segunda-feira, junho 15

As promessas que a vida me fez tomar...


De cada vez que faço mudanças na minha vida, volto atrás e tento reescrever a história. Não no sentido de a mudar, mas com o intuito de a interpretar.
Se há coisas que nos ajudam a perceber cada pedacinho de nós são as mudanças, as aventuras, os dissabores e todos os momentos em que somos colocados à prova. Quantas vezes não duvidaste de ti e voltaste atrás para perceber o porquê disso acontecer? Quantas vezes não quiseste desistir e olhaste para ti e foste capaz?
São tantos os dilemas com que nos deparamos ao longo da vida, tantas alterações na nossa trajetória, tantos imprevistos que afinal até deram certo…

Acredito que nada acontece por acaso e que, se olharmos com muita atenção, seremos capazes de encadear cada peça do nosso puzzle da vida.
Eu tenho algumas ainda por encaixar, algumas que dependem apenas de mim e outras que ainda não sei bem como as posicionar. Mas cada uma delas faz parte de todo o percurso que vivo e vivi.
Uma das coisas que já falei por aqui foi da minha história. Seria tão mais simples fazê-lo se ela tivesse sido bem linear, sem altos e baixos tão abruptos, sem voltas e reviravoltas, sem momentos de extrema aventura e emoção. Mas não. Tinha que ser recheada de contratempos, de desafios, de momentos que me colocaram à prova. Tinha que ser feita de provas à minha resistência e resiliência para eu crescer. E, sabem que mais? Ainda bem! Porque foi com ela que aprendi a apreciar o mundo desde a sua essência, a perceber o valor da vida, que ela não é eterna e que ninguém é de ninguém. Foi a minha história que me tornou, de certa forma, mais “egoísta”, que me ensinou a focar mais em mim, nas minhas coisas e nos meus. Foi a minha história que permitiu crescer. Mas também com ela que nasceram os medos, a insegurança e a vontade de me esconder (esta que tento, com o blog, combater).

Podemos sempre contar a nossa história de várias formas. Podemos contá-la colocando-nos como vítima ou super-herói. Podemos sempre contá-la como gloriosa ou como fatal. Confesso que não gosto de extremos, porque para mim tudo é natural. Se nada acontece por acaso, é a sucessão de acontecimentos que faz com que a nossa história continue de determinada forma, que nós optamos por determinados caminhos e por aí fora… Tudo se vai encaixando e organizando e é isso que torna cada história de vida tão especial.
Apesar disso, tenho consciência de que a minha não é uma história comum, nem tão pouco habitual. Mas é a minha, a que me representa e me ajudou a ser quem sou. Foi com o somatório de cada experiência que jurei para mim mesma que todos os dias tentaria desafiar-me a ser melhor, a lutar para combater tudo o que impede verdadeiramente de viver. Por isso, quando os medos assombram faço um esforço para relembrar "fecha os olhos e vai".

E tu? Quais foram as promessas que a tua vida te fez tomar?



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