De há
uns tempos para cá, são cada vez mais as mães, e muitas vezes as mães bloggers
que partilham desabafos sobre as visitas ao recém-nascido.
O
nascimento da nossa Estrelinha está perto. Durante os últimos tempos tenho
refletido bastante sobre esta questão.
Na
verdade, sinto uma enorme diferença desta gravidez para a gravidez do Gabriel e,
por isso, reforço algumas das coisas que já foram ditas por aí…
Escrevo
este texto com base em tudo o que li e, como sei que estas preocupações não são
exclusivas, mas sim comuns a tantas outras mães, não tenho receio de nada do que irei
escrever…
E, por
favor, nada de ficarem sensíveis, porque sobre a sensibilidade haveremos de
falar… ;)
SOBRE OS PALPITES QUE TANTO NOS PERTURBAM…
Na
primeira gravidez, sentia-me uma pessoa completamente inexperiente, muito mais
recetiva a comentários ou palpites.
Durante
estes 7 anos, já li tanta coisa, já convivi com tantas outras mães, que não
estou disponível para aceitar comentários ou conselhos.
Se na
primeira vez, acreditava que existia uma fórmula mágica para tudo, desta vez,
sei que a única fórmula capaz de resolver todos os nossos dilemas se baseia em
algo muito simples:
MÃE
+ PAI + MANO MAIS VELHO = CUIDADOS À BEBÉ ó
ó PAZ =
TRANQUILIDADE = NOITES BEM DORMIDAS = HARMONIA
Tudo o
que for um acrescento a esta fórmula provocará um desequilíbrio. Por isso, meus
caros, poupem-se a chatices comigo (que hoje em dia sou muito mais pronta nas
respostas) e poupem-nos a nós, também.
A INVASÃO DA PRIVACIDADE…
Na
primeira gravidez, não tinha crítica sobre tanta coisa… Desta vez, a minha
crítica aumentou. Não é uma crítica má, é uma crítica baseada em conhecimentos,
em experiências. Mas, desta vez, por favor, poupem-nos a invasões.
Quem
nos quiser visitar, tem os nossos contactos. Não custa nada dar um toque,
enviar uma mensagem: COM ANTECEDÊNCIA, por favor!
Mas
atenção: a nossa casa continuará a ser o nosso espaço, PRIVADO! Não façam da
nossa casa a vossa casa.
Claro
que aqui fico descansada, porque sei (pelo menos acredito, ahah) que as pessoas
com quem convivemos são pessoas conscientes.
O BEBÉ É MEU…
Outra
coisa que me custa imenso, - e ainda mais porque sei que nos primeiros tempos a
sensibilidade andará no seu expoente máximo – é esta coisa do “bebé ser meu”. O
bebé é meu, do pai e do mano. Não pensem que só porque viram a barriga crescer
ou fazem parte disto ou daquilo, o bebé também é vosso. Quer dizer, pensar até
podem (também não quero controlar tudo!!), mas não ajam como tal!
O bebé
é nosso. Por isso, esqueçam esta coisa de “queres que te vá ajudar a tomar
conta da bebé?!”, “Queres que fique com a bebé?”, “Queres que pegue nela ao
colo?”, “Queres que lhe mude a fralda?” NÃO QUERO, NÃO! Obrigadinha, mas a bebé
é minha! E, se há coisa que sabia que ela precisava era de: COLO, MAMA, TROCAR
FRALDAS, ATENÇÃO, E MAIS COLO, E MAIS MAMA, E MAIS FRALDAS E MAIS BANHO.
Por
isso, não, não quero que tomem conta da bebé por mim. Quem tem que a aproveitar
somos nós ou vocês? Ah! Bem me parecia, que para esta não tinham resposta…
Agora…
Se me perguntarem: queres que vá aspirar a casa? Queres que vá fazer o jantar?
Queres que vá engomar roupa? Aí, já podemos conversar…
Ah! E
quanto ao mais velho. Não deixará de ser nosso filho, pois não?! Por isso,
calma aí. Se precisarmos de ajuda, nós sabemos pedir, e a quem pedir.
Obrigada.
De nada!
É
verdade, sou uma mãe galinha, ajo como uma mãe galinha, sou uma mãe piquinhas e
quero continuar a ser. É um dos meus objetivos para este ano e para o resto da
vida. Podem criticar à vontade, podem pensar mal de mim, mas se era meu
objetivo ter um filho, cuidar dele era muito mais. Nunca na vida conseguiria
agir de outra forma. Um bebé dá trabalho? Dá. Um bebé retira tempo para outras
coisas? Retira. Um bebé precisa de muita atenção? Precisa. Mas, estou super
preparada para tudo isso. Venham as noites mal dormidas, o cansaço, e tudo o
que fizer parte do percurso deste bebé. É meu, e isso basta! J
SOBRE AS FOTOS AOS BEBÉS…
Outra
coisa que me mete confusão são as fotos. Infelizmente, praticamente toda a
gente tem um telemóvel com câmara integrada. Por terem tal funcionalidade,
acham-se no direito de captar momentos. Acho muito muito bem que o façam. Mas,
POR FAVOR, peçam, está bem?
E, se o
permitirmos, não abusem. Uma coisa é tirar uma foto e guardar para recordação
vossa. Outra, completamente diferente, é tirar uma dúzia de fotos e partilhar
publicamente. Não o façam, por favor.
E,
mesmo que eu o faça, não pensem que têm o mesmo direito. Dos meus filhos
partilho o que quero. Porque são meus. Porque sou a pessoa responsável por
eles.
Vocês
não. Por isso, esqueçam as partilhas de fotos dos meus meninos.
Eu
também já tirei fotos? Claro que sim! Mas, sabem onde estão? Guardadas, bem
guardadas J
Por
hoje, isto é o suficiente.
Qualquer
dúvida estarei sempre disponível para conversar. Mas, sejamos sinceros, há
conversas que toda a mãe dispensa…
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