segunda-feira, julho 1

Sobre o que escrever? Porquê partilhar?


Hoje seria dia de partilhar convosco um bocadinho sobre a vida (a minha ou reflexões sobre ela). Em tempos, costumava partilhar desabafos sobre a vida à segunda-feira. Mas, neste momento, não sei ao certo o que quero fazer. Tenho mais de 50 textos que nunca partilhei (tirando os outros que nunca partilharei). Mas hoje não me apetece partilhar nenhum. Mas, ao mesmo tempo, apetece-me sentar e escrever. Escrever faz tão bem. Dizem que quem escreve pensa duas vezes. E eu acredito que sim. Já terminei parte das tarefas, mas precisava de 5 minutos para escrever. Então sentei-me, antes de continuar.
Penso sobre tantas coisas, mas às vezes não consigo exprimir nenhuma. A falta de tempo ofusca-me. Não sei se acontece convosco, mas comigo é frequente. Parece que quando paro 5 minutos para refletir ou agir, fico naquele impasse de não saber ao certo por onde começar. Ao mesmo tempo, sinto que estou a perder algo, porque tenho tantas outras coisas para fazer, para além de escrever. Mas preciso disto. Preciso parar. Talvez necessite de reaprender a retirar 5 minutos a cada dia para mim. Não para me olhar ao espelho, mas para traduzir em palavras o que sinto.
Este cantinho não é um diário, mas ao mesmo tempo é, também, uma espécie de um. E, enquanto tiver capacidade para refletir, ou simplesmente deixar fluir cada pensamento, partilharei convosco tudo aquilo que achar que devo. Seja com o intuito de me desafiar, ou com o intuito de deixar algum tipo de revolta enfraquecer. Sim, gosto de escrever e partilhar com diferentes objetivos: com o objetivo de me desafiar, com o objetivo de partilhar opiniões e trocar ideias. Estas nem sempre são maravilhosas ou sobre coisas espetaculares. Não escrevo para inspirar. Às vezes só quero escrever algo com o qual não concordo porque há discussões e pessoas que não valem o nosso tempo. Quando assim é, quando me revolto com algo prefiro escrever do que discutir. Há coisas e pessoas que nunca irão mudar. Ao escrever sobre essas coisas, acabam por perder força e importância para mim. E, por esse motivo, gosto de escrever sobre isso também. Gosto ainda de escrever sobre os meus filhos. O Gabi adora que o faça. Sei que fica feliz. Sente-se importante. Afinal de contas, como ele próprio diz “este cantinho nasceu por causa dele”. Gosto de escrever por escrever, mas apenas quando sinto o que escrevo. Não gosto de reler. Aliás, detesto reler o que escrevi. Gosto de escrever à primeira, como se estivesse a falar. Se não corrigimos constantemente o nosso discurso, para quê corrigir o que escrevemos?
Quero voltar a escrever sobre a vida e tudo o que ela implica, e partilhar convosco textos e histórias, chatas, lamechas e verídicas. Não traçarei um plano, nem farei disso um propósito, mas sempre que possível, poderão reler alguns desabafos ou generalizações algures por aí.
Espero contar com a vossa opinião, seja para concordar ou discordar. Todos temos uma opinião. Todas são verdade, cada uma à sua maneira. E por isso, trocar ideias é tão bom.
Vemo-nos por aí, algures. Tanto quanto possível à segunda-feira ;)
(Se existisse, este seria o plano, mas se não for segunda será um dia qualquer).



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