quarta-feira, junho 29

Não pode um adulto "doente" "esperar" criar um filho "saudável", se não estiver disposto a melhorar.

Acabei de ler um post que me diz muito.

E sempre que isso acontece não consigo ficar indiferente.


Não pode um adulto "doente" esperar criar um filho "saudável", se não estiver disposto a melhorar.

Não pode um adulto que não se conhece criar um filho que se conheça de verdade. A criança terá sempre marcas de que foi criado por alguém desnorteado.

Não pode um adulto desorientado criar um filho orientado. E esperar dele a orientação, como se nascesse com todo esse conhecimento. Como há-de um filho saber o que fazer se não foi o adulto capaz de lhe dizer?

Não pode um adulto desregulado criar um filho que seja capaz de se regular. E exigir que se controle, ao mesmo tempo que perde o seu próprio controlo.

Não pode um adulto que julga os outros pelos seus atos esperar que um filho não se sinta culpado.

Não pode um adulto que se chateia constantemente com o mundo criar um filho que se sinta em paz com esse mesmo mundo.

Não pode um adulto que martiriza um filho, esperar dele o eterno respeito. Como pode se o respeito não era mútuo?

Ninguém ensina ninguém como se educa. Mas até os mais antigos diziam, se não sabes, pergunta!

Ninguém consegue emender os erros do passado, se continuar a viver o presente como se nada se nada tivesse acontecido.

Ninguém consegue acreditar num novo futuro, se continuar a perpetuar os mesmos comportamentos e ao invés de fortalecer relações, construír um muro!


Como pais, adultos, educadores, cuidadores temos uma responsabilidade GIGANTE!

De nada adianta sentar-me e esperar que os meus filhos se orientem sozinhos, se não estiver lá de forma positiva, a mostrar-lhes como se faz.

De nada adianta esperar que me amem porque sou o adulto, se não fui nem sou capaz de ensinar o que é o amor.

De nada adianta dizer "Adoro-te" ao final do dia, se assinalei as horas anteriores com memórias tristes e infelizes.


Ser pai, ser o adulto, ser educador, ou cuidador de um ou mais filhos é exigente. Mas a exigência é nossa, não deles. Nós é que precisamos de suportar as dores e dificuldades, não eles.

E quem não o sabe fazer, vai sempre a tempo de aprender, num momento chamado Hoje. Porque amanhã pode ser tarde demais!



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