Eu sou uma dessas pessoas. Quando engravidei pela primeira vez, ainda estudava. Frequentava o curso pelo qual sou apaixonada: Terapia Ocupacional. Abdicar dele nunca seria uma possibilidade. Mas, abdicar do meu filho muito menos.
Como acontece com a maioria, existiram críticas, julgamentos, foram levantados falsos moralismos.
No entanto, cada um deles, morreu exato momento em que nasceu.
Nunca dei valor a nada do que ouvi dizer. Estava consciente que a minha vida iria mudar e, mesmo não sabendo ao certo de que forma e em que medida isso iria acontecer, estava decidida.
O bebé tinha mãe, pai, uma casa. Tínhamos aquilo que qualquer bebé precisa para nascer: amor, muito amor e muita muita união. O que poderia pedir mais?!
Assim, resolvemos que o nosso pequenote iria ser o nosso bem mais precioso.
Estudei grávida. A ternura e amabilidade com que as minhas colegas de curso me receberam e apoiaram durante todo o tempo foi incrível. Não existem palavras para descrever o carinho que senti durante todo o tempo.
Os professores, pelo menos a sua maioria, estavam disponíveis e sempre muito acessíveis, e compreensíveis para comigo.
Apesar disso, não quis um tratamento diferenciado. Fui a todas as aulas, fiz todas as avaliações, e os estágios inerentes.
Não foi um percurso simples, obviamente que não. Mas, estava a construir dois dos meus maiores sonhos ao mesmo tempo. O que poderia pedir mais?!
O meu marido sempre me apoiou e isso, claro está, foi sempre um dos meus maiores pilares e forças.
Quando o Gabriel nasceu, e depois de entrar no Jardim de Infância, conheci dois tipos de mães: aquelas que compreendiam o fato de ser mãe nova, e conversavam comigo sem qualquer preconceito; e aquelas que "lamentavam" o fato de ser mãe nova.
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