Fico tão triste quando vejo partilhas de
mães que são criticadas por amamentar. Quando alguém partilha uma crítica é
porque esse comentário foi maldoso o suficiente para lhe fazer mal. E, se faz
mal não devia estar ali. Foi despropositado. Foi abusivo. E tudo o que é
abusivo deve ser repugnado. Felizmente, tenho tido a sorte de não ter sentido
ainda esse tipo de comentários ou a frieza suficiente para lidar com eles e não
os levar comigo. Mas, custa-me pensar que ainda somos pequeninos ao ponto de
apontar o dedo para algo tão natural como é amamentar.
Ao invés disso, as pessoas deviam
apontar o dedo quando falta a informação, o suporte e o carinho que fazem falta
a uma mãe para que ela dedique o seu tempo e amor a amamentar o seu filho. As
pessoas deviam apontar o dedo a elas próprias, e ao invés de criticar, tentar
compreender, apoiar, partilhar bons exemplos. O tempo que perde a julgar por
maldade é o mesmo que ganharia se desse uma palavra de apreço ou apenas
deixasse um sorriso. Ganharia muito mais, talvez um desabafo, talvez um sorriso
de volta, talvez um obrigado porque, talvez naquele momento, aquela mãe apenas
precisasse de alguém que a olhasse com carinho.
As pessoas não pensam no impacto das
suas palavras, das suas ações. As pessoas andam demasiadamente preocupadas em
obedecer a horários que muitas vezes não cumprem, a paradigmas imaginários, a
correr atrás de uma felicidade que nem eles sabem muito bem onde encontrar. E,
esquecem-se que podemos ser felizes com tão pouco e que, amamentar é sinónimo
de felicidade. Quem não gostaria de a sentir?
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