quarta-feira, setembro 18

Deitei a Estrela... e decidi que seria diferente... [Diário da mamã Lu]

Estive a rever os textos que tinha guardados e este chamou-me a atenção. Podia ter sido escrito um destes dias, em que fiz exatamente o mesmo. Mas dessa vez, não para me sentar ao computador, mas para descansar um pouco antes de começar as tarefas que ficam para o fim do dia...

"Deitei a Estrela e fui dar um beijo de boa noite ao Gabi. Faz-se tarde e tenho ainda tanto para fazer. Mas, hoje decidi que seria diferente. As tarefas podem esperar. Eu preciso mesmo de me sentar. Liguei o portátil e aqui estou eu. Estes bocadinhos são tão raros, que quando paro, paraliso. Não sei por onde começar. Dou voltas e voltas às fotografias que tenho para arquivar. São mais que muitos os momentos que nunca consegui partilhar. Penso em todos os outros que não consegui registar. As agendas são atualizadas por semanas para não perder o fio à meada, mas os vídeos com as histórias deles ficaram suspensos algures no tempo.
Olho para o meu computador atolado de informação e não sei o que partilhar primeiro. Tenho mais de 50 textos que queria divulgar, mas não sei por qual devo começar. São textos escritos sem uma sequência lógica. São textos escritos em dias como este, em que consegui pelo menos 5 minutos ao computador. Tenho ainda outros que ficaram pelo pensamento e nunca mais fui capaz de reproduzir.
E pronto. É isto. Não sei se irei continuar."

E, na verdade não continuei. Não me recordo se pelo cansaço ou porque a Estrela entretanto chamou por mim. Os seus sonos tornaram-se difíceis de lidar. Acredito sempre que esta fase está quase a passar e sinto cada vez mais um aperto no coração por saber que não irá chamar para sempre. E sim, mesmo que seja cansativo, deixará muitas saudades. Só tenho pena por não conseguir ter sempre a energia que gostaria para aguentar noite e dia esta tarefa árdua e maravilhosa que é a de ser mãe...

Contem-me como é por aí: Também facilitam de vez em quando as tarefas para permitirem uns momentos apenas vossos? Também sentem esta nostalgia e aperto no peito por algo que ainda não terminou, mas que sabem não ser eterno?

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