sábado, junho 18

A minha última foto grávida.

 

Esta semana tenho focado todas as partilhas em torno do mesmo assunto: o nascimento do Gabi.

Pela primeira vez, em toda a história do blog, tenho partilhado convosco vários aspetos relativos a esta fase da minha vida.

Hoje continuamos mais um bocadinho.

Quem acompanha este cantinho há mais tempo, deve lembrar-se de vários momentos em que prometi falar sobre um ou outro assunto, mas nunca o fiz.

A verdade é que nunca fui capaz de o fazer de forma consistente. Não só porque manter uma rotina tem sido difícil, mas também porque este ano, pela primeira, vez sinto-me mais capaz do que nunca de recuar no tempo e recontar partes desta história.

 

Não sei se já estão fartos desse lado, mas desta vez decidi que iríamos continuar só mais um bocadinho.

Há exatamente 13 anos atrás dava entrada na maternidade. O Gabi só nasceu a dia 19, mas eu entrei no dia anterior.

 

Era manhã de dia 18, uma quinta-feira. Lembro-me desse dia como se fosse hoje. Levantei-me e comecei a preparar-me para ir para a faculdade. Sim, eu nunca parei de estudar (nem de fazer o que quer que fosse). Estava nos últimos dias de aulas. Não tenho a certeza se terminaria no dia seguinte e tinha um exame marcada para a terça-feira seguinte (uma data antecipada em relação aos meus colegas de faculdade, porque na semana seguinte completaria as 40 semanas).

Mas, o Gabi decidiu pregar-me uma partida pelo meio.

Mas continuando…

 

Estava a preparar-me quando, para meu susto e espanto, vejo sangue a cair na sanita. Meia aflita e nervosa liguei de imediato à enfermeira da preparação para o parto para pedir indicações. Disseram durante todas as aulas de preparação para o parto para não sairmos a correr para a maternidade, para telefonar primeiro. Assim o fiz. Segui as suas indicações e terminei de me preparar, preparar a mala do bebé e saí de casa. Tentei manter-me tranquila, completando o eyeliner (bem tosco, mas na altura habitual).

 

Na maternidade, fui avaliada. Primeiro as contrações. E depois de alguma hesitação entre se iria para casa ou se permaneceria na maternidade, lá permaneci em observação.

Para não vos maçar, deixo os detalhes sobre o parto para uma próxima publicação (diferente e especial).

Mas resumidamente, dei entrada no bloco de partos ainda no dia 18, onde administraram a epidural e onde permaneci à espera pelo nascimento do Gabi, que só aconteceu no dia seguinte…

Esta é a última foto que tenho grávida do Gabi.

Aqui, pareço tranquila e feliz. E de facto, era assim que me sentia. A minha pré-ideia sobre as contrações havia falhado. Afinal a dor aumentava de intensidade, não apenas de frequência. A epidural não libertou-me da dor, apenas anestesiou parte dela, o que obrigou a uma segunda dose e à experiência de continuar a sentir as dores das contrações em metade do corpo. Mas, mesmo assim, e apesar do pânico que sentia em relação ao parto, este dia foi muito mas mesmo muito especial. O que ajudou? Um companheiro tranquilo e relaxado (falarei sobre o seu papel num futuro post) e a respiração. 

Amanhã é o dia!

O dia em que o Gabi completa 13 anos de vida. O dia em que chorou pela primeira vez, o dia em que conheceu o mundo pela primeira vez. Mas amanhã falo sobre ele.




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