quinta-feira, outubro 27

Dia Mundial da Terapia Ocupacional

 

E quando todos julgam que não há mais solução, lá vem o Terapeuta Ocupacional e tenta dar um jeito. Começa por trabalhar a fé, a esperança, a motivação; afinal ainda há tanta coisa por experimentar. Somos crentes por natureza, teimosos por defeito e persistentes como ninguém. Se a pessoa à nossa frente não está feliz, nós reinventaremos o mundo se for necessário, para que volte a sorrir novamente.

Depois de aceitarem o desafio, partimos à descoberta: o que quer fazer? Como faz? Como fez? O que usa? De que forma? Quem está por perto? Quem o ajuda? Se estiver sozinho também não terá mal, porque agora está nas mãos do Terapeuta Ocupacional!

Fazemos aquilo que melhor sabemos, o que ninguém mais sabe fazer: analisamos a atividade e é a partir daí que todo o trabalho se irá desenvolver. Olhamos atentamente, como quem sabe o que faz, mas com a curiosidade de quem o vê pela primeira vez. Colocamos a nossa cabeça a girar para que possamos compreender o que está a impactar aquele desempenho, envolvimento ou funcionalidade afinal. Damos voltas e mais voltas, criamos as nossas próprias hipóteses, percorremos catálogos, estudos, conversamos com colegas, e saltamos até todas as lojas. Afinal, se todos somos diferentes, não podemos olhar para duas pessoas de forma igual.

Suspiramos de felicidade, assim que “encontramos” a peça que faltava. Agora sim, sabemos o que limita o nosso cliente. Só precisamos de adaptar isto ou aquilo, criar o que fica ali ao lado, e trabalhar algumas competências para que tudo junto possa ser bem assimilado.

E quando, por algum motivo, esta solução tiver que ser diferente? Aí, começamos de novo, e tentamos tudo novamente. Por vezes, partimos à descoberta de novos interesses. E a análise da atividade, com jogos pelo meio, torna-se mais aliciante. E no meio desse processo, é o cliente que nos diz: sem si nunca teria conseguido fazer isto de novo, ou sentir-me tão realizado a desenvolver algo que nunca fiz.

Este poderia ser um resumo bem resumido de uma intervenção da Terapia Ocupacional. Mas, novamente, como cada pessoa é um ser único, há muitas partes que não foram aqui descritas.

Quando tiver dúvidas sobre o nosso papel, lembre-se: promovemos a autonomia, independência e a funcionalidade, contribuindo assim para a sua qualidade de vida (que é como quem diz de forma simples, para a sua felicidade).




Nenhum comentário:

Postar um comentário