Já partilhei aqui que andei a tirar sonhos da gaveta. Da mesma forma que acumulei sonhos, acumulei também pensamentos e reflexões. Hoje partilho convosco um texto escrito no Verão passado, mas sobre um sentimento que de vez em quando passa por mim. Quantas vezes não precisamos chorar e não o "podemos" fazer? E, de que forma isso nos faz bem ou mal?
Um texto sentido, sobre algo que faz parte da vida de todos nós: SENTIR!
Chorar,
aquele verbo com o qual toda a gente se preocupa. Quando alguém chora, há outro
alguém que se mostra disponível para ajudar. Eu penso de uma forma muito
particular em relação ao choro: chorar faz bem. Tal como em tudo, gosto de
apreciar cada momento e cada fase e desfrutar de todos os sentimentos que fazem
parte dela. A vida é feita de fases, e é muito importante passar por todas
elas, para podermos avançar. Não importa se a vontade é rir ou chorar, não
devemos reprimir o que sentimos.
Contudo,
quantas vezes não demos por nós com uma angústia por não sermos capazes de
chorar? Tal como outras emoções, elas precisam ser exteriorizadas na hora. E,
quando estamos 24 horas sobre 24 horas com os nossos filhos, nem sempre temos
aquele tempo certo para as exteriorizar.
Há
dias em que me apetece chorar. Não o faço por não querer sobrepor pensamentos
ou sentimentos aos momentos que posso viver e partilhar com os meus filhos. Há
dias em que tudo acontece sem que tenhamos o mesmo controlo, é certo. Mas,
sempre que posso, gosto de reservar este direito só para mim. A vida dá tantas
voltas que, parar é obrigatório para sermos capazes de assimilar cada mudança,
cada decisão, cada etapa da melhor forma possível. Eu sou assim, do género
introspetivo. Gosto de apreciar o dia-a-dia, os momentos e as pessoas na sua
totalidade. Fico triste quando não o consigo fazer. E, por vezes, o timing
certo passa e os sentimentos e as emoções desvanecem de tal forma que não as
conseguimos exteriorizar mais, pelo menos da mesma forma, com a mesma
intensidade. E, nestes dias em que sinto que precisava de uns minutos a sós,
talvez junto ao mar, ao sabor da brisa, apetece-me chorar ainda mais por não
ter sido capaz de os desfrutar quando fizeram falta…
Isto
é viver. Viver não é apenas tentar ser feliz e sorrir. Viver é também apreciar
as mudanças, saborear as voltas que a vida dá. E, é talvez por isso, que gosto
tanto de viver. Viver é uma montanha russa, com voltas maiores e menores, com
acelerações e abrandamentos, com subidas e descidas. E, cada percurso tem o seu
sabor. Cada mudança de direção tem a sua magia, o seu encanto.
E,
que tenha tempo para uma montanha russa bem comprida. Não importa a trajetória,
continuarei aqui, firme e forte, a vibrar, a rir, a chorar, a sonhar, a desesperar,
com cada etapa.
Hoje
o texto é um bocadinho mais profundo… estou num daqueles dias em que o mar me
sabia bem. Ao invés disso, estou a aproveitar os 10 minutos de sono da mais
nova, para me situar. Porque o gps às vezes precisa de atualização… J
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