terça-feira, fevereiro 28

Um resumo do meu mês de Fevereiro...

Fevereiro é o mês mais curto do ano. Mas posso dizer que este mês foi longo. Foi incrível o tanto de coisas que couberam neste mês.

Este mês trabalhei muito. E foi muito nostálgico para mim registei-me, finalmente, no Royal College of Occupational Therapists. Estou registada como Terapeuta Ocupacional no Reino Unido desde final de 2020, o que significa poder exercer como Terapeuta Ocupacional (e pertencer a uma Ordem). Mas ainda não fazia parte da nossa "Associação". E, curiosamente (ou não, porque a vida sabe o que faz), increvi-me no mesmo mês que deixei o meu primeiro trabalho.

Faz precisamente um ano que deixei de fazer parte da primeira equipa que integrei. Em breve explicarei como tem sido a minha jornada de trabalho por aqui. É curioso olhar para trás e ver tudo o que tenho vivido e como tem sido o meu percurso por aqui.

Claro que cada inscrição implica custos, essa é a parte chata da coisa e foi por isso que demorei a registar-me no Royal College, mas pronto... A próxima inscrição será a World Federation of Occupational Therapists, cof cof, ou não, porque há tantas coisas que quero fazer... :)


O meu trabalho ocupou realmente grande parte do meu tempo durante este mês. Mas foi também um mês durante o qual gozei de 2 dias e meio de férias, para estar com os meninos. Foi ainda o mês em que a Estrela voltou a questionar-me, entusiasmada, pelas suas atividades. E o Gabi começou um puzzle que está à espera de ser montado há vários anos.

Fomos ainda ao cinema pela primeira vez este ano. Foi uma experiência peculiar, talvez precise de tempo para partilhar. (oops) Tivemos momentos muito bons :)


Por casa, tentei manter as coisas organizadas e já ando com alguns planos de novas mudanças, uma das quais já comecei entretanto. Passo os dias a pensar na funcionalidade, mas nem sempre é fácil porque não nascendo espaço, apenas troco coisas de lugar. Mas, vale ir sonhando não vale?


Este mês tentei ainda comunicar um bocadinho mais com as minhas pessoas. Consegui falar com uma das minhas melhores amigas, o que foi muito muito bom. Vou confessar que, estupidamente, bem sei, por vezes tento nem comunicar para não doer de saudade. Mas é algo que preciso melhorar. Sinto que falhei redondamente no plano, mas volto a tentar este objetivo no próximo mês.


Quanto a mim, foi a parte mais difícil de gerir. Porque com tanta coisa a acontecer, a maior parte das vezes não me priorizei, e outras não tive tempo, energia ou cabeça para cuidar de mim e das minhas coisas. Os vídeos no youtube não sairam com uma periodicidade constante, mas mesmo assim, continuamos por lá e o vosso feedback tem sido muito bom.

Por aqui, no blog, não escrevi tanto quanto gostaria, mas já estou a trabalhar sobre mim para conseguir estar mais presente para mim mesma e para aquilo que me faz bem nos próximos meses.


Basicamente foi assim o meu mês de Fevereiro. Os meninos estão bem. Ao Gabi caiu um dente, a Estrela apanhou um fungos. Vamos lá ver se o dente cresce ao Gabi (óbvio que sim) e se o fungos da Estrela melhora de vez (não tem porque não).


Continuo no foco, sobretudo no foco por aceitar que a vida nunca será perfeita, mas muito no foco por tentar olhar para ela e fazer dela a vida perfeita para mim. E isso sabe tão bem...


Posto isto, vou ali terminar o meu mês da mesma forma que o comecei, ou seja, a trabalhar. Porque há tantas coisas a acontecer e eu tenho mesmo que as aproveitar. :)


Como correu o vosso mês de Fevereiro?

Que recordações levam para o próximo?




segunda-feira, fevereiro 27

Parece fácil...

Parece fácil, visto assim. E seria. Se não tivesse um trabalho a tempo inteiro, e uma casa para gerir, e outro filho numa fase em que as suas necessidades são completamente diferentes. E se tivesse uma boa rede de apoio, e se não tivesse que trabalhar sobre os problemas que vieram de atrelado comigo. Seria fácil se não tivesse que querer ser dez em vez de uma. Se não tivesse que preocupar-me com a educação. Seria fácil... Seria fácil se não fosse eu a mãe. Seria tão mais fácil se a vida estivesse toda ela alinhada e eu não precisasse de preocupar-me com mais nada.


Não sendo fácil, é um privilégio enorme poder viver este difícil. Porque é com ele que aprendo tanto. Porque é este difícil que continua a ser parte do motor que me faz querer continuar. Porque é este difícil que me mostra os diferentes caminhos possíveis. E por muito difícil que possa ser, é o caminho mais difícil que eu escolho percorrer.

Que eu possa percorrer este caminho difícil durante muitos, muitos anos, e que no final eles possam dizer-me "parecia tão fácil". E lá estarei, para que na sua vez, eu possa tornar o seu caminho um bocadinho mais leve.



Já assistiram ao último vídeo do Youtube?

 Olá!

O último vídeo do Youtube está disponível (desde a semana passada, mas esqueci-me de partilhar aqui).

Neste vídeo, revivemos os primeiros dias em Inglaterra.

O descobrir que chegamos a uma casa e não tínhamos chave para entrar. De bagagens e com miúdos cansados, foi bem desafiante.

Vejam no vídeo como tudo aconteceu... E como foi a segunda noite, porque também foi cheia de desafios.


Entretanto, resta-me desejar-vos uma ótima semana!




segunda-feira, fevereiro 20

Que saudades, Carnaval!

 Há poucas datas das quais tenho saudades. Definitivamente, o Carnaval é uma delas.

Desde sempre fui aquele tipo de crianças que vibrava com o Carnaval. Adorava o dia de Carnaval, o poder fantasiar-me, o poder divertir-me sem grandes preocupações. Afinal, no Carnaval ninguém leva a mal…

Adorava aquelas pistolinhas de água, os confettis de Carnaval, os desfiles, as máscaras, tudo, tudo, tudo.

Cresci a alimentar este gosto pelo Carnaval. Cresci a participar em festas de Carnaval, a fantasiar-me. Quando mudei de vida, tudo isto ficou meio perdido no tempo. Mas, com o Gabi tive a oportunidade de transferir para ele esse entusiasmo, que era sobretudo meu.

Aqui no Reino Unido, o Carnaval não é festejado. Adoraria poder transmitir essa tradição à Estrela, que teve pouco tempo para a conhecer. E adoraria continuar a transmitir essa tradição ao Gabi, que recorda com carinho os seus disfarces e os dias de Carnaval.

Este ano, dei por mim a querer voltar a disfarçar os meninos. Dei por mim a desejar entrar numa festa de Carnaval. Com a pandemia, e o facto de o Carnaval não ter sido comemorado com rigor nos últimos anos, essa memória foi passando “despercebida”. Mas este ano, está a fazer doer.

Apesar de querer comemorar apenas as tradições que fazem parte da nossa nova realidade, talvez para o ano repense sobre esta data e tente encontrar uma forma alternativa de a viver…

Porque por muito que mudemos, por muito tempo que passe, há coisas que farão para sempre parte da nossa história. E, se podermos passar isso para a história dos nossos filhos, terá um “cheirinho” ainda mais especial.


Na imagem, 8 anos separam estas duas fotos, o Gabi e a Estrela, com o mesmo fato de Carnaval.

Aproveitem o Carnaval ao máximo, aproveitem-no um bocadinho por nós também…J




terça-feira, fevereiro 14

A violência doméstica não tem rosto!

 Uma foto desfocada para, mais uma vez, falar sobre a violência doméstica. Uma foto com a minha filha, porque nestas relações, quando existem crianças, elas também sofrem.


A violência doméstica não tem rosto.

Pode estar a ser vivida onde menos a esperamos. Pode ser um(a) amigo(a), um(a) familiar, um vizinho(a) ou um(a) colega de trabalho. Podemos ser nós a experienciá-la e nem termos percebido.

Pessoas de todas as classes sociais passam por experiências de violência doméstica. Pessoas ativas, aparentemente completas e felizes, passam por estas experiências, também.

Nem toda a violência se prova com as marcas de uma nódoa negra, há muitas outras marcas que se escondem debaixo da pele, que atormentam o dia a dia de quem a vive. E que se tornam mais difíceis de interpretar (e "aceitar como sendo violência").

Aplaudimos muitas vezes relacionamentos, incentivamos pessoas a continuarem juntas, mas esquecemos que o mais importante é o que não se vê. Dizemos com facilidade "se fosse mau não estariam juntos", sem se compreender que há muito mais para além do que se vê. Este tipo de comportamentos só faz com que o agressor ganhe força e a vítima enfraqueça. Quem precisa de ajuda é a vítima, não o agressor.

Amanhã, no dia dos namorados, não incentivem ao amor, à pressão de uma relação que não sabem como está. Conversem antes sobre como deve ser o amor no dia a dia. Dias destes confundem muitas vezes as vítimas e fazem o agressor ganhar ainda mais poder. Afinal, ele é muitas vezes quem presenteia, quem tem mais a dizer. Faz parte do jogo, faz parte do poder.

Não apoiem o agressor. Defendam a vítima.

Não se deixem iludir (ou não sejam cobardes, se souberem como é).

Apoiem o verdadeiro amor. Não o que aprisiona e faz doer.


quinta-feira, fevereiro 9

A felicidade verdadeira não tem filtros.

A felicidade verdadeira não tem filtros.

Conseguimos vê-la nos olhos, no sorriso rasgado, na expressão de liberdade.
Nem sempre consigo libertar-me das responsabilidades, das preocupações. Mas tento fazê-lo sempre que posso. Não é fácil libertarmo-nos de tudo o que nos aprisiona. Mais difícil se torna quando carregamos tudo às costas.
Este ano, quero ser mais livre. Quero estar mais tempo para eles. Durante os últimos dois anos tive que aceitar que estaria mais longe, tive que engolir muitos "sapos". Tive que resignar-me. Não quero mais esse sentimento. Quero ser mais eu, a mesma mãe que sempre teve tempo de qualidade para eles.
Mudarei tudo o que for preciso só para ter mais momentos como este. De pura conexão, de entrega.
Porque eles merecem. E eu também.



terça-feira, fevereiro 7

És sempre o mesmo!

És sempre o mesmo! Não, não sou. Mas se continuares a agir assim, tu serás!

Ficamos, tantas vezes, presos a rótulos que nós próprios criamos sobre os nossos filhos.

Entre os 2 e os 3 entitulamo-los de birrentos, talvez ali por volta dos 4 dos "amantes dos cocós", aos 5 são um fenómeno de tão engraçadinhos que são, aos 6 são uns macaquinhos porque passam a vida a andar aos trambolhões... Aos 7 já começam a preferir os amigos em detrimento dos pais e são os pré adolescentes que não querem saber de nós, e por aí fora...
Criamos tantos, mas tantos rótulos. E o pior de tudo é que fazemos questão de lhes dizer isso, com todas as letras. E, pior ainda, é que com mais facilidade olhamos para o que fazem de forma um bocadinho quanto negativa... Não é mesmo?

Sabem porquê? Bem... Eu também não. Mas posso deixar uma explicação (ou apenas mais uma das minhas reflexões). :)

Porque nos custa olhar para os nossos filhos e aceitar que eles passam por tantas fases diferentes, tal como nós. E, muitos de nós, fomos reprimidos nessas mesmas idades. E, muitos de nós, produzem como resposta automática a mesma resposta que obtiveram.

Por isso é tão importante o desenvolvimento pessoal e, melhor ainda, a terapia. :)

Bem... Quanto às fases de cada um é fácil compreender que sendo apenas fases, a maioria das crianças passa por elas, também. Não é por serem isto ou aquilo, ou por serem mais ou menos do que os irmãos. É muito porque estamos mais atentos, ou porque lembramos menos o filho anterior, ou porque nos rimos e gozamos com isso e para captarem a nossa atenção, intensificam esses mesmos comportamentos.

Quantas vezes vocês riram de algo que não queriam, mas não foram capazes de controlar, e no minuto seguinte lá estavam eles a repetir? Porquê? Porque vocês lhes deram atenção, porque vocês os validaram.

Tenho passado muitas fases curiosas com a Estrela. Porque consigo rever nela muitos dos comportamentos do Gabi. E, tal como ele, ao primeiro comentário positivo, ela aprende que aquele é um comportamento a manter. Porque quer sentir a mesma aprovação que todos nós, no fundo, queremos.

Por isso, para hoje, só tenho uma coisa a pedir: fiquem atentos aos comportamentos dos vossos filhos como parte integrante do seu desenvolvimento. E valorizem. E, acima de tudo, aproveitem e desfrutem. Todas as fases acabam por passar e por deixar saudades. Mesmo quando inventam coisas que não "cabia na cabeça de ninguém", eles estão apenas a testar as suas habilidades, limites, e a conhecer mais sobre eles e sobre nós.

Que possamos deixá-los explorar o que precisam em cada fase e que não os olhemos como mais isto ou aquilo só porque sim.



segunda-feira, fevereiro 6

Youtube: A minha história de vida (e do blog)

 Olá!

Tantas vezes partilhei bocadinhos sobre a minha história de vida. Tantas vezes que tenho a sensação de que muitos desses bocadinhos estão espalhados por aí, sem um fio condutor.

Para reunir todas as peças e fazer um resumo mais organizado sobre a minha história de vida, resolvi criar um vídeo. Lá partilho um resumo da minha história de vida e conto como surgiu o blog. Afinal, estamos no digital e faz sentido cruzar as duas histórias, porque não existe mais uma sem a outra.

Espero muito que vocês gostem de assistir a este vídeo.

Talvez seja dos conteúdos mais difíceis de gravar. É tão mais fácil escrever do que falar.

Mas, sair da zona de conforto é algo que todos nós precisamos para evoluir, para não ficarmos presos àquelas que são as nossas limitações.

Por isso, depois de várias tentativas de vídeo, deixo convosco a última versão. Haveria coisas a acrescentar, mas também tenho que ter coisas para melhorar, não é mesmo? (brincadeira)


Obrigada por estarem desse lado e usarem tempo do vosso tempo com estas coisas minhas. Que agora também são um bocadinho vossas por sinal. Obrigada!





sábado, fevereiro 4

Sábado, fim de dia…

É hora de refletir sobre a tua semana.

Como correu? O que fizeste? O que viveste? Com quem conviveste? Quanto tempo paraste para conviver contigo mesmo(a)?

Quais foram os pontos positivos da tua semana? Quais os que queres melhorar? Quais os que frustraram as tuas expetativas? E quais os que te ajudaram a caminhar?

Pensa bem sobre eles, tenta não esquecer nenhum…

E respira. Agradece por teres tido essa oportunidade, a oportunidade de viver cada um. Todos os momentos fazem agora parte da tua história, parte de quem és.

Para os momentos bons, sorri. E para os outros, traça um plano: o que podes fazer para melhorar da próxima vez, de que forma podes contribuir para cada um? Lembra-te que nem tudo depende de ti. Por isso, aceita o que não te pertence como algo que não tens que carregar dentro de ti. Respira fundo! As vezes que forem necessárias. E promete a ti mesmo(a) não te deixares afetar tanto da próxima vez.

Agora… Agora é hora de seguir em frente. Deixar que a noite traga um bom descanso. E seguir sem levar nada do que não precisas de carregar contigo. E, seguir, levando o melhor que a vida te deu, dentro da tua bagagem da vida.

Aproveita para descansar. Amanhã será um novo dia.

Boa noite. Sê muito feliz!




sexta-feira, fevereiro 3

Atividade Surpresa e os desafios de emigrar

 Emigrar é sinónimo de descobertas. Há todo um mundo novo para descobrir. E é necessário abdicar de tantas coisas previamente dadas como adquiridas e preparar para conhecer novas.


A Estrela está na escola primária. Como tal, está a passar por um processo sobre o qual eu nada sei. E, como é comum a quem nada sabe, também não sei sequer por onde começar a pesquisar.😅

Mas... Há coisas que aprendi com a minha profissão (algumas das quais testei com o Gabi) que sei serem importantes para este processo. Porque há competências que são transvessais ☺️

Nas últimas semanas desafiei a Estrela a voltar às atividades. Ela adorou a ideia de ter uma atividade surpresa depois da escola. O que ela não sabe é que as atividades são selecionadas com um propósito. Mas, não lhe digam nada porque pode estragar a motivação.😜

Aqui, num exercício muito simples, tentei testar a sua capacidade de "seguir uma ordem". Parece uma atividade simples, mas requer muita concentração (e não só).

Convido-vos a fazerem este exercício em casa com os vossos filhos. Podem usar palavras que eles conheçam. E coloquem exatamente como mostra a imagem.

Voltaremos a esta atividade para a semana (a não ser que a Estrela não colabore🤭) e depois disso iremos refletir sobre as diferenças.



quinta-feira, fevereiro 2

A culpa é da adolescência?

Fantasiamos demasiado a primeira infância. E ficamos espantados quando a adolescência chega. Parece que, de repente, tudo muda!

E que, de repente, os nossos filhos passam de queridinhos a filhos da mãe.

E que, de repente, é como se perdessem todo o seu encanto.

Porque agora levantam a voz. Porque agora não aceitam as nossas sugestões. Porque agora querem quebrar regras a toda a hora. Porque agora têm muita opinião e não se contentam com um simples não, nem com as dez mil razões que lhes damos.

 

Sinto que a adolescência ainda é vista como um fardo. Que ser adolescente parece ser o problema. Que ser adolescente justifica tudo. Porque ainda se atribuem as culpas todas à adolescência. Ora porque são as hormonas, ora porque são os vícios da nova geração, ora porque isto ou aquilo…

Mas… E não seremos nós os culpados? Pelo menos de parte dos seus comportamentos?

Durante anos tentamos dar o nosso melhor, é verdade (ou será para alguns). Aprendemos com os erros e, obviamente, tentamos melhorar, procurando novas formas de solucionar essas dificuldades. Mas, quantos de nós não nos tornamos pais ainda quebrados? Como podemos esperar que um filho, que passou por tantas fases diferentes, não sinta vontade de experimentar coisas diferentes, também? Como podemos esperar que um filho que viu tantas coisas mudar, continue igual?

 

Na adolescência começamos a perceber o que fizemos mal e bem. É mais fácil aceitar o que fizemos bem, pois claro. O problema está em aceitar que também fizemos mal. Porque há sempre pelo menos uma coisa na qual erramos.

Por muita consciência que tenhamos sobre as qualidades e valores que lhes passamos, convém dizer que ainda não sabemos (e muito provavelmente nunca ninguém saberá) a “fórmula” para criar filhos “plenos”. Não importa se são mais calmos ou mais agitados. O que nos importa é que sejam plenos, que irradiem paz e felicidade a todo o momento, não é mesmo?

 

Na adolescência, damos por nós a repetir algumas das frases dos nossos pais. Ora porque “é não porque eu mando”, ora “porque ainda não tens idade” ora por tantas outras coisas que sempre nos disseram.

Mas, onde estará, afinal a nossa parte da responsabilidade? É assim que queremos viver a adolescência dos nossos filhos se fizemos tanto esforço para dar o nosso melhor nas fases anteriores?

Talvez nesta fase a possibilidade de fazer algo de forma diferente seja mais reduzida e, talvez seja por isso tão frustrante e difícil de aceitar.

Talvez tivéssemos que ter “trabalhado” mais nos anos anteriores para eles e não andarmos perdidos em tantas outras coisas, ao mesmo tempo.

Talvez tenhamos dito mais coisas do que deveríamos em frente deles. Talvez eles tenham participado em mais programas do que seria suposto para a sua capacidade de as entender. Talvez lhe tenhamos passado preocupações demasiadas ou talvez tivéssemos passado a mensagem de que quebrar regras ou chegar atrasado não tem que ser um problema e agora eles usam isso, não como exceção à regra, mas como seu poder. Talvez tenhamos tentado ser consistentes e talvez tenhamos sido o oposto. Talvez, entre o casal que educa, as divergências tenham sido muitas. E isso passa para os mais novos, e fica com eles. Tudo fica com eles, da mesma forma que as coisas boas, as coisas bonitas.

E, é aí que eu quero focar-me. Quero focar-me e acreditar que as coisas boas que construímos juntos serão suficientes para manter o respeito e a compreensão, mesmo nos momentos difíceis. E, quando tudo isso se perder, quero acreditar que em conjunto seremos capazes de parar, refletir e mudar.

A adolescência é agora. E por mais desafiante que seja, por vezes, é agora que temos que tomar as rédeas dessa fase e tentar analisar, estudar e dar o nosso melhor antes que seja tarde de mais e não haja mesmo mais nada a fazer.

Hoje tenho um adolescente, não diferente de muitos outros. Nele consigo ver as coisas boas e as coisas menos boas que lhe passamos. Consigo perceber onde falhei, onde falhamos. Consigo entender porque estica “a corda” de vez em quando, porque “ignora” o que digo outras vezes, porque “goza” ou porque “acha que tem sempre razão”. Em tantas dessas coisas eu vejo um bocadinho do meu discurso, das minhas e nossas atitudes, das minhas e das nossas. E, ao invés de o deixar ir, eu quero ir com ele.

Podes crescer, Gabi. Que eu farei de tudo para poder evoluir contigo.




Frase: Memórias têm poder

Já pensaram no poder que uma frase pode ter?

Acredito que uma frase pode mudar o mundo! O meu, o teu, o vosso... Quantas vezes damos por nós a fazer o tal "clique" que nos permite compreender melhor a certa situação e isso ajuda-nos a evoluir imendiatamente.

Pois bem... Eu acredito que as palavras têm muito poder. E uma frase, com mensagens que nos permitem refletir ainda mais.

Esta frase de Julian Barnes é um exemplo disso. No post de ontem, nem de propósito, falava sobre memórias. As memórias alimentam parte do que somos e muitas vezes são elas que nos ajudam a progredir. Enquanto pais, não podemos manipular as memórias que os nossos filhos terão, mas podemos contribuir para que as memórias connosco sejam mais felizes.

Por isso, nos dias em que sentirem estar difícil, sobretudo nesses porque será nesses que precisamos de um abanão, lembrem-se que tudo o que somos, fazemos ou dizemos se tornarão em memórias. Se não conseguirem escolher o que fazer, escolham a coisa que deixará a memória de um sonho melhor. 😉



quarta-feira, fevereiro 1

O poder de uma foto: Congelar momentos e um boneco de neve!

Estes dias, o Gabi lamentou o facto de nunca ter construído um boneco de neve grande. O único que se lembrava foi o que construímos aqui em Inglaterra há uns 2 anos. Um boneco miniatura do tamanho de uma mão.

Apesar de vivermos em Inglaterra, não neva muito por estes lados.

Hoje, andava à procura de umas fotografias para partilhar convosco, mas encontrei esta e mudei os planos. Afinal de contas, nem ele nem eu nos lembrávamos disto. Mas tenho a certeza que o Gabi vai relembrar-se quando lhe mostrar todas as fotos e vídeos deste dia.

Isto levou-me a pensar sobre a quantidade de vezes que a minha memória falhou e a quantidade de vezes que a mesma memória foi reavivada pelas fotos.

As fotografias permitem-nos de facto congelar momentos e facilmente conseguimos voltar lá. Já pensaram na quantidade de memóiras e sentimentos que uma única foto pode trazer?

Que pena eu tenho de não ter fotos minhas de quando era mais nova. Que pena tenho de o ano passado não lhes ter tirado, também, muitas fotos.

Este ano, é meu objetivo voltar a fotografa-los como se o espaço para as fotos fosse ilimitado. :)

Quero muito criar a história deles em fotos, quero muito contribuir para que as suas memórias perdurem por muito e muito tempo. Para que um dia, se a memória me falhar, as fotos possam contar por si todos os pormenores dos nossos dias.

E, por falar em fotos, contem-me vocês, quantas vezes recuperaram memórias por estarem registadas em fotos?




Welcome, February.


🇵🇹 Dizem que Fevereiro é o mês do amor. Se assim for, que seja cheio de amor próprio, amor pelos outros e amor pelo nosso dia-a-dia.
Que possamos tornar este mês num mês especial.
Aproveitem-no bem, porque este sim, é um mês que passa rápido 😜


🇬🇧 I wish we could find love in February. Find the love for yourself, for the others, and the love for your days. I hope you could live this month as a very special one.
Enjoy this month, because this month is very quick 😜