segunda-feira, junho 5

Aceita que dói menos!

Hoje trago um desabafo e testemunho. A razão pela qual não tenho partilhado praticamente nada nos últimos tempos. Vamos começar pelo início.

A Estrelinha nasceu. Tudo correu da melhor forma, muito melhor do que imaginei.
O primeiro mês, arriscar-me-ei a dizer, apesar da ironia, foi um descanso.
Recuperação fácil e rápida, sem dores. A Estrelinha sempre tranquila, nada de grandes preocupações.

Depois disso, senti-me disposta e disponível para retomar as várias atividades das quais faço parte. Tentei regularizar o blog e retomei outras atividades. Tudo correria bem até ao dia em que acordei com dores.
Dores?! Porquê? Infelizmente, a minha coluna tem uma lesão articular e volta e meia dá sinal de vida, da pior forma. Mas, desta vez, deu sinal de quase morte! Pela primeira vez, senti que não era ninguém perante tal acontecimento. Somos tão, mas tão efémeros, tão susceptíveis... OMG! Dá medo só de pensar.
Depois de alguns dias de cama, com o marido a cuidar de mim (e de nós todos), de várias injeções, acreditava que o pior já tinha passado. Mas, pelos vistos não!
Acredito que nada acontece por acaso, mas juro que não entendo o porquê de tudo isto estar a acontecer comigo, logo agora!
A dor de coluna passou, mas deu lugar à tão temível dor do nervo ciático.
Há dias piores e há dias melhores. Mas, em todos eles, há a incapacidade de realizar movimentos básicos como caminhar, deitar, sentar e até dar colo. Em todos eles, há a dor que persiste e parece não querer ir embora.
Nunca imaginei que teria que aguentar uma situação destas neste pós parto, que começou tão, mas tão bem!
Teria toda uma história florida para contar se não fosse esta situação.
Estou quase a completar os 2 meses com dores. Dores diárias, que condicionam a minha funcionalidade e tudo o resto. Isto de acordar e deitar com dores persistentes tem muito que se lhe diga. Deixo uma palavra de força para quem passa por situações destas e mesmo assim consegue pensar positivo. Acreditem que não é fácil manter o foco desta forma.

E, como não aguento mais "esperar" que as dores desapareçam, resolvi viver mesmo com elas...
Sempre ouvi dizer que aceitando, custa menos. Não estaria disposta a fazê-lo, mas não consigo continuar a viver desta forma. Dores, preparem-se! Vou ignorar-vos até dor em contrário :)

Boa Semana!

Até amanhã.