Hoje
estou num daqueles dias que precisava escrever. Se todos os dias, escrever faz
bem à alma, hoje é daqueles dias que poderia passar o dia a escrever (não
tivesse nada mais para fazer…) que teria sempre assunto para debitar. Há dias
assim e, por isso, vamos lá dar corda aos dedos e teclar aqui meia dúzia de
verdades (e, como em tudo, são meras generalizações de algumas coisas, claro
está que nem tudo é assim, mas nem tudo está completamente errado).
Aproveitando
que foi dia de jogo do Mundial e o patriotismo está ao rubro.
Muitos
são os corações que saltam e batem forte nesta altura do campeonato. De 4 em 4
anos, muita gente se lembra de tirar a bandeira da gaveta e a hastear ao vento,
à chuva e ao sol (que neste tempo que corre tudo pode acontecer).
Durante
este tempo, ouvem-se as pessoas felizes e contentes, a dar pulos de alegria a
cada golo de Portugal. Vê-se gente que partilha um amor gigante pelo país, que jura
a pés juntos que este é o melhor país do mundo, o mais belo (e mil e uma
qualidades mais)… E não digo que não, nem que sim. Nem conheço assim tantos países
para ter sequer ponto de comparação.
No
entanto, às vezes fico parva com esta bipolaridade que se cria com tudo e mais
alguma coisa. Muitas destas pessoas, que falam e gritam por Portugal como o
melhor país do Mundo, que partilham tudo e mais alguma coisa nas suas redes
sociais, são as mesmas que durante o resto do tempo se queixam das coisas que
correm mal, como sendo as piores do mundo.
Não
reclamo, nem comento concordar ou discordar com este tipo de atitude.
Observo,
como na maior parte das vezes, calada. Acho piada a esta coisa da popularidade,
da sociedade tipo rebanho. Basta que haja um motivo feliz que se propague pela
vizinhança e já todos queremos fazer parte dessa corrente. Temos que fazer
parte de tudo, não importa se hoje critico, mas se amanhã o meu vizinho falar que
aquilo é o melhor do mundo, quem sou eu para discordar? As pessoas até mudam de
opinião, não é mesmo? Por isso, bora lá atrás daquilo que está na boca do mundo.
Não me canso de partilhar, cada um faz o que quer da sua vida, cada um dá a
opinião que tem ou copia, cada um é dono de si. O que importa é serem felizes.
Mas, muitas destas atitudes demonstram tanta coisa…
O
mais importante é que sejam felizes… Não precisamos todos de apoiar a mesma
causa, nem precisamos todos de ser passivos em relação a outras. Não somos mais
ou menos felizes por perceber mais ou menos sobre um assunto. Não somos mais ou
menos felizes por concordar sempre com a maioria. Até porque, muitas vezes “a
maioria” é apenas uma “minoria” barulhenta…
Enfim…
Está
dito.
Não
morram pelo mundial, nem pelo Ronaldo, nem pelo Quaresma. Lutem e falem bem de
quem está perto de vocês. Explorem a vida dessas pessoas, questionando sobre as
suas qualidades e elogiem-nas em público. Partilhem as vossas amizades, falem
bem das vossas pessoas, agradeçam-lhes da mesma forma e com a mesma convicção
com que agradecem a cada jogador da vossa equipa ou seleção cada vez que marcam
golo (ou fazem outra coisa que a tal “maioria” partilha como uma das maravilhas
do mundo atual).
Enfim…
Apoiem-se uns aos outros como o fazeis pela seleção (ou outra coisa qualquer).
Boa
Semana para todos!
Sejam
MUIIIITOOOOO Felizes (em segredo ou não, mas sejam-no).
Com
amizade,
Lu
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