segunda-feira, setembro 11

Tu partiste. E o nosso café ficou por tomar…

Tu partiste. Tu partiste e o nosso café ficou por tomar. Tu partiste e eu nem acompanhei os teus últimos meses por cá. Não te apresentei a Estrelinha e hoje és tu uma estrelinha que brilha no céu.
Como eu gostava (e continuarei a gostar) de ti. Se há pessoas que passam por nós e nos marcam, tu eras uma dessas pessoas. Mas, eu não queria que tivesses apenas passado. Mas, foi o que aconteceu. Tudo parou no tempo. Até aquele café, prometido há imenso tempo, perdeu-se… e perdeu-se para sempre. Perdeu-se para sempre! É duro pensar nisto assim. É duro pensar que várias vezes tentamos estar juntas, mas nunca aconteceu.
Tu eras um anjo e um anjo te tornaste. Tu ensinaste-me tanto. No meio dos nossos abraços, dos nossos desabafos, dos nossos entendimentos, tu eras aquela em quem mais confiava ali, naquele local. Tu eras especial e continuarás a ser. Mas aquele café nunca mais poderá acontecer…
Tu sabias que eu gostava de ti, eu disse-te várias vezes. Mas isso não muda nada. Isso não te traz de volta para podermos pagar a promessa do nosso café que ficou por tomar, da conversa que ficou por contar…
Quem sabe, um dia, nos encontremos novamente…

É neste tipo de momentos em que a vida se mostra mais efémera do que a queremos lembrar, que o meu coração paralisa.
A vida é volátil demais para a desperdiçarmos com pessoas que não nos fazem bem. É volátil demais para deixarmos que o tempo passe por nós. É volátil demais para ficarmos parados, em casa, à espera que a vida se resolva sozinha e as pessoas que nos são especiais durem para sempre, na expetativa de um encontro que pode nunca mais existir.
Precisamos mudar o curso das coisas de vez! Precisamos aprender a valorizar o que realmente vale a pena ser valorizado. Precisamos, nós humanos, de nos humanizarmos uns aos outros. De que nos adianta tanta mesquinhice, tanta confusão, tanto protagonismo, se no final de contas acabamos todos da mesma forma? Não vales tu mais do que eu, nem vice-versa. Valemos por igual. E, se é contigo que quero estar, tomar café, falar do tempo ou da roupa a secar, é a ti que vou chamar para tomar café, ou chá. Mas, vou chamar para sentar, já! Aqui. Hoje. Em tempo palpável. Por outro lado, se valemos o mesmo, não fiques aí parad@ à espera que te chame. Não digas que não disse nada, porque tu também não disseste. Oh vida injusta! Levas para longe as pessoas que queremos perto! Oh vida, porque terminas na morte?!
Cada começo tem um fim. Cada fim pode ser a hipótese de um recomeço. E o recomeço é para nós, que ficamos por cá! O recomeço é para nós, que temos a oportunidade de lembrar que a vida é MESMO incerta! E, não importa se foi um furacão, um sismo, um cancro, ou outra coisa qualquer, por mais pequena e silenciosa que seja que nos leve. Importa sim não ficarmos em silêncio, no nosso canto, à espera que a vida nos dê mais tempo para fazermos tudo aquilo que queremos, à espera que a vida nos dê mais tempo para estarmos com quem não vemos e queremos.
Vida! Obrigada por teres colocado esta amiga no meu caminho. Vida, obrigada por me dares a oportunidade de refletir sobre isto. É uma vida que se vai, e muitas que ficarão aqui, e terão a oportunidade, tal como eu, de aprender contigo.
Obrigada pelos ensinamentos. Que eu tenha força para os colocar, todos os dias que viver, em prática!

Até Sempre, Paula!

Este não era o texto previsto para hoje, mas o meu coração está parado e em choque e eu precisava de gravar estas palavras…


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