sexta-feira, outubro 7

Reparar as asas para não cortar as deles...

 

Podem ter-me cortado as asas, mas eu apoiar-te-ei para que voes bem alto…

Podem ter-me cortado as asas, mas eu sempre apoiarei os teus voos para que voes sem as mesmas dificuldades do que eu.

E de tudo farei para distanciar-me daquilo que é a tua viagem e daquilo que foi meu.

As asas são tuas, faz delas o que quiseres, porque este voo é o teu.

 

Muitos pais depositam nos filhos as suas próprias ambições. E esquecem-se que ao fazê-lo não os permitem viver de acordo com as suas próprias convicções. E isso é perpetuar comportamentos e voltar a cortar as asas ao invés de lhes dar espaço para voarem.

Por outro lado, remetem-se à aceitação de quem não podem nunca mais levantar voo e voar. Acreditam que a sua vez já passou, que não há volta a dar.

 

Se és um desses pais/mães, acredita nisto: não tem que ser assim.

Como seres independentes que seremos, eles e nós, teremos direito a viagens diferentes. Cada um tem direito ao seu próprio caminho.

Foquem-se nos vossos sonhos, mesmo que demorem mais tempo do que gostariam, a lá chegar.

E olhem para o caminho dos vossos filhos como algo único. É deles. Não é vosso. Por isso, são eles que escolhem onde querem ir.

Apoiem-nos, olhando para eles com os seus próprios olhos. Apoiem os seus voos, mas não permaneçam com as vossas asas quebradas para sempre.

 

Não podemos mudar o passado, nem o nosso nem o de ninguém. Mas podemos aprender com ele e mudar o nosso futuro.

Da mesma forma que o fazemos, estamos a ensinar aos nossos filhos que mesmo que as suas asas ganhem feridas, o mais importante é não se darem por vencidos e tentarem de novo. A qualquer momento da sua vida.

 

Pais e mães, reparem as vossas feridas e voem. E, de feridas curadas, sereis ainda mais capazes de os ajudar a voar.




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