terça-feira, janeiro 31

Obrigada, Janeiro!

Este ano, termino o mês de Janeiro de forma diferente. Por norma, termino o mês de Janeiro com a sensação de que tanta coisa ficou a meio. Este ano, apesar de não ter atingido todos os "objetivos" que desejaria (idealmente), olho para Janeiro com imensa gratidão. Foi um bom mês.

Fui aprendendo a não criar expetativas e a aceitar cada processo. E foi exatamente isso que tentei fazer durante o mês de Janeiro. Tentei não desistir de nada, mas tentei ser flexível e deixar a vida fluir. Aproveitei a jornada, respeitando o meu tempo e aceitando algumas condicionantes da vida.

Pelas internet, 17 posts no instagram, 7 posts no blog e 3 vídeos no youtube e um número reduzido de stories demonstram que o tempo não chegou para a escrita diária que eu tanto gostaria. O tempo para as minhas coisas é algo que ainda preciso de trabalhar.

Mas, muitas outras coisas foram feitas por aqui, e também por mim. Algumas das quais nunca cheguei a partilhar.

A única coisa que tenho pena é de não ter mais fotos sobre o mês. Ficam as memórias e as páginas da agenda que relatam um bocadinho dessa história.

No entanto, irei levar isso como sinal de aviso para melhorar no mês seguinte.

Assim como outras coisas que ficaram pelo caminho. Mas, com calma, que a pressa é inimiga e o mês de Fevereiro é o mais curto :)


segunda-feira, janeiro 30

Novo vídeo no Youtube: O que é a Terapia Ocupacional?

 Bom dia!


Partilho convosco o novo vídeo do canal do youtube. Desta vez, falamos sobre Terapia Ocupacional.


Tentei explicar a Terapia Ocupacional com base em definições.

Tentei trazer onde pudesse explicar a Terapia Ocupacional de forma o mais rigorosa possível, mas claro está, a ansiedade atrapalha sempre e acelerei um bocadinho a explicação de uma parte. Para não apagar e refazer o vídeo aqui fica a correção:

CORREÇÃO: Ao min 8:57 quando explico o significado de "mudar a ocupação" adiantei-me um bocadinho e expliquei uma parte seguinte da nossa atuação. "Mudar a ocupação" significa que primeiramente iremos olhar para a ocupação e considerar tudo o que a envolve, desde o contexto onde é realizada, aos materiais utilizados e a até a forma como é desenvolvida. A partir daí, faremos adapatções a essa ocupação, de forma a que, alterando materiais, procedimento ou outros envolventes da ocupação, a possamos "tornar" possível de realizar para o nosso cliente. Depois sim, entra a parte que explico no vídeo, onde iremos compreender se é necessário substitutir a ocupação por outra que seja significativa. Esta parte pode ser desafiante, uma vez que o cliente mudará de rumo e iniciará um processo de redescoberta ocupacional. E também para nós é importante perceber e antecipar o processo de reabilitação para ajustarmos expetativas junto do cliente.


(No meu lado pessoal, é por estas e por outras que digo que falar para mim não é assim tão simples como escrever. Quando escrevo as ideias fluem naturalmente, quando falo há ali uma barreira qualquer a atrapalhar. Há sempre algo que falha, e é também por isso que o canal do youtube foi criado. Permite-me desafiar estas minhas limitações.)


Espero que consigam compreender um bocadinho o que é o meu trabalho enquanto Terapeuta Ocupacional.

Falaremos mais sobre este assunto :)


E já agora, aqui ficam os votos de uma Ótima Semana para todos vocês!




segunda-feira, janeiro 16

Youtube: A nossa mudança de país

 Olá!


O novo vídeo do canal de Youtube já está disponível. Falamos sobre a nossa mudança de país. Há tanto, tanto a dizer sobre isto...

Espero que gostem desta rubrica "Mudar de país em tempos de pandemia".

Vemo-nos por lá?




terça-feira, janeiro 10

Não consigo...

 Não consigo olhar para o Gabi como um bebé.

Ouço muitas mães dizerem que olham para os seus filhos como eternos bebés. E, por muito que tente, não consigo olhar para o Gabi dessa forma. Não vejo nele um bebé. Não agora. Vejo alguém que está a crescer imenso e que se tem tornado numa versão muito engraçada e interessante de si mesmo. Sou suspeita, porque o meu amor por ele é grande demais e claro, todos sabemos, o amor camufla muita coisa.

Mas, não consigo vê-lo mais como um bebé. Questiono-me se estarei errada? Se o meu instinto maternal estará a passar com a idade?

Os filhos crescem. Todos o sabemos. E tornam-se crianças, adolescentes, jovens e adultos. Talvez por adorar apreciar cada momentinho dele o olhe como um adolescente que é.

Adorei cada fase do Gabi. E revejo muitas das suas fases na Estrela. E, felizmente, tenho a sensação de que a grande maioria das vezes, o aproveitei ao máximo. Vai deixar saudades? Talvez. Já deixa saudades? Nem por isso, na realidade. Porque ao mesmo tempo que foi muito bom tê-lo como bebé nos braços, é também muito bom vê-lo crescer. Aprendo com ele. Continuo a aprender. E é tão bom este sentimento. Vejo nele o carinho e a dedicação que lhe coloquei. Vejo também, pois claro, que talvez tenha transmitido demasiada informação (que ele agora utiliza para argumentar e justificar a sua opinião, mas isso fica para outra história).

Vocês ainda olham para os vossos filhos como os vossos bebés? Qual é a sensação?




segunda-feira, janeiro 9

Boa Semana + Uma Novidade! :)

Hoje passo aqui apenas para vos desejar uma Boa Semana!

E partilhar uma Novidade que postei ontem no instagram e na minha página pessoal de facebook:

É com muita alegria (e um tanto de dor de barriga pelo nervoso miudinho) que partilho convosco a Primeira Novidade para 2023:
Estamos de Volta ao Youtube!
Depois de tanto tempo, é hora de voltar.
Espero trazer-vos muitaa partilhas, e espero muito poder contar convosco!
O link está no perfil para que seja mais fácil acederem. Se nos quiserem acompanhar por lá, subscrevam o canal para ficarmos mais próximos (e eu saber que ficarâo desse lado)
☺️
Vemo-nos por lá?

Para quem quiser acompanhar o canal de Youtube, podem fazê-lo no seguinte link:



quinta-feira, janeiro 5

Falta 1 semana para os seus 6 anos!

Há 6 anos atrás, tu eras uma pequenina semente que foi crescendo e crescendo no meu ventre.
Já eras luz na minha e nas nossas vidas e ainda nem te conhecíamos, nem tão pouco sabíamos como serias.
Na minha barriga, davas voltas e voltas e eu parava o mundo para apreciar cada movimento teu.
Eu ficava ali a imaginar qual seria a parte do corpo a tocar o meu, de que seriam todas as formas que conseguia, do lado de fora, observar.
A minha barriga parecia um elástico de tantas voltas que a fazias dar.
É mesmo incrível a natureza humana...
Há 6 anos, estava em pulgas e muito ansiosa para o teu nascimento. Provaste-me que não vale a pena planear nem querer controlar o mundo, porque o mundo é que tem o poder. Há 6 anos já só desejava conhecer-te. Sonhava em pegar em ti ao colo, em sentir o teu cheiro e o teu toque. Sonhava com o dia em que te poderia finalmente conhecer.
Falta 1 semana para o teu aniversário. Serão 6 o número dos teus anos. Mas será para sempre infinito o meu amor 💝




quarta-feira, janeiro 4

De que cor queres pintar a tua maternidade?

 

Se, em tempos, se pintava a maternidade de cor-de-rosa, e se vendiam fórmulas incríveis para ter filhos perfeitos, hoje em dia tenho a ligeira sensação de que se quer partilhar a maternidade como sendo um bocadinho mais difícil (usando uma linguagem simpática).

Virou trend dizer que a maternidade não é assim tão fácil, que é desafiante, que é exigente, que tem isto ou aquilo de dificuldade, contrapondo qualquer lado positivo. O que isso nos traz? Uma mudança de paradigma, ou seja, de perspetiva. Automaticamente, focamos nessas exigências e esquecemos que a maternidade pode sim ser cor-de-rosa. Porque não?

 

No meio do meu processo de descoberta e desenvolvimento pessoal dei por mim, muitas vezes, a aceitar que a dificuldade faz parte da maternidade. Não existem dois dias iguais. Não existem filhos perfeitos. Não existem mães sobrenaturais. Blá, Blá, Blá…Mas o que me afetou seriamente foi quando percebi que tinha deixado de tentar de encontrar a solução, porque estava apenas focada em aceitar cada desafio como o novo normal.

Talvez porque seja teimosa, comecei a refletir sobre isso e percebi que o que existem são “realidades” diferentes. E é cada uma dessas realidades que vai decidir se a maternidade é mais ou menos “cor-de-rosa”, mais ou menos “exigente”. E essa realidade somos nós que a criamos, com base naquilo que defendemos, na forma como a encaramos.

 

Com o aumento das partilhas e de conteúdo sobre a “vida real”, somos inundados com histórias, muitas vezes defendidas como se fossem a missão que veio para transformar o mundo e acordar os mais sonhadores. No meio disto, deixamo-nos, tantas vezes, contaminar pela visão dos outros. Quer queiramos quer não, passamos a olhar para a nossa maternidade com o olhar da outra mãe. Preocupamo-nos com assuntos que nem são nossos. E, muitas vezes, sem percebermos, levamos para a nossa vida algo a mais, que não nos pertence. E isso, de forma mais ou menos consciente, impacta a nossa postura, expetativa, perspetiva, comportamento e até os nossos sentimentos em relação a nós mesmas, enquanto mães e em relação à maternidade em geral.

 

Se há uns anos, lutávamos todos (os que éramos pais) para tornarmos o nosso dia-a-dia mais “perfeito”, hoje em dia, parece que ninguém quer mais saber. Afinal a maternidade é exigente, por sinal. Caímos no oposto de permitir que cada dia seja imperfeito. E, desculpem-me os mais sensíveis, não tem que ser tão assim.

Partindo do pressuposto que tanto a perfeição como a imperfeição não existem, escrevo estes termos apenas como meras expressões, subjetivas, consoante o ponto de vista de cada um.

 

O que procuram vocês para o vosso dia? Procuram dar o vosso melhor? Ou aceitar que nunca será “perfeito”?

Procuram tentar práticas que resultem melhor? Ou assumir que nunca as encontrarão?

Procuram soluções para os desafios e imprevistos que surgem, por vezes, diariamente? Ou estão focados no problema, sabendo de antemão que não há solução?

O facto de se partilharam tantas experiências diferentes de maternidade pode conduzir-nos a perspetivas diferentes daquela que é a nossa. E isso pode tornar-se meio confuso. Chegamos a um ponto que não sabemos mais se estamos a viver de acordo com os nossos princípios ou de acordo com os princípios das outras mães.

 

Eu sou o tipo de mãe que tenta dar o melhor. Sou aquela que tenta olhar para o lado positivo e, quando deparo um aspeto menos positivo tento encontrar a solução. Ou adaptar, ou remediar a situação. Não sou de todo uma mãe conformista. Apesar de, por algum tempo, ter “entrado” por esse campo. Esta experiência não é assim tão linear, mas dei por mim a dizer para mim mesma “deixa lá, é normal. Deixa lá, é sempre assim. Deixa lá…” Mas não foi nesse deixa lá porque a maternidade não é perfeita, que as coisas funcionaram melhor.

E foi aí que, em reflexão, fui percebendo que também eu estava a ficar contaminada pelo “excesso de informação”, tanta dela descartável, assente em princípios do nada, mas que quando partilhada com convicção e em tanta quantidade nos leva a acreditar que isso é a verdade.

Se assim é, olhem, eu prefiro andar enganada. E prefiro optar por uma maternidade onde irei lutar pelo seu lado cor-de-rosa.

Cada um pinta a sua vida da cor que quer. Isso tem a ver com o foco e atenção que dá ao que está ao seu redor. Hoje, eu escolho dar o meu melhor. E amanhã também. E escolho, acima de tudo, focar nas coisas boas e ignorar as restantes.

Escolho não aceitar que todos os dias serão “normalzinhos” e se existir um “perfeito” é normal. Eu prefiro o oposto, prefiro lutar por dias “perfeitos” e se existir um difícil é porque é normal.

Para este ano, decidi ser cada vez mais eu, decidi que irei ignorar um bocadinho mais que o ano anterior o que se passa pelo mundo. Há muito ruído pelas redes sociais. Eu não quero ser alimentada por ele. Posto isto, a intenção é falar sobre a maternidade segundo aquilo em que acredito, o que defendo como sendo o real, trazendo uma parte de experiência pessoal, outra parte profissional e claro, uma parte de teoria por detrás de tudo isso. Por outras palavras, irei tentar partilhar aquilo que eu chamo o meio-termo. É aí que tento viver. (Apesar de saber que isso não é nada comercial.)

Não há maternidades perfeitas. Nem há maternidades imperfeitas. A maternidade está nos pais. E na forma como a encaramos. Como a pretendem encarar durante este ano? Focando e aceitando os desafios? Ou alimentando dias cada vez melhores?

Podemos tudo. Afinal de contas, a maternidade parte dos pais.

 


Espero que este post faça sentido. Talvez em vídeo ficasse mais fácil transmitir a ideia. Mas a esta hora, o outfit é o pijama, por isso, achei que ficava mal. J

terça-feira, janeiro 3

Welcome, 2023

 Dia terceiro de janeiro. Post primeiro do blog.

Bem... Queria ter assinalado o começo do ano novo no dia um de janeiro, como tantas vezes fiz, partilhando convosco os meus pensamentos para o novo ano. No entanto, não foi possível. Estou aqui hoje, sentada em frente ao computador, a colocar em palavras o que vai na minha alma.

Fui rever o histórico, e este cantinho guarda uma mensagem/pensamento de ano novo desde 2016. Esta será a sétima vez que o faço. Incrível como o tempo passa. Incrível como este cantinho guarda tantas memórias, pensamentos e histórias. Sou tão grata por continuar aqui.

Este ano, ao contrário dos anteriores, sinto-me eu novamente. Sinto que começo este novo ano com a visão mais clara, com grande parte da determinação que sempre me foi caraterística. Por alguns anos perdi esta vontade de me superar. Permiti, de alguma forma, que o mundo controlasse tudo à minha volta e deixei-me ir. Deixei de criar planos, de criar objectivos, e até de sonhar. Deixei-me ficar ali naquele cantinho de quem ainda não desistiu de tudo mas não tem mais forças para lutar ou mudar. Não que esteja errado. Há fases da nossa vida em que precisamos baixar as expetativas, ir na corrente... Mas essa não sou eu. Tentei mudar-me, como foi solicitado e como me aconselharam. Mas não me adaptei a essa versão. Mas foi bom passar por esse processo. Aprendi a abrandar as expetativas e as exigências que coloco em mim mesma. Hoje sei que sou apenas uma comum "mortal" com limitações, e que não tenho a responsabilidade de abarcar e dar conta de tudo e mais alguma coisa. Sou e quero ser responsável por mim. E é também por mim que este ano tentarei lutar um bocadinho mais. Pora ser eu. Para me sentir eu de verdade, sem medos ou receios do que os outros irão pensar, sem penalizar-me ou aceitar que está sempre tudo bem se eu me anular.

Para este ano, volto a não desenhar planos. Mas ao contrário dos anos anteriores, tenciono, a pouco e pouco, criar objectivos. É meu objetivo voltar a ter objetivos, por assim dizer.

O primeiro que criei é o de voltar a estar mais presente por aqui. Este espaço permite-me conectar comigo mesma, refletir, sentar e esquecer o que me preocupa, aprender, crescer, evoluir,... Ao mesmo tempo, se isso acontecer, quero partilhar convosco um bocadinho mais de conteúdo, daquele que foi ficando parado, perdido e esquecido... Quero muito partilhar um bocadinho mais sobre os mais variados temas: abrir as páginas do meu diário, da minha vida, da nossa forma de viver, da nossa mudança para o Reino Unido sobre a qual ainda pouco partilhei. Quero muito trazer-vos assuntos mais complexos como são o do desenvolvimento infantil, e a terapia ocupacional, e um pouco de maternidade.

Quero muito trazer assuntos práticos, ideias, questões, porque vocês têm sempre algo novo para acrescentar e isso é tão enriquecedor!

Para este ano, sem grandes objectivos, mas com uma nova convicção, aqui estou eu, a começar uma nova jornada. Quero muito continuar a lutar por mim, por desafiar as minhas limitações. E é aqui que o consigo fazer.

Para este ano, se tudo correr bem, se tiver saúde, tenciono estar mais presente.

Quero aproveitar para agradecer a quem continua desse lado, ano após ano, apesar de todas as oscilações. E quero aproveitar para vos convidar a continuar desse lado. Este ano, a vossa companhia será ainda mais importante do que nunca. Vocês não sabem, mas são vocês que me dão tantas vezes força para continuar aqui. Porque do jeito que o "mundo" está, são inúmeras as vezes que questiono o que ando aqui a fazer. Continuarei a fazê-lo, eu espero, mas desta vez, tenciono fazê-lo em andamento...


Apesar desta poder ser uma mensagem estranha para início de ano, queria mesmo registar a mudança em mim. Afinal, se este cantinho não servir para mais nada, um dia servirá para eu recordar cada fase. Como digo sempre, as palavras têm poder. E, eu espero, um dia rever tudo o que senti. E isto é, para hoje, a realidade.


A todos vocês, um Ano Muito Feliz! Que possam viver o ano sendo vocês mesmos. Para os que ainda estão na busca do seu eu, uma boa caminhada. Espero que não desistam de procurarem quem querem ser de verdade!

Vemo-nos por aí (ou aqui). Amanhã, às 22h. ;)