segunda-feira, junho 29

10 Jogos/Materiais para crianças dos 2 aos 3 anos

Olá,

Partilhei no IGTV uma lista de 10 jogos/materiais extremamente úteis para crianças entre os 2 e os 3 anos de idade.
Selecionei estes 10 por nos serem muito familiares e por serem muito acessíveis.
Para verem mais sobre os materiais, assistam ao vídeo no Instagram, através do link abaixo:



A lista ordenada:











Espero que seja útil. Deixem o vosso feedback e/ou sugestões. ;)

Atividade do dia: Pintar as unhas

Quem gostaria de começar a semana a cuidar das unhas? ;)

Aqui fica esta atividade como sugestão. É uma atividade antiga, mas a necessidade de auto cuidado é sempre atual ;)

Esta atividade já foi partilhada por várias pessoas, mas encontrei-a algures perdida e resolvi partilhar também a nossa versão.
Poderão recriar a atividade com diferentes materiais. Eu escolhi cartolina e plastifiquei, de forma independente, para que seja fácil de transportar.

É ótima para crianças a partir dos 2 anos e meio.

Fica a sugestão.

Não há desculpa para não cuidar das unhas ;)


Boa Semana!

É sempre agora! E, se for de manhã, ainda melhor ;)
Boa Semana!

Fonte

quarta-feira, junho 24

Há 12 anos saí de casa e nunca mais voltei...

Ando há anos para escrever sobre isto.
Perdi a conta à quantidade de vezes que escrevi e apaguei, que escrevi e guardei. Este é dos textos mais difíceis que alguma vez partilhei. Remete a partes da minha história bem sensíveis e sobre os quais não me quero expressar. Mas há algo que gostaria muito de vos contar:

Há 12 anos saí de casa e nunca mais voltei…

Esta é aquela frase que me custa escrever sobre a minha história. É uma frase que define um dos grandes marcos da minha vida. Esta forma de a transmitir pode ser interpretada de diversas formas e isso faz com que não goste muito dela. Mas, de forma bem resumida e racional, foi isso que aconteceu. Não importam os motivos nem o que tudo isso envolveu. Daria uma longa história...

Hoje quero escrever sobre algo muito importante para mim: a escrita. E porquê começar assim, neste ponto sensível da minha história?
Vamos começar pelo início…
Estes dias estive a reunir todos os textos que tenho guardados, que nunca publiquei, mas que sempre julguei que talvez, um dia, fosse publicar. Ainda não aconteceu. Reli alguns, todos os que consegui. E foi tão bom.
Este recordar de textos, de recordar memórias e sentimentos faz-me retornar a tudo aquilo que sempre me acompanhou: as palavras.
Escrever surgiu na minha vida de uma forma muito natural. O entusiasmo por ser capaz de expressar sentimentos e experiências foram o motor de arranque para aquilo que se tornou na minha melhor "terapia". Mesmo sem noção da sua importância e do peso que um dia teria para mim, a escrita tornou-se um vício. Todos precisamos de um escape, de algo que nos obrigue a parar, a repensar. Escrever deu-me, desde sempre, essa possibilidade. A possibilidade de recordar, de sequenciar acontecimentos, de compreender experiências e de as amadurecer dentro de mim. Longe de julgamentos, de interpretações enviesadas, longe de olhares de reprovação, aquilo era meu. Ninguém nos pode julgar por aquilo que sentimos. Os sentimentos são algo muito pessoal, muito nosso. Só nós os compreendemos de verdade. Escrever deu-me a possibilidade de colocar no papel sentimentos que nunca partilhei com mais ninguém. O meu diário tornou-se no meu melhor amigo, o meu diário era o meu maior confidente.

Quando saí de casa previ tantas coisas que poderiam acontecer. Sabia que podia não regressar. Então, pensei em tudo aquilo que queria guardar. Pouco importava o que ficasse. Havia 3 coisas que queria guardar para sempre. Sabia, por ordem, as coisas das quais não queria abdicar: as páginas que registaram a minha história e os meus segredos, as páginas que eternizaram todos os sentimentos que fui capaz de expressar era a primeira. Sou péssima a comunicar verbalmente. Não digam o contrário, sou horrível. Sinto um aperto no peito e uma taquicardia tão grande que o nervosismo paralisa todas as palavras. Mas, se me derem uma página em branco, aí eu sou feliz. Escrevo ao ritmo do pensamento, sem pensar duas vezes, sem voltar atrás, sem correção. As palavras fluem pelo papel da mesma forma que o pensamento surge. É tão mais fácil expressar-me assim.

E falo sobre isto porquê?
Porque perdemos tempo demais a acumular, a desejar isto e aquilo, o que imaginamos, o que vemos e o que nos impingem como necessário.
Mas, na realidade, de todas as coisas que podemos levar da vida, a única que faz falta continuar a acompanhar-nos é a nossa história. Por muito que as fotos retratem momentos, as palavras continuarão a eternizar sentimentos. E são os sentimentos que nos preenchem. São eles que nos fazem sentir, que nos dão vida. Um dia, todos podemos ficar sós, sem nada. Mas a nossa história estará lá, na nossa sombra, para nos acompanhar. Dela não podemos abdicar. Nunca. Por muito que mude, por muitas voltas que a vida possa dar, por muito que gostássemos de apagar uma ou outra coisa, ou de acrescentar um ou outro pormenor, é ela que nos faz ser quem somos. E deixar partes da nossa história escritas é eternizar tudo aquilo que um dia nos possamos esquecer.

Reler tudo o que sentimos anos depois de o descrevemos é algo absolutamente fenomenal. Quando releio páginas da minha história sou capaz de me situar naquele momento e imaginar-me a viver tudo novamente. E este recordar da nossa história é tão bom para nos ajudar a compreender melhor quem somos de verdade.
Posso não ter muito mais do que alguns diários guardados, posso não ter muito mais que me faça recordar sobre o meu passado, de quem fui, de como cresci; mas enquanto tiver possibilidade de montar as peças do puzzle e recordar toda a história, então estarei completa. Então nunca esquecerei porque estou aqui.

Quando saí de casa não levei muito mais do que isso. E pouco mais faria falta. Porque na realidade não precisamos de muito mais para além de nós mesmos. Para aceitar o presente e encarar o futuro só precisamos da experiencia que a vida nos dá, das histórias que carregamos e que podemos contar, dos sentimentos que nos marcaram e que nos deixaram mais fortes ou mais sensíveis.

Posso abdicar de tudo, mas sei que as páginas da minha história continuarão a acompanhar-me. Aqui e online, ou em privado e offline, continuarei a registar tudo o que for capaz. Porque um dia, é apenas isto que quero recordar. Os sentimentos que vivi em cada uma das fases que percorri. São eles que tornam cada parte da nossa história ainda mais inesquecível.
Só desejo que a vida me dê tempo e saúde para continuar a registar.

Todos temos uma história. A minha tem muito valor, é a minha. E tu, dás valor á tua?



terça-feira, junho 23

Vamos eternizar sentimentos?


Hoje partilho mais um registo da rubrica #Diário do Gabi mas deixo um desafio no final para vocês. Leiam até ao final e juntem-se a nós. Vamos eternizar sentimentos?

Mais uma fase que está a chegar ao fim. Mais um ano especial. E que ano este!
O teu primeiro ano de ciclo, repleto de novidades e aventuras. O teu primeiro ano de ciclo, o primeiro em que aprendeste tantas coisas novas. O primeiro em que conheceste muitos professores, em que conquistaste uns e escolheste outros, os teus preferidos. O primeiro ano em que tiveste aulas de 50 em 50 minutos (mais ou menos) e o primeiro em que aprendeste a comprar senhas para almoço.
Um dia, talvez tudo isto seja diferente. Um dia, talvez te esqueças de tantas coisas. Mas antes que isso aconteça, deixa-me registar tudo o que é possível registar.
Viveste pouco mais de 1 período de forma presencial. Passaste por um momento de pausa e retomaste em formato digital. UAU! Que mudança arrebatadora!
Não duvido que deste ano leves contigo boas recordações. Mas com certeza também levarás recordações de dias chatos, de dias e dias vividos em confinamento. Recordarás os trabalhos de casa, os professores mais exigentes e os colegas de turma, agora ainda mais distantes. Recordarás o M. que aparecia de pernas para o ar na aula do classroom e os momentos em que um ou outro se esqueceu de desligar o microfone e todos se riram. Recordarás que um ou outro professor não percebia nada de informática e que outros eram mais certinhos e rigorosos. Recordarás os momentos em que os professores te elogiaram e os momentos em que te deixaram triste. Recordarás as fugas que fizeste enquanto virava costas e o desconforto que era estudar com ao som da Estrela. Mas recordarás também alguns trabalhos que te deu gozo fazer e aos quais te entregaste por completo.
Recordarás os momentos de pausa, as aulas de educação física, de inglês, história e até de português.
Recordarás os livros que agora deixas de usar, com saudade, porque afinal não os podemos guardar.
Recordarás sites como o da leya e o da escola virtual.
Recordarás esta fase, não tenho dúvidas, e espero que te lembres dela de uma forma muito especial.
Foi um ano e tanto e está quase a terminar!
Foste e és um resistente. Mesmo que tenham existido semanas mais agitadas e os prazos tenham sido bem difíceis de cumprir. Mas não desistimos e lutamos até ao fim!
Agora sou eu que te peço, escreve um resumo com tudo o que te marcou.
Agora já poderás descansar!

A todos vocês, deixo a sugestão de pedirem aos vossos filhos uma espécie de redação. As fotos guardam os momentos, mas as palavras conseguem eternizar sentimentos. Alinham neste desafio?
Peçam-lhes que descrevam o que mais e menos gostaram, o que sentem saudades, o que queriam guardar para sempre, algum acontecimento que os marcou e qual o motivo, os professores que mais gostaram e os que não fariam falta, os colegas de turma mais especiais e os outros que talvez se possam esquecer.
Quem vai alinhar?



terça-feira, junho 16

ATIVIDADE DO DIA: Desenhos com pontinhos

Hoje partilho uma atividade muito gira para as crianças.
Não irei entrar em pormenores sobre as competências que permite estimular, mas é mais uma atividade excelente.
Aqui utilizei missangas, mas podem utilizar botões, feijões (que podem colorir) ou outro objeto pequeno. Podem ainda realizar a atividade com recurso a uma pinça para torná-la ainda mais desafiante.








Guardem-na na memória, porque em breve voltaremos a falar sobre ela ;)

segunda-feira, junho 15

As promessas que a vida me fez tomar...


De cada vez que faço mudanças na minha vida, volto atrás e tento reescrever a história. Não no sentido de a mudar, mas com o intuito de a interpretar.
Se há coisas que nos ajudam a perceber cada pedacinho de nós são as mudanças, as aventuras, os dissabores e todos os momentos em que somos colocados à prova. Quantas vezes não duvidaste de ti e voltaste atrás para perceber o porquê disso acontecer? Quantas vezes não quiseste desistir e olhaste para ti e foste capaz?
São tantos os dilemas com que nos deparamos ao longo da vida, tantas alterações na nossa trajetória, tantos imprevistos que afinal até deram certo…

Acredito que nada acontece por acaso e que, se olharmos com muita atenção, seremos capazes de encadear cada peça do nosso puzzle da vida.
Eu tenho algumas ainda por encaixar, algumas que dependem apenas de mim e outras que ainda não sei bem como as posicionar. Mas cada uma delas faz parte de todo o percurso que vivo e vivi.
Uma das coisas que já falei por aqui foi da minha história. Seria tão mais simples fazê-lo se ela tivesse sido bem linear, sem altos e baixos tão abruptos, sem voltas e reviravoltas, sem momentos de extrema aventura e emoção. Mas não. Tinha que ser recheada de contratempos, de desafios, de momentos que me colocaram à prova. Tinha que ser feita de provas à minha resistência e resiliência para eu crescer. E, sabem que mais? Ainda bem! Porque foi com ela que aprendi a apreciar o mundo desde a sua essência, a perceber o valor da vida, que ela não é eterna e que ninguém é de ninguém. Foi a minha história que me tornou, de certa forma, mais “egoísta”, que me ensinou a focar mais em mim, nas minhas coisas e nos meus. Foi a minha história que permitiu crescer. Mas também com ela que nasceram os medos, a insegurança e a vontade de me esconder (esta que tento, com o blog, combater).

Podemos sempre contar a nossa história de várias formas. Podemos contá-la colocando-nos como vítima ou super-herói. Podemos sempre contá-la como gloriosa ou como fatal. Confesso que não gosto de extremos, porque para mim tudo é natural. Se nada acontece por acaso, é a sucessão de acontecimentos que faz com que a nossa história continue de determinada forma, que nós optamos por determinados caminhos e por aí fora… Tudo se vai encaixando e organizando e é isso que torna cada história de vida tão especial.
Apesar disso, tenho consciência de que a minha não é uma história comum, nem tão pouco habitual. Mas é a minha, a que me representa e me ajudou a ser quem sou. Foi com o somatório de cada experiência que jurei para mim mesma que todos os dias tentaria desafiar-me a ser melhor, a lutar para combater tudo o que impede verdadeiramente de viver. Por isso, quando os medos assombram faço um esforço para relembrar "fecha os olhos e vai".

E tu? Quais foram as promessas que a tua vida te fez tomar?



quinta-feira, junho 11

A viagem mais arriscada de sempre!

Há 11 anos atrás, para aproveitar os feriados em Portugal, "metemo-nos os 3 no carro" e rumamos a Madrid.
Poderia ter sido apenas uma viagem no meio de tantas outras, se não estivesse grávida de 38 semanas.

Acho que já partilhei esta aventura por aqui. Mas nesta altura do ano faço sempre uma viagem ao passado.
Se há algo que a idade nos traz são medos, medos, e mais medos. Pelo menos para mim, a idade tem-me feito mal neste sentido.
Hoje, nas mesmas condições, não teria saído de casa assim. Muito menos para ir de carro, numa viagem tão longa, para onde não conhecíamos ninguém.
Mas... Jovens! Jovens e as suas aventuras. É o que vale! Também, se assim não fosse não teria mais uma história para recordar.

Foram 3 dias, vividos sob o calor imenso de Madrid. Não contamos quantos quilómetros percorremos a pé, mas nada melhor do que caminhar para facilitar um parto, não é mesmo?

Foram dias incríveis, que serão para sempre recordados como dos melhores que já vivemos.

Qual foi a maior viagem que fizeram grávidas? Arriscariam numa viagem assim?


sexta-feira, junho 5

Atividade do dia: Crianças pelo mundo

Aproveitei o Dia Mundial da Criança para iniciar atividades diferentes com a Estrela. Desta vez, sobre o mapa mundo e a diversidade de crianças que nele vivem.



Partilho convosco as melhores pesquisas que encontrei, deixando o link para os respetivos sites:

No site francês https://www.mondedestitounis.fr/ encontrei uma atividade muito atrativa, sobretudo pela gráfica que apresenta.

Visitem o site e aproveitem as ideias que melhor se adaptarem a vocês.
Deixo os links diretos:










terça-feira, junho 2

Eu pratico o RESPEITO. E tu, o que decides praticar?


Hoje, as redes sociais vestiram-se de negro. De negro para lutar contra uma das mais desrespeitosas atitudes humanas: o racismo.
Não me vesti de negro. Mas não significa que não seja apologista de toda a mudança de paradigma na sociedade humana.
Hoje e todos os dias visto-me de RESPEITO. Porque o respeito está na base de qualquer preconceito.
De nada nos adianta lutar contra o racismo, se não ensinarmos ao mundo o valor e a importância do RESPEITO. De nada nos adianta propagar manifestações, dando-lhes força e visibilidade se, no final, valores como o RESPEITO não estão lá e isso se traduz em mais e mais mortes humanas.
É URGENTE lutarmos juntos por aquilo que se perdeu, que se dilacerou ao longo do tempo. É URGENTE lutar pela IGUALDADE, pelo RESPEITO, pelo DIREITO que cada um de nós tem por viver e partilhar este mundo com tantas e tantas outras pessoas.
Se lutarmos pelo RESPEITO, se o praticarmos nas mais pequenas coisas, talvez o preconceito, a discriminação e a violência sobre o outro e nós mesmos comece a ganhar novos costumes.
É importante e urgente ensinar os nossos filhos a respeitar o outro. Seja ele qual for. Não importa a sua cor de pele, a sua nacionalidade, o que faz ou o que traz vestido. Não importa se nasceu com os membros todos ou desmembrado. Não importa se é alto, magro, gordo, baixo, se escolhe pintar o cabelo de uma só cor ou com todas as cores do arco íris. Não importa se nasceu homem, mulher ou se preferiu alterar a sua condição genética. Não importa se é capaz de falar ou não tem capacidade para levantar a voz. Não há um padrão para o que é ser normal, mas há um padrão para se ter RESPEITO. E é tão simples: Tem-se e pronto!
Vestir uma causa social, defender a quebra de correntes de preconceito ou violência, seja de que tipo for, é de uma responsabilidade enorme. Muitas foram as figuras públicas que se sentiram confrontadas com seguidores por darem a cara por temas como este, do racismo. Lutar contra o preconceito em relação à cor é tão importante como lutar por tantas outras causas nobres, como a violência doméstica, o abuso sexual, a igualdade de direitos entre homens e mulheres, e por aí fora. Cada um dá a cara pela causa que escolher. Mas todos juntos devemos dar a cara pela luta dos direitos humanos, como o RESPEITO.
Ontem, dia mundial da criança, quantos de nós nos demos ao trabalho de levantar a voz para defender as crianças que vivem à margem daquilo que é a nossa realidade? Quantos de nós levantaram a voz e deram a cara para lutar pelos direitos daqueles que serão o nosso próprio futuro? Defender a humanidade deve começar por baixo. Só quebramos paradigmas e estereótipos se incutirmos nas nossas crianças que TODOS temos o mesmo direito à vida e o mesmo direito a viver. Não defender as nossas crianças não será mais uma forma de passar por cima do que será necessário fazer para quebrar correntes de anos e anos a fio? Não sei. Talvez…
Se cada um de nós se der ao trabalho de lutar, de informar, de dar a cara e a voz contra a do seu vizinho, aquele preconceituoso, racista, que não olha a meios para atingir os fins… Se cada um de nós der a voz por cada atitude de desrespeito que passa mesmo por baixo dos nossos olhos, então todos estaremos a contribuir para um mundo melhor. Então, todos estaremos a contribuir para que o mundo quebre correntes de violência e se comece a propagar um bocadinho mais de amor.
Hoje e todos os outros dias, eu pratico o RESPEITO.
E tu, o que decides praticar?



(PS: Já sabem, texto escrito como se estivesse a falar. Não foi sujeito a segundas leituras nem correções. Por isso, perdoem-me se detetarem erros gramaticais).



Quase 11 anos... [diário do Gabi]

O mês de junho é especial. Ao mesmo tempo muito nostálgico. Fico a imaginar discursos e coisas que adoraria registar. Na impossibilidade de o fazer à velocidade que gostaria, vou fazendo como posso.

Hoje o dia é do Gabriel. Ele, que é o meu primeiro grande amor, ele que é o meu primeiro filho terá sempre o seu cantinho Por isso, estas palavras são para ele, numa mistura entre um discurso direto e indireto, bem ao meu jeito. Abri o computador e só deixei o pensamento guiar cada palavra que queria registar.




Por vezes, fico a pensar na vida (vezes demais, talvez). Penso no tanto que cresceste. Dá vontade de voltar atrás no tempo e voltar a abraçar-te, sentir e congelar cada abraço teu. Mas ao mesmo tempo, é tão bom acompanhar-te a cada dia que passa, que só desejo tempo e saúde para continuar a acompanhar-te da mesma forma. A vontade de voltar atrás no tempo não é superior à de te abraçar hoje, aqui e agora. Sei que em cada fase tua dei o meu melhor, dei tudo o que pude, soube e fui capaz. Em cada fase tua, eu sei que estive lá para te abraçar, para te apoiar, para te felicitar. Nem sempre fui perfeita, por vezes, também errei. Mas tentei. Tentei todos os dias ser mais e melhor.
Ser mãe e estar presente na vida dos nossos filhos é muito exigente. É chato ser a mãe galinha, que toda a gente olha e critica por estar perto, mas é tão bom olhar para trás e perceber que estivemos presente em cada fase. É tão bom saber a tua história de cor e de ser a primeira pessoa a contá-la tim tim, por tim tim. Sei que há tantas crianças que não tiveram os pais ali, disponíveis e outros, não os tiveram presentes. Apesar do que posso ter “perdido” para mim, sei que talvez tivesse feito mais diferença a ti.
Não sei o que guardarás destes anos, mas há coisas que nos ligarão para sempre. As nossas músicas, as nossas histórias, as nossas atividades, as nossas peripécias, as nossas aventuras,… Tu foste e serás sempre o ator principal, mas eu guardarei para sempre o amor de cada partilha.
Ser mãe e estar presente é realmente muito exigente. Os anos passam e tu desejas voltar atrás no tempo e viver cada momento novamente. Mas certamente recordarás cada fase como uma fase intensa. Saberás que deste o teu melhor e quando damos o nosso melhor isso deve ser suficiente.
Como cresceste meu Gabi. És tão especial para mim! Que continues a abraçar-me com toda a força, mesmo que a idade te leve para longe de mim.