Ninguém o vê, mas ele está lá. Por vezes, nem
precisamos de o sentir para ele fazer das suas. As reações tornam-se quase irracionais
e de difícil gestão. Ele é o medo. Aquele que me assombra os pensamentos e inibe
grande parte das minhas ações. Ele é o meu pior inimigo. Ele está na minha
sombra, no ar que respiro. Vivi com medo toda a minha vida. E trouxe-o comigo
quando decidi embarcar numa nova história. Julguei tê-lo vencido, mas aos
poucos fui percebendo que não. Talvez seja bem maior do que o julguei. E acentua-se
quando estou cansada. Este é talvez o meu pior defeito. Não se torna
disfuncional no meu dia a dia, mas já me causou alguns transtornos. Os outros
só percebem uma parte dele, aquela em que fujo das borboletas ou me encolho
toda à passagem de um cão. O resto não se consegue ver. São questões internas,
que a maior parte das vezes só eu percebo. Mas ele está lá. Sei que preciso
enfrentá-lo de frente, para que possamos medir forças. E é para isso que cá
estou. Um passinho de cada vez, de acordo com o que consigo dar. Ao meu ritmo,
de forma serena. Mas eu preciso deste duelo. E prometo vencer.
Esta semana voltei a mudar algumas “regras do jogo”,
para me colocar um bocadinho mais à prova. Irei trazer-vos comigo para dar um
bocadinho mais de adrenalina e, quem sabe, não me sentir só.
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