as coisas da forma mais natural possível. A forma como encaramos cada situação será um ensinamento para os nossos filhos. E, o que para nós é natural, para eles também o será. Afinal, é assim que estão a aprender. Se nos tivessem ensinado que o verde é azul, não iriamos jurá-lo e defende-lo para o resto da vida? É mais ou menos a mesma coisa… (mais ou menos, vá).
Se encararmos cada etapa como algo simples, natural e positivo, eles irão aprender que realmente é assim. E, de facto, não faz sentido que seja de outra forma. Vai doer? Vai. Vamos chorar? Vamos. Vamos ficar muitas horas acordadas? Claro que vamos. Mas, se olharmos para todas elas com gratidão, veremos que afinal não foi assim tão difícil...



segunda-feira, dezembro 17

Eu sou do tempo em que uma imagem valia mais do que mil palavras.


Digo “sou do tempo”, porque agora não é bem assim.
Antigamente, uma foto servia de prova para qualquer coisa.
Antigamente, uma foto resumia histórias sem fim, recordava momentos e pessoas que fizeram parte de toda uma época ou data especial.
Antigamente, bastava uma foto para que nunca mais esquecêssemos tudo o que aconteceu naquele dia…
Com uma foto recordávamos o quão feliz fomos naquele lugar, recordamos que ali ao lado vivia alguém, que agora está longe, com o qual, naquela rua, brincávamos ao peão…

Eu sou do tempo em que bastava uma foto para que uma parte da nossa história ficasse registada, tal qual ela existiu.
Hoje em dia, não é bem assim.
Hoje em dia, registam-se fotos maravilhosas, momentos perfeitos e pessoas felizes.
Hoje em dia, as fotos são criadas e recriadas vezes sem conta, por pessoas de todos os cantos do mundo. São recriadas em locais idênticos, independentemente de a foto ser registada em Portugal ou na China.
Hoje em dia, as fotos são alteradas antes de se tornarem fotos palpáveis. Vagueiam na internet e fazem-nos desejar ter fotos iguais…
Mas, elas não nos dizem nada. São captadas em datas planeadas, locais selecionados com precisão. São adornadas de pormenores que não utilizamos no dia-a-dia e, que muitas vezes, nem fazem sentido existirem no mesmo local.
Hoje em dia, as fotos são lindas e maravilhosas, mas não nos contam nada. Nem uma história. Nem o momento que vivemos.
Elas não nos dizem nada sobre as pessoas, com as quais passamos a tarde, ou o dia, ou as férias. Porque, por vezes, as pessoas que acompanham estas fotos só servem para isso mesmo, acompanhar.
Os cenários são fictícios, as roupas emprestadas e as pessoas transmitem emoções que se sentem obrigadas a partilhar.
Tudo é perfeição, tudo é mágico, tudo é um sonho que parece real.
Mas, faltam-lhes conteúdo, história, memórias…
Faltam-lhes o essencial. Por isso, hoje em dia, as fotos não valem mais do que mil palavras… Mas, antes valessem.


PS: Claro que há exceções em ambas as situações. Mas, entendedores entenderão. (ahah)

sábado, dezembro 1

Dezembro, um mês de muitas emoções...



Um mês forte em emoções. Todos os anos terminam de forma nostálgica e especial. Este ano não será diferente, mas tenho a sensação de que tudo está ao rubro. Passamos constantemente por mudanças e sei que ainda não será desta que as coisas ficarão como estão. Chegar a dezembro, este ano, tem um sabor ainda mais forte.
O mês de dezembro assinala inúmeras datas importantes: o meu aniversário, o aniversário do meu casamento religioso, o Natal e o final do ano. Sobre a primeira nem quero falar, e as últimas são, por si só, datas suficientemente fortes para mim. Mas, este ano, juntamos a estas comemorações algumas emoções. Só porque nós somos assim, pessoas de viver a vida ao rubro. Não posso partilhar (ainda), porque nada está definido, mas em breve teremos novidades. Desejem-nos sorte e saúde. O resto também virá <3

segunda-feira, novembro 19

10 minutos por dia, e nem sabem o quanto escrevia…


Se pudesse contar-vos sobre a quantidade de tempo que me falta para escrever, talvez nem tempo tivesse para o fazer. Tudo o que mais queria era poder sentar 10 minutos ao computador, todos os dias. 10 minutos bastavam para registar todas as ideias. Desde que a Estrelinha nasceu, que as ideias que normalmente escrevia, viraram uma espécie de monólogos na minha cabeça. E, tal como a escrita, uma vez criados não dá para recuperar. Isto de pensar duas vezes sobre o mesmo assunto não é para mim. Parece que à segunda nunca sai igual. Não quer dizer que saísse pior, mas não é igual e, por isso, só por isso, já perde a piada. Gosto de escrever em primeira mão. É ligar o computador, deixar os dedos percorrerem o teclado de forma livre e espontânea. Sempre fui assim. Talvez pelo facto de ter escrito anos e anos em papel, a caneta, e não ter forma de corrigir aquilo que escrevo. Ou, talvez, porque simplesmente, fui habituada a isto. Não sei. De uma forma ou de outra, há tantas coisas que já perderam por falta desses 10 minutos de que vos falava: ideias, momentos, recordações que gostava de ter registado, sentimentos que gostava de ter explorado,… Enfim… Por muito que digam que temos tempo para tudo, quando realmente temos vontade, esqueçam! É ditado que não me pega. Por muita vontade que tenha de sentar e escrever, as prioridades e obrigações tomarão sempre conta de mim, do meu dia, da minha rotina e desses 5 ou 10 minutos que preferia utilizar, por vezes, de outra forma.

Claro que esta coisa de mudanças constantes não ajuda em nada na manutenção de uma rotina que me permita esses minutos diários... Isto de andar sempre em mudanças não é a coisa mais fácil de todas, mas lá no fundo, são tantas as mudanças que acaba por ser essa a única parte "estável" da nossa vida. ahah

Boa Semana!

Que seja feliz, pois intensa será com toda a certeza. E que tenhamos capacidade para a encarar de forma leve.



quarta-feira, novembro 7

Novembro, um mês de reviravoltas

Este mês entrou com grandes mudanças. Mudanças em tudo o que não estava planeado, pelo menos para já e desta forma.
But, keep going...

No meio de tanta agitação, precisava de um bocadinho para escrever sobre esta coisa de ser genuíno, no meio deste mundo de gente.... falsa.
Felizmente, tenho boas pessoas comigo, e a essas envio mensagens de agradecimento por fazerem parte da minha vida. Às restantes, como nada mudaria nada em dizer-lhes exatamente aquilo que mereciam ouvir, nem me dou ao trabalho. Mas, escrever ajuda a relativizar as coisas e a diminuir a vontade de tanta coisa que dá vontade de lhes fazer...oops!

Se há coisa que me mete confusão - e que não passo a vida a comentar - é a questão do oportunismo. Infelizmente, há tantas pessoas oportunistas, que por muito que queira não consigo ficar calada. Estamos rodeados delas. Por isso, cá vai uma listinha de pessoas que não fazem parte do meu grupo de pessoas especiais, mas das banais.

Detesto quando sinto que as pessoas só valorizam alguém pelo status social, pela profissão que exercem, pelo local onde trabalham, pelas pessoas com quem privam,...
Não consigo aceitar que haja pessoas para quem pouco importa quem tu és, mas sim o que demonstras ser.
Não consigo aceitar quando as pessoas não se importam com os teus gostos, mas interessam-se pelos cargos que ocupas.
Não consigo aceitar que haja pessoas que te desvalorizam, mas quando precisam de ti, te colocam num pedestal.
Detesto quando as pessoas tentam mostrar mais conhecimento, com longos e belos discursos, cheios na forma, mas vazios no conteúdo.
Detesto quando desvalorizam a opinião de quem apenas quer ser correto e fiel aos seus princípios, só porque querem dominar.
Detesto pessoas medíocres, que não querem saber de nós, mas quando dá jeito são os primeiros a mostrar que estão ali.
Detesto falsidade. Odeio oportunismo. Posso conviver com isto, mas não sou obrigada a aceitar.

E por hoje chega. Detesto tantas coisas, mas felizmente adoro muitas mais. :)

Boa noite.
E entramos naquela fase em que toda a gente mostra o seu lado bom e solidário.

quarta-feira, outubro 24

Quando vir alguém a amamentar apenas sorria


Fico tão triste quando vejo partilhas de mães que são criticadas por amamentar. Quando alguém partilha uma crítica é porque esse comentário foi maldoso o suficiente para lhe fazer mal. E, se faz mal não devia estar ali. Foi despropositado. Foi abusivo. E tudo o que é abusivo deve ser repugnado. Felizmente, tenho tido a sorte de não ter sentido ainda esse tipo de comentários ou a frieza suficiente para lidar com eles e não os levar comigo. Mas, custa-me pensar que ainda somos pequeninos ao ponto de apontar o dedo para algo tão natural como é amamentar.
Ao invés disso, as pessoas deviam apontar o dedo quando falta a informação, o suporte e o carinho que fazem falta a uma mãe para que ela dedique o seu tempo e amor a amamentar o seu filho. As pessoas deviam apontar o dedo a elas próprias, e ao invés de criticar, tentar compreender, apoiar, partilhar bons exemplos. O tempo que perde a julgar por maldade é o mesmo que ganharia se desse uma palavra de apreço ou apenas deixasse um sorriso. Ganharia muito mais, talvez um desabafo, talvez um sorriso de volta, talvez um obrigado porque, talvez naquele momento, aquela mãe apenas precisasse de alguém que a olhasse com carinho.
As pessoas não pensam no impacto das suas palavras, das suas ações. As pessoas andam demasiadamente preocupadas em obedecer a horários que muitas vezes não cumprem, a paradigmas imaginários, a correr atrás de uma felicidade que nem eles sabem muito bem onde encontrar. E, esquecem-se que podemos ser felizes com tão pouco e que, amamentar é sinónimo de felicidade. Quem não gostaria de a sentir?



domingo, outubro 21

A vida é uma estrada sem retorno

A vida é uma estrada sem retorno. Quem vai, deixa para trás pessoas, sonhos e bens. De nada nos vale colecionar bens, porque os únicos que sentirão a nossa falta são as pessoas.
O mundo precisa de pessoas mais humanas, sinceras, humildes, capazes de dar sem interesse, capazes de apoiar com firmeza. O mundo precisa de pessoas que alimentem pessoas, não bens. O mundo precisa de pessoas que deixem história na vida das pessoas, e não catedrais ou monumentos de si mesmas. O mundo precisa de pessoas que queiram ser apenas isso - pessoas.
A estrada da vida é de todos. Até um dia. Até ao dia em que deixamos tudo para trás.
O mais importante de tudo é colecionar momentos, acarinhar as pessoas especiais, ignorar o que não nos faz falta. O mais importante nesta jornada é o mais simples.




quinta-feira, outubro 18

ABDICAR DE TUDO PARA CUIDAR DOS FILHOS É COISA DE HERÓI


Há quem diga que ficar em casa e cuidar dos filhos é coisa fácil. Há quem considere que optar por ficar em casa com os filhos, 24 horas por dia, 7 dias por semana é uma tarefa que não requer trabalho, nem mestria, nem jogo de cintura. “Fazes os teus horários”, “fazes as coisas quando queres”, “tens o dia por tua conta” são apenas algumas das expressões que vulgarmente se escutam por aí.
Abdicar de tudo para cuidar dos filhos é algo completamente diferente disto. Ainda há muita gente que o julga, critica, diminui.
Depois de viver na pele o que isso é, sei exatamente o valor que isso tem. Abdicar de tudo para cuidar dos filhos é algo apenas para os mais fortes.
Senão, respondamos a algumas questões: Quanto tempo te sujeitarias a abdicar da tua profissão?
Por quanto tempo aguentarias cingir os teus horários aos dos teus filhos? E, quando digo horários, digo horários para tudo, até para as necessidades mais básicas como comer, tomar banho ou até ir ao wc descansado.
Por quanto tempo aguentarias passar os dias a viver para um ser que não tem crítica sobre o que está a acontecer, que quer desafiar-te, que quer testar os seus e os teus limites?
Por quanto tempo aguentarias deixar os teus desejos de lado para satisfazeres os desejos do teu filho, 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem interrupção?
E, para além disto (e muito mais haveria a acrescentar), por quanto tempo aguentarias assegurar a sua segurança no meio de tudo isto, e ainda assim, ser capaz de cumprir uma rotina de cuidados da casa, que incluem as refeições de um bebé (ou mais) e as dos restantes elementos da tua família? E, ao mesmo tempo, assegurar a casa limpa, roupa engomada? E, ainda assim, seres capaz de estar sempre fresco e fofo que nem um jovem, sem este tipo de responsabilidades?
Pois bem… Abdicar de tudo para cuidar dos filhos não é algo que se faça assim, de forma tão simples e leviana.
Para além das necessidades, existem as vontades e imprevistos que qualquer rotina com um bebé (ou mais) pode implicar.
Poderia escrever muito mais, mas acho que são mais que muitos os motivos que descrevi. Espero que sirvam para ajudar alguém a alterar o seu discurso da próxima vez que tentar diminuir o trabalho das mães que se dedicam de corpo e alma, com toda a força, conhecimento e energia, a cuidar dos seus filhos, da casa e de todos os que nela vivem.
Abdicar de tudo o resto para cuidar dos filhos é mais do que um gesto de coragem. É um ato de super herói.
A todas as mães (ou pais) que decidem ficar em casa a cuidar dos próprios filhos, PARABÉNS! Não existe nada maior do que o investimento que fazemos pelos nossos próprios filhos.



Bom dia!

Que este dia seja iluminado ;)


quarta-feira, outubro 17

Tu já foste pequenino e já coubeste no meu colo...


É verdade, tu já foste pequenino e já segurei em ti ao colo. E, mesmo abraçadinhos, ainda conseguia olhar por cima da tua cabeça, ver o que se passava.
Tu já foste pequenino, e eu conseguia segurar-te no meu colo, tanto tempo quanto o desejássemos. O calor daquele abraço, o olhar e umas simples brincadeiras com a voz eram o suficiente para que ali ficássemos, agarradinhos, sem contar o tempo.
Tu já foste assim, tão pequenino, que o meu colo chegava para te agarrar, e tu encolhias ainda mais e eu abraçava-te da cabeça aos pés, como se abraçam os peluches, aqueles que mais gostamos.
Tu já foste assim, pequenino. E já consegui segurar em ti ao colo. Agora não consigo mais, pelo menos daquele jeito. Estás crescido. Muito crescido! Claro que ainda cabes no meu colo. Caberás sempre. E nele, haverá sempre lugar para ti. Nunca duvides disso. Mas agora segurar-te ao colo implica perder a visão do que está à tua frente.
Como estás crescido, Gabriel. O meu colo será eternamente teu (e da mana). Tu foste o primeiro a ocupar o espaço que nos transmite a maior segurança do mundo. Podes regressar em qualquer fase de incerteza, podes trazer todos os medo do mundo, que eu ficarei sempre disponível para te aconchegar. Acredito que este colo, um dia, seja substituído por um abraço, por um ombro amigo... Mas não deixará de estar ali um colo disponível.
Lembraste quando eras pequenino e encostavas a tua mão ao meu peito e dizias: “Já chego por aqui!”, todo orgulhoso de estares quase da minha altura, quando no fundo, a tua mão é que fazia batota porque levantas o braço o mais alto que podias? Lembraste? Afinal… Esse dia chegou! Sem batota. Sem bicos de pés. Tu estás tão grande Gabriel! E não tardará a chegares à minha altura. E, talvez aí, seja eu a dizer “olha, agora sou eu que já só chego por aqui…”



terça-feira, outubro 16

UAU! A Estrela dormiu a noite toda!!?!


NAHHH! Isso queria eu! Mas, não foi isso que aconteceu... Mas, há dias em que o cansaço é tanto, que bastam 3 horas para parecer que descansei uma eternidade.
Este é o relato de uma mãe que não dorme uma noite completa à 21 meses. Não é um relato inspirador, mas a nossa natureza é tão maravilhosa, que são momentos como este que nos recarregam as baterias...

São 5h30 da madrugada. Estou a pé à cerca de uma hora. Acordei e pensei: UAU! Hoje, a Estrela dormiu a noite toda. E nem sei ao certo o que senti, porque fiquei tão incrédula que todas as minhas emoções paralisaram. Levantei-me, fui preparar um copo de leite morno e sentei-me ao computador para escrever, para aproveitar o pouco que faltava para a Estrela acordar. Olho para o relógio e são apenas 4h30 da manhã. Pensei: UAU! Ainda não foi desta. Mas, as noites são tão agitadas que, se hoje dormi 4 horas seguidas, sinto isso como se tivesse sido a noite toda. E, são estas as noites que me dão força para aguentar as seguintes. Podia ter regressado à cama, mas perdi o sono. Aproveitei para escrever, para registar alguns pensamentos que passam por mim. Muitos já se perderam. Tantas coisas que já senti que não tive oportunidade de escrever. Faz-me bem isto. Parar, refletir. Acho que todos o deveríamos fazer. Mas não, aproveitem bem para dormir. Isso sim, faz realmente bem. Com isto, acho que também me vou deitar, porque afinal a noite que eu julgava ter acontecido, ainda só vai a meio… (queria eu, já falta pouco para terminar).



sexta-feira, outubro 12

21 meses de caminhada

Há 21 meses recomeçamos uma nova vida, a 4. Tu vieste preencher a peça do puzzle que nos faltava e tornaste a nossa vida mais preenchida e feliz.


quinta-feira, outubro 11

Atividade do dia: Mosaico dos números

Hoje partilhei no facebook e instagram que a Estrela tem andado fascinada pelo mosaico que tem no quarto.
Defendo que os interesses das crianças devem ser explorados, por isso, não perdi tempo e alinhei na brincadeira com ela.
Os mosaicos do chão permitem estimular várias competências, dependendo da idade e da fase em que se encontra cada criança.



Deixo aqui algumas sugestões de brincadeiras que podem ser realizadas:

1. Brincar como um puzzle, retirando apenas os números do mosaico e voltar a colocar

2. Brincar por cores, retirando os números da cor solicitada (novamente por repetição num outro objeto ou por comando de voz)

3. Brincar por numeração, solicitando que a criança retire apenas os números solicitados (por visualização de um número idêntico noutro tipo de material ou apenas por resposta a um comando de voz)

4. Sequenciação numérica: depois de misturados todos os números, colocar por ordem numérica

5. Associar quantidades: colocar objetos em cada quadrado, de acordo com o número respetivo (colocar 5 bolas no nº 5, por exemplo)

Fica a sugestão para os dias de chuva ;)

Bem vinda, querida chuva

Que bom acordar ao sabor da chuva. Que bom! Hoje o dia acordou a chover e nem sabem o bem que isso me fez.
Recordei os primeiros tempos de escola, nos quais as primeiras chuvas acompanhavam esse reinício de aulas. Aquele friozinho, aquele casaquinho extra, e aquelas botas que previam um dia de chuva. Ainda o ano não tinha começado, e já estava a minha mãe a preparar todo o roupeiro para a nova estação.
Nos dias de chuva, era uma delícia. Mesmo com todos os avisos das mães, quem não ficava feliz quando podia sair para o recreio e pisar a chão molhado?
Hoje o dia tem rosto deste reinício de escola. E, por isso, agora sim, estou pronta para o Outono. Até apetece mudar a roupa toda do armário!
Também era assim convosco? As primeiras chuvas não têm o sabor a inicio de aulas?



quarta-feira, outubro 10

Carta ao Filho Mais Velho

Nos últimos tempos tenho feito alguns ajustes a alguns procedimentos cá em casa. A verdade é que desde o ano passado que algumas coisas precisavam de um refresh. Uma das coisas que tem sido alvo de atenção é o Gabriel... E, por isso, fui reler a carta que lhe escrevi antes da Estrela nascer, para poder escrever a carta que se segue a essa. Volto a partilhar convosco  a primeira carta porque sei que alguns de vocês chegou cá depois dela...

Algum tempo antes do nascimento da Estrela, escrevi uma carta para o Gabriel. O que a motivou foi o enorme receio da sua adaptação a todas as mudanças que estariam para acontecer. Assim, de forma a explicar que o nascimento da irmã traria mudanças temporárias na sua rotina, fiz-lhe esta carta. Partilho convosco, na esperança de inspirar alguma mãe que esteja a passar pelo mesmo...

"Meu querido filho,
Escrevo esta carta para que nunca te esqueças do quão especial és para mim.
Em breve, terás uma mana, com quem poderás dividir as tuas brincadeiras e experiências. Mas, independentemente de tudo o que possa acontecer, e mesmo que nos primeiros tempos te pareça que a mamã está mais atenta à mana do que a ti, acredita que não será bem assim. A mana precisará de cuidados, que dependerão da mamã, tal como aconteceu contigo, quando nasceste. Afinal de contas, a mamã é a única cá em casa com maminhas para alimentar a mana.
Os bebés pequeninos, e tu já foste um, precisam de muito leitinho, para crescerem fortes e saudáveis. E, como não sabem controlar os xixis e os cocós, precisam que a fralda seja trocada imensas vezes. Não é a tarefa mais agradável de todas, mas é necessária, e tu depois também poderás experimentar.
Quando tu nasceste, a mamã e o papá viveram para ti, só para ti. Tudo o resto deixou de existir para nós. Mas, desta vez, a mana não terá a sorte e privilégio que tu tiveste. A mana irá nascer e desde logo vai aprender que os papás não são apenas dela, mas são dos dois. É provável que o papá esteja presente mais vezes nas tuas atividades, para que a mamã possa cuidar da mana, naquelas coisas que só as mamãs sabem fazer. Mas, a mamã terá saudades de estar contigo nas atividades, por isso, não te habitues à presença do papá. Assim que eu compreenda os horários em que a mana precisa de cuidados, serei eu a acompanhar-te às tuas atividades, como sempre o fazemos. Está bem?
Quando a mana nascer, e tiver que mamar muitas vezes por dia e por noite, a mamã poderá ficar mais cansada e com sono. Mas, prometo que mesmo que tenha sono, não deixarei nunca de pensar em ti, de conversar contigo, de escutar as tuas histórias e aventuras, de te dar miminhos e de te contar a história da noite. Nem que a história da noite tenha que ser contada noutra hora diferente. Combinado?
Algumas coisas poderão mudar nos primeiros tempos, mas são coisas normais, compreendes?

Tu tens a sorte de ser o mano mais velho, sabias?
Terás a oportunidade de ver uma bebé a crescer. Claro que ela é menina e tu menino. Mas, verás algumas das coisas que os papás te faziam quando eras pequenino. Porque não seremos diferentes com a mana, seremos os mesmos papás que fomos quando nasceste. Por isso, saberás exatamente como os papás gostavam e cuidavam de ti.
A mana nunca poderá ver isso. A não ser que tenhamos mais um bebé, mas acho que dois já chega, não achas?
Tu poderás voltar a brincar com os teus brinquedos. UAU! Vais poder matar saudades deles, que fixe! A mana irá usar muitos dos teus brinquedos, e da tua roupa, também. Tu tiveste tudo novo, comprado a pensar em ti. A mana terá muitas coisas que não foram compradas a pensar nela. Por isso, tu és mais sortudo do que ela!
Tu foste nosso filho único durante 7 anos. A mana nunca saberá o que isso é. A mana nunca saberá o que é ter os papás só para ela, durante tanto tempo. Já pensaste nisso? Já pensaste na quantidade de coisas que já fizemos, sozinhos? A mana não saberá o que isso é. Tu tiveste experiências únicas connosco, já viajaste para tantos locais connosco, já fizeste tantas coisas lindas connosco. A mana fará muitas coisas lindas e visitará muitos locais, mas sempre contigo. Porque tu és o mano mais velho, e serás o mano mais perfeito que ela poderá ter.
Ela será a menina pequenina cá de casa, e irá ver em ti um mano grande, forte, inteligente e brincalhão, que lhe irá ensinar tantas coisas fantásticas! Ela vai ficar tão orgulhosa de ti, e vai contar aos amiguinhos todos que o mano dela é o melhor mano do mundo!
E tu, meu amor? Terás uma mana, já viste? Uma mana, do tamanho de uma boneca. Vais poder brincar com ela, ensinar-lhe coisas lindas, ensinar-lhe que as coisas feias não se fazem e, por aí, fora… O que queres ensinar à mana?
Meu amor… Tu serás sempre o nosso filho especial. Foi por teres nascido, que a mamã e o papá se tornaram pais. Foi por teres nascido que a mamã e o papá quiseram ser pessoas melhores, quiseram ensinar-te tantas coisas que aprendemos. Foi por teres nascido que nós aprendemos a amar alguém com aquele amor que vai para além do universo.
Tu és o nosso filho, e o que sentimos por ti, será sempre tão grande, mas tão grande, que nunca conseguiremos descrever.

AMO-TE MUITO, GABRIEL!"
a mamã Lu

O mano mais velho


Ver estes dois juntos faz-me querer parar o tempo só para os observar e comtemplar a beleza do que existe entre os dois. A forma como o Gabriel tenta brincar com a irmã deixa-me de coração cheio. Imagino, muitas vezes, o esforço que ele fará. Ninguém o ensinou a ser irmão mais velho, muito menos como seria ter uma irmã mais nova, que faz muito menos do que ele está habituado. Ter um irmão mais novo significa voltar um bocadinho atrás no tempo e criar novas brincadeiras. E o Gabriel faz isso tão bem.



terça-feira, outubro 9

Amamentar é uma prova de amor


Amamentar é das maiores provas de amor. Amamentar significa muito mais do que alimentar. Amamentar implica uma dedicação, disponibilidade e entrega completas, que só mesmo uma grande prova de amor é capaz de superar.
Amamentar é das melhores coisas do Mundo. E, tal como todos os paraísos, para lá estar é necessário, muitas vezes, percorrer o deserto. E, percorrer o deserto implica atravessar períodos de sacrifício, de dor, de solidão. Percorrer o deserto implica ficar descalça, muitas vezes, no meio do nada, e mesmo quando a esperança parece terminar, acreditar que podemos ir mais além e procurar o oásis. Amamentar não é um momento. É um processo. É um percurso, repleto de momentos. Dos bons, e dos menos bons. E é preciso ter noção disso. Ouço, muitas vezes, as pessoas queixarem-se de comentários maldosos. As pessoas precisam ter noção de que qualquer comentário pode ferir uma mãe que está numa fase difícil e isso pode condicionar este processo de amor. O que é de um amor sem correspondência? Não sobrevive. E, nós precisamos relembrar o mundo que, se amamentamos em público é porque aquele amor é grande demais para ser apenas nosso. Nós temos orgulho nele. E, como qualquer amor, quando se tem orgulho dele não há medo de o mostrar. Há alegria em partilhá-lo. Há fraqueza, também. Somos mães que amamentam. Somos mães apaixonadas e que acreditam que esta prova de amor um dia nos vai tornar pessoas mais realizadas, porque iremos ter a certeza de que demos tudo o que havia para dar, no momento em que o podíamos fazer. Mesmo quando nos faltarem as forças. E, será nesse momento, que mais precisaremos de mostrar ao Mundo que ainda somos capazes. Que temos orgulho do que fazemos, não só por nós, mas sobretudo por eles.
A semana passada celebrou-se a semana da amamentação, mas queria também deixar a minha lembrança sobre este percurso. Não é o mais simples, mas é o melhor que poderia escolher para a minha filha.



quinta-feira, outubro 4

Sobre aquelas manhãs agitadas...

Nem todas as manhãs correm bem. Nem todas correm da forma que as planeamos. A cada acordar, há uma infinita lista de situações que não dependem apenas de nós e que podem alterar toda a rotina ou qualquer planeamento minucioso… E, mesmo que dependessem só de nós, até nós podemos acordar de pernas para o ar e condicionar parte do que idealizamos para aquele início de dia.
Há dias em que a agitação nos (tenta) tirar do controlo. Há dias em que aquele choro, birra, aquele “Oh, mãe! Não quero isto!” nos colocam à prova. Há dias em que os despertares parecem lições. E, por muito que tenhamos consciência de que é necessário parar, às vezes não o conseguimos fazer de imediato. Eu sou daquelas pessoas que DETESTA passar-se com os outros. Na minha perspetiva, se fico irritada, eu é que tenho que gerir a forma de reagir. Nada se resolve com agitação. Mas, confesso que, por vezes, estou demasiado sensível e sair fora do meu registo é mais fácil do que gostaria. Mas, é também nesses dias que lhes peço uns minutos de silêncio e páro apenas para respirar fundo. Afinal de contas, de nada nos adianta estar aborrecidas só porque algo correu diferente do esperado. O mais importante é estarmos juntos, e isso é e será sempre a melhor coisa do mundo! Apenas peço que não hajam imprevistos que nos retirem estes acordares agitados. Não me importo de passar o resto da vida a aguentar com eles.




quarta-feira, outubro 3

Ufa, mais um dia chega ao fim... ou ao início?!

Acabou a luta, por agora. Das coisas mais difíceis para mim é não ter filhos que durmam bem. Os primeiros 2 anos do Gabriel foram tão maus que por algum tempo desisti de me deitar para dormir. Era muito menos cansativo se não o fizesse. Na altura estudava, não sei como aguentei. Desta vez, o cenário repete-se. As noites são uma coisa do outro mundo. A Estrela dorme por ciclos e, entre eles passa a noite a chorar, a pedir mama. Para ajudar, há fases em que demora tempos infinitos a adormecer. Só espero que esta fase passe e que ela comece a dormir melhor... Como em tudo na vida, não há pessoas perfeitas. Que o defeito dela só dure 2 anos. Já só faltam 4 meses.. Hei-de lá chegar.

Agora que a noite começa para eles, será que sobra um bocadinho de tempo para mim?
Veremos como corre...


terça-feira, outubro 2

A Estrela e os autocolantes

Desde que o Gabi nasceu que vibro com cada descoberta. Com a Estrela, a coisa não é muito diferente. Cada coisa nova é tão, mas tão especial, que sou capaz de cantar o hino ou dar uma voltinha de tanta felicidade. Mesmo que a descoberta seja uma autêntica asneira, acabo sempre por achar piada de tão curioso que é ver meia leca de gente conseguir algo novo. É DEMAIS!

Uma das coisas que a Estrela tem revelado cada vez mais, e em proporção muito diferente do Gabriel é um especial interesse por tudo o que é ornamento. Adora uma roupa bonita, com bonequinhos, desenhos, cores.
E, quando a roupa é demasiado simples para o gosto dela, o que faz? Autocolanta-se toda! ahahah
Andou uma fase em que todos os autocolantes serviam para adornar o seu vestuário, e o corpo. Digamos que estas foram as suas primeiras tatuagens e primeiras recriações por própria conta.
Demasiado lindo para tão pouca descrição.
Aqui fica uma foto de um desses momentos:


Bom dia!

Que seja especial.


Estive para não partilhar esta foto. Mas, o que mais precisamos na vida é de coragem. E só para mostrar que sou destemida, cá está uma foto minha sem edição. Aliás, a única edição que tem é uma edição ilimitada de olheiras, próprias de quem não dorme uma noite completa à mais de 20 meses. ahah
Todos os dias repito: é hoje! Dizem que atraímos o que desejamos. Mas, até hoje, não atraí nada, a não ser a Estrela até à mama. ahah
E, por isso, esse "é hoje" tão desejado ainda não chegou.
Boa Terça-feira!

segunda-feira, outubro 1

A melhor herança que podemos deixar a um filho é uma bela infância


Estes dias dei por mim a pensar em várias coisas. (Como se nunca o tivesse feito antes…ahah) Entre elas, e sobre a qual reflito muitas vezes é sobre a infância, sobre o poder e influência que ela tem nas nossas vidas.
A infância é assim, aquela fase mais importante da nossa vida. É durante a infância que adquirimos conhecimento sobre as coisas básicas do mundo, que começamos a adquirir uma postura face ao mesmo. A infância é tão genuína e ingénua, que durante esse período todas as experiências se traduzirão em pensamentos e comportamentos que nos acompanharão para sempre!!
E, quem contribui para que a nossa infância seja mais ou menos enriquecedora? Nós mesmos, pais, responsáveis pelas nossas crianças. Penso tantas vezes nisto. Somos nós, com o que fazemos, com o exemplo que damos, com aquilo que mostramos, com aquilo que os levamos a fazer. É a nossa postura, influenciada pela nossa infância, que nos faz ser tal como somos.
Às vezes (muitas vezes) dizem-me que sou uma mãe galinha, e eu sei que o sou. Não tenho qualquer problema em assumir, mesmo que isso seja apontado, algumas vezes, como algo negativo. Mas, não me importo. Se ninguém é de ninguém, e nem mesmo os filhos o são. Eu quero aproveitar todo o tempo que ainda posso para agir como se eles fossem meus por direito, para sempre. Mesmo sabendo que vai chegar o dia em que eles irão virar as costas sem olhar para trás. Mas, é também sobre essa segurança que os devemos ensinar. Demos-lhe a vida, não temos nunca o direito de a querer tirar. A vida é deles, nós apenas somos os seus condutores na primeira fase dela. E, por isso, um dia posso não ter nada para lhes deixar. Apenas quero, quando esse dia chegar, saber que lhes deixei o melhor de mim: o meu tempo, dedicação, compreensão e amor durante a fase em que eles estavam lá para mim, à espera de mim, à espera que eu lhes ensinasse o que isso é para que um dia eles também o possam fazer com os seus filhos…
Posso, um dia, não ter dinheiro para deixar aos meus filhos, mas quero deixar-lhes ferramentas para que eles tenham o que é necessário para o ganhar.
Posso, um dia, não deixar um carro ou uma casa para os meus filhos, mas quero deixar-lhes na memória os carros que passaram por nós enquanto corríamos no parque, ou as casas diferentes que conheceram durante as nossas viagens (mais ou menos longas, isso não importa). Quero ensinar-lhes a apreciar as coisas, pequenas e grandes, para que um dia, eles saibam que a nossa realidade não é a única.
Posso, um dia, não deixar ouro ou joias para os meus filhos, mas quero ensinar-lhes que crescerem felizes torna-os mais inquebráveis do que um diamante.
Posso, um dia, não deixar loiças banhadas a ouro, mas quero que eles saibam que não é necessário uma mesa para fazer a refeição. Basta uma manta no chão e um bocado de pão para ficar saciado, porque o que sacia de verdade é a companhia e dois dedos de conversa.
Posso, um dia, não ser capaz de recordar tantas viagens, como as que gostaria de fazer. Mas, quero que um dia eles saibam que podemos ser felizes em qualquer sítio, independentemente da distância ou história, a única história que importa é a nossa, e a de cada um deles.
Posso, um dia, não ser capaz de deixar nada. Apenas quero ter a certeza de que dei tudo. Tudo o que sou, o que tenho e sei. E, se esse dia chegar, eu vou ficar tão agradecida e nesse dia, eu saberei, que contribuí para a melhor herança de todas: a sua infância.



Confia. E vai.

Bem vindo, Outubro!
Não me surpreendas, desta vez quero ser eu a surpreender-te!
Fonte



quinta-feira, setembro 27

Algo especial...


Na vida, somos conduzidos por paixões, alimentamos sonhos, traçamos objetivos. Quem me conhece bem sabe que sou uma pessoa que se atira de cabeça, que age com o coração. Mas, no corre corre do dia a dia, nem sempre consigo dar vida aos meus planos. Os meus meninos serão sempre o meu primeiro plano. Mas, volta e meia, volta a vontade de fazer acontecer coisas que me fazem bem... Uma delas, que me deixa muita saudade, é o canal do youtube. Ele ainda está lá, à espera, quem sabe, do dia em que irei conseguir alimentar esse bocadinho de mim...
Para quem não o conheceu, deixo-vos um dos vídeos mais lindos que partilhei convosco: o dia em que o Gabriel descobriu que ia ter um irmão (neste caso uma irmã)  LINDO DEMAIS! 



quarta-feira, setembro 26

terça-feira, setembro 25

Tenho uma irmã, e agora? “Gabi, olha a mana, por favor”


Durante as férias, dei por mim a pensar de forma muito séria sobre um assunto que gostava de partilhar convosco…
Quando temos um segundo filho, por exemplo, queixamo-nos porque a qualquer lado que vamos, toda a gente olha, sorri e fala para o bebé, muitas vezes, como se o mais velho não estivesse ali. É revoltante quando isso acontece, porque acontece vezes sem conta, tantas que, para nos afetar, nem quero imaginar como se sentirão os nossos mais velhos…
Estes dias dei por mim a reparar que sofremos do mesmo mal. Em casa, na rua, ou em qualquer outro lugar, dou por mim a pedir ao Gabriel para “olhar pela Estrela”. Muitas vezes, utilizo expressões como “olha a mana, por favor…” E, quando falo dele para ela: “Olha o mano, Estrela…” Assim de repente, nem parece muito díspar esta forma de tratamento. Mas, no final das contas, são tantas as vezes que acabo por lhe pedir um “auxílio” sem dar conta, que quando caio na realidade, sinto-me demasiadamente mal por o ter feito.
“Gabi, olha a Estrela. Gabi, brincas com a Estrela, por favor? Gabi, seguras na Estrela, por favor? Gabi, cuidado que ela é bebé.” Gabi, Gabi, Gabi…
E tantas outras expressões, que somadas e multiplicadas não fazem qualquer sentido. Por vezes, começo e não termino as frases, dizendo apenas: “Deixa, não era nada. A mamã vai.” Porque, na realidade ele não é obrigado a responder a tantas solicitações, mas a verdade é que ter um filho que dá um olhinho de vez em quando para poder ir à casa de banho, ajuda.
Mas, repensar sobre tudo isto também nos ajuda a melhorar e a diminuir as “consequências” que o filho mais velho sente com a chegada do mais novo…
Quem tem mais do que um filho, já pensaram nisto assim?

segunda-feira, setembro 24

O Meu Mundo!

Esta foto representa tanto. Uma foto simples, despida de adornos. A natureza enquadra o melhor que a vida me deu: os meus amores maiores: o pai e os filhos, o meu marido e o melhor que trouxemos ao mundo.
Eles são o meu maior orgulho, a razão da minha vida, o motivo da minha força, o auge da minha felicidade. Eles são o meu maior orgulho, a minha maior conquista, os meus maiores presentes. Eles são o meu mundo. São eles que preenchem os meus dias de amor, de paz, de tranquilidade, de aceitação, de felicidade. É com eles que eu sou apenas eu, a Lu, a mãe, a esposa, a amiga, a companheira,…
Eles são o meu lado mais feliz. E também o meu lado mais sensível. Neles estão os meus maiores medos, a minha maior vulnerabilidade, a minha maior angústia e sentimento de culpa. Por eles, tento todos os dias dar o melhor que sei, posso e consigo. Por eles, tento todos os dias acordar mais forte, encarar o resto do mundo de uma forma mais simples. Por eles. Apenas por eles. Para que eles possam sentir-se mais felizes, mais leves.
Não seria eu se não vos tivesse. Não imagino a minha vida sem vocês. Não é a tarefa mais fácil do mundo, mas é a única que serei capaz de abraçar para sempre.

Nem sempre é simples. É preciso fazer cedências, abdicar de nós mesmas, distanciar-nos de pessoas e até de sonhos. É preciso entregar-nos por completo, todos os dias, todas as horas, em qualquer circunstância.
Mas, por vocês, no final, tudo vale a pena.
Já coloquei medos de lado, por vocês.
Já coloquei orgulho de lado, por vocês.
Abdiquei de tantas coisas para mim, para que vocês estivessem sempre em primeiro lugar.
Abdiquei de mim, para estar ali, por inteiro, para vocês, a qualquer hora.
E, tenho colocado tantos objetivos de lado, por vocês. Mas, também é por vocês que quero correr atrás de tudo aquilo em que acredito. É por vocês, que quero ser mais forte a cada dia que passa. É por vocês que vale a pena cada sacrifício e cada desafio superado. É por vocês que a vida faz sentido.
Sem vocês, “tudo” seria mais fácil, mas mais vazio. Sem vocês, “tudo” poderia ser mais rápido chegar a uma meta, mas sem realização. Sem vocês, “tudo” seria mais controlado, mas sem amor. Sem vocês, o mundo giraria apenas em torno de mim, mas talvez até ele, parasse de girar.
Vocês são a minha vida. E aqueles que eu sempre amarei acima de tudo e todos.


sexta-feira, setembro 21

Gratidão!

Dizem que hoje é o dia da gratidão.
Eu nem ia dizer nada, pois para mim, todos os dias são dias de agradecer.

Mas, apesar do corre-corre e, porque sou verdadeiramente grata, passei por cá para vos deixar um ENORME OBRIGADA por estarem sempre desse lado.

Aos que por cá passam, mas não dizem nada.
Aos que por cá passam e não voltam.
Aos que por cá passam e voltam todos os dias.
Aos que por cá passam e deixam um comentário ou mensagem.

um MUITO OBRIGADA!

Saber que tiraram um tempinho do vosso precioso tempo para visitar este espacinho é das coisas que mais me enchem o coração!
Sou realmente muito GRATA!