Hoje
seria dia de partilhar convosco um bocadinho sobre a vida (a minha ou reflexões
sobre ela). Em tempos, costumava partilhar desabafos sobre a vida à
segunda-feira. Mas, neste momento, não sei ao certo o que quero fazer. Tenho
mais de 50 textos que nunca partilhei (tirando os outros que nunca
partilharei). Mas hoje não me apetece partilhar nenhum. Mas, ao mesmo tempo,
apetece-me sentar e escrever. Escrever faz tão bem. Dizem que quem escreve
pensa duas vezes. E eu acredito que sim. Já terminei parte das tarefas, mas
precisava de 5 minutos para escrever. Então sentei-me, antes de continuar.
Penso
sobre tantas coisas, mas às vezes não consigo exprimir nenhuma. A falta de
tempo ofusca-me. Não sei se acontece convosco, mas comigo é frequente. Parece
que quando paro 5 minutos para refletir ou agir, fico naquele impasse de não
saber ao certo por onde começar. Ao mesmo tempo, sinto que estou a perder algo,
porque tenho tantas outras coisas para fazer, para além de escrever. Mas
preciso disto. Preciso parar. Talvez necessite de reaprender a retirar 5
minutos a cada dia para mim. Não para me olhar ao espelho, mas para traduzir em
palavras o que sinto.
Este
cantinho não é um diário, mas ao mesmo tempo é, também, uma espécie de um. E,
enquanto tiver capacidade para refletir, ou simplesmente deixar fluir cada
pensamento, partilharei convosco tudo aquilo que achar que devo. Seja com o
intuito de me desafiar, ou com o intuito de deixar algum tipo de revolta
enfraquecer. Sim, gosto de escrever e partilhar com diferentes objetivos: com o
objetivo de me desafiar, com o objetivo de partilhar opiniões e trocar ideias.
Estas nem sempre são maravilhosas ou sobre coisas espetaculares. Não escrevo
para inspirar. Às vezes só quero escrever algo com o qual não concordo porque
há discussões e pessoas que não valem o nosso tempo. Quando assim é, quando me
revolto com algo prefiro escrever do que discutir. Há coisas e pessoas que
nunca irão mudar. Ao escrever sobre essas coisas, acabam por perder força e
importância para mim. E, por esse motivo, gosto de escrever sobre isso também. Gosto
ainda de escrever sobre os meus filhos. O Gabi adora que o faça. Sei que fica
feliz. Sente-se importante. Afinal de contas, como ele próprio diz “este
cantinho nasceu por causa dele”. Gosto de escrever por escrever, mas apenas
quando sinto o que escrevo. Não gosto de reler. Aliás, detesto reler o que
escrevi. Gosto de escrever à primeira, como se estivesse a falar. Se não
corrigimos constantemente o nosso discurso, para quê corrigir o que escrevemos?
Quero
voltar a escrever sobre a vida e tudo o que ela implica, e partilhar convosco
textos e histórias, chatas, lamechas e verídicas. Não traçarei um plano, nem
farei disso um propósito, mas sempre que possível, poderão reler alguns
desabafos ou generalizações algures por aí.
Espero
contar com a vossa opinião, seja para concordar ou discordar. Todos temos uma
opinião. Todas são verdade, cada uma à sua maneira. E por isso, trocar ideias é
tão bom.
Vemo-nos
por aí, algures. Tanto quanto possível à segunda-feira ;)
(Se existisse, este seria o
plano, mas se não for segunda será um dia qualquer).
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