quinta-feira, novembro 12

5 DICAS INFALÍVEIS para EVITAR uma birra

No outro dia, no parque, enquanto o meu pequenote se divertia, estive a apreciar atitudes de alguns pais. É sempre bom repararmos no que os outros fazem para melhorarmos ou excluirmos comportamentos da nossa vida.
Uma coisa que sempre me meteu uma certa confusão é a forma como as pessoas conseguem CRIAR uma birra! Sim, digo CRIAR, porque há birras que podem muito facilmente ser EVITADAS!
Não acredito que todas as birras possam ser evitadas, porque a birra é a forma mais fácil das crianças se manifestarem, quando não conseguem expressar os seus sentimentos por palavras.
O meu pequenote nunca foi uma criança de muitas birras. Fez birras sim, mas tão poucas e curtas que não sou capaz de relatar uma. E acredito que isso deve-se a alguns aspetos importantes, que muitas vezes ficam esquecidos.
Em primeiro lugar, nunca nos podemos esquecer que as crianças têm um “cérebro” à espera de ser preenchido, por isso cabe-nos a nós ensiná-las em TUDO!
E como crianças que são, quando começam a querer ter a sua “independência”, continuam a precisar de apoio, atenção e ensinamentos.

1º Fale devagar e utilize frases curtas
A velocidade de processamento de informação da criança, bem como a informação que ela reconhece, não é tão grande como a nossa. Por isso, para quê desatar a reclamar com ela, com frases enormes, se quando chegar a meio ela já se perdeu pelo caminho?! CALMA! Se quer controlar uma birra, fale devagar e pouco! Seja sucinto, utilize palavras de fácil compreensão, e fale d-e-v-a-g-a-r.

2º OIhe a criança nos Olhos!
Nada é mais terrível do que um pai que dá uma ordem para o ar. Não nos irrita quando falamos e eles não olham para nós? Sim! E muito! Então, porque falar para a criança sem olhar para ela? É assim que a ensinamos a importância de olhar nos olhos?
Isto foi outra das coisas que presenciei: a mãe alerta a filha “vamos para casa” no parque, mas nem olha para ela. Claro… Não demonstrando interesse no que lhe está a dizer, a criança não vai querer ter interesse.

3º Entenda-a! Sempre! Mesmo nas birras!
As birras são o procedimento mais simples de manifestação. Por isso, seja você a entender que a criança não sabe fazê-lo de outra forma. Olhe-a nos olhos, fale devagar e pouco, mas diga-lhe que sabe que ela gostaria de ficar mais tempo no parque, que também já foi criança, e também gostava muito de o fazer. Mas, naquele momento não será possível brincar muito mais. Mas o parque não sai dali, e poderão regressar noutro dia.

4º Dê-lhe margem de manobra:
Dizer a uma criança: “Sai do parque, vamos para casa JÁ!” É muito difícil. Imagine-se no seu passatempo preferido, a ler um livro, a fazer um jogo, e alguém lhe diz: “Pára ISSO IMEDIATAMENTE!” Como se sente? Consegue parar?! Aposto que não. Há sempre o “deixa-me só terminar esta frase, este jogo, …” Verdade? Bem me parecia. Então, porque o faz com a criança? Dê-lhe tempo. Diga-lhe tudo (da forma que falamos acima), mas continue: “Quantas voltas quer dar mais?” E antes que ela diga 100! Dê-lhe a escolher: “3 ou 4?” Ela vai preferir o 4, mas saberá que depois não há mais negociações. Este tempo também irá permitir que a criança se acalme antes de irem embora.

5º Seja coerente!
Utilize sempre a mesma forma de proceder. Se lhe deu atenção, compreendeu, deu margem de manobra. Faça-o sempre da mesma forma. Assim, ela saberá que está a falar da forma certa e não haverá espaço para reclamações.
O meu pequenote (para já) não me tem deixado mal. Agora, basta dizer: “vamos ao parque, mas quando eu chamar é para vir embora”, ele já sabe que depois de lhe dar a margem de manobra (essa existe sempre) não vale a pena questionar, é mesmo para vir.
Tudo é uma questão de “treino”, persistência e calma!

São crianças, apenas!

3 comentários:

  1. Adorei amiga. Uso sempre com o meu Rafinha e só assim dá resultado. Por vezes erramos ao subvalorizar as crianças, não lhes concedemos as competências que possuem, só que elas, apesar de imaturas, estão lá em desenvolvimento. E nada melhor de que ajudar a que elas tenham o desenvolvimento correto. Se não gostamos que gritem connosco porque vamos faze-lo com eles???

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    1. Oh.. Obrigada pelo comentário Lenita :D
      É mesmo, se não gostamos que nos gritem, porque ensinamos os nossos filhos a fazê-lo? De vez em quando apetece-me intervir com alguns pais... Mas lá me tento conter ;)
      Um beijinho enorme para ti e para o Rafinha (que está enorme) Como o tempo voa :)

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  2. Oxalá ajudem alguns pais ;)
    Obrigada pelo comentário Isabel Sá
    Beijinho, Lu

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