quarta-feira, maio 13

A propósito da abertura das creches...


A propósito da abertura das creches tenho apenas duas coisas a acrescentar que não compreendo.
Primeiro, porque já muitos falaram sobre isso e, segundo porque não tenho nenhuma medida realista para sugerir:

Ponto 1:
Se não se consegue manter o distanciamento social em plena praça pública (isenta de barreiras arquitetónicas e constituída por pessoas, que à partida, seriam capazes de controlar cada passo dado), como será possível “fazer” crianças (bebés) cumprir uma distância de segurança de 2 metros entre outras crianças que NÃO COMPREENDEM O QUE SE ESTÁ A PASSAR, em locais onde, talvez, só coubessem os funcionários distribuídos pela distância imposta?

Ponto 2:
Se não se consegue que, em estado de emergência, famílias se mantenham isoladas a quilómetros de distância, havendo circulação de bens e alimentos entre casas tão distantes, como conseguirão manter objetos (no caso brinquedos) afastados de crianças que supostamente sentar-se-ão a 2 metros do colega mais próximo, sem barreiras que as impeçam de desejar o que o colega tem? Se não se controlam vontades e desejos em pessoas adultas, como será possível fazê-lo em seres tão pequeninos?

Estou completamente indignada. Tenho um nó na garganta por cada família que terá que passar por isto. Não há como compreender o objetivo destas medidas. Ainda estou na esperança que tudo isto tenha sido apenas um “jogo de estado” e que, antes do dia 18 seja decretado um “novo estado de emergência”.
Eu sei que não há economia que aguente, mas haverá criança que resista?

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