«O chamado Instinto Maternal, ou essa coisa que
julgam ser meio caminho andado para se ser mãe, é um valor complicado e que
reside na modernidade da nossa era...
Há mulheres que nasceram para ser mães e outras,
nem por isso. Mas, em ambos os casos, a mulher tem sempre muito amor condensado
dentro do seu íntimo, para dar e vender. O chamado Instinto Maternal, ou essa
coisa que julgaram ser meio caminho andado para se ser mãe, é um valor
complicado e que reside na modernidade da nossa era...
Desde muito cedo, costuma-se ouvir dizer mulheres,
que o seu maior sonho é vir a ser mãe. Outras porém preferem ter como ambição
uma carreira de sucesso ou um amante imparável, mas sem nunca pensar em vir a
ter filhos. Nem todas as mulheres fazem uma festa a uma criança ou brincam com
elas. Existem mesmo muitas, que repudiam os mais pequenos, quase como se as
mesmas fossem um incómodo a evitar a todo o custo.
Todas as atitudes protagonizadas pelas mulheres da
nossa sociedade que não pensam em ter filhos são alvo de uma conclusão
precipitada: insensibilidade. Porém, nem sempre o valor da maternidade é o mais
desejado e isso, não implica que as mulheres estejam totalmente desligadas do
mundo infantil.
Antigamente, a principal meta das mulheres era dar
à luz, um rebento forte e saudável como símbolo da sua fertilidade. Hoje, os
padrões sociais são diferentes. A mulher procura acima de tudo, um lugar no
pódio das profissões às quais apenas o homem, tinha acesso noutros tempos.
Afinal, o que mudou? A sociedade ou as mulheres em si mesmas?
Muitas mulheres declaram que esse Instinto
Maternal, surge logo à nascença mas, outras afirmam que, esse valor só se
desenvolve quando a mulher engravida e que atinge o seu auge, na altura que vai
dar à luz. O que significa que, se muitas mulheres ainda não têm dentro de si
esse instinto, é porque ainda não chegou a sua hora de ser mãe. Nada mais que
isso.
O problema é que atualmente existe muita liberdade
de opiniões, e não uma verdade una. Antes o centro da vida era a família, mas
hoje nem sempre as pessoas têm essa ambição. Às vezes, tanto a carreira como a
família são importantes para o equilíbrio, mas há mesmo quem afirme que com
apenas uma das duas, se atinge a estabilidade.
Ser mãe está na base da realização pessoal de uma
mulher, pelo menos é a opinião das muitas mães do nosso país. Apercebem-se que
estão a contribuir para o desenvolver de um novo ser que depende única e
exclusivamente delas, oferecendo-lhes toda a alegria e felicidade que
demonstram. Aliás, são cada vez mais as mães solteiras no nosso país, umas por
circunstâncias da vida, outras por pura opção pessoal. Esta realidade mostra a
emancipação da mulher, que cresce a olhos vistos.
As mães afirmam que matariam pelos seus filhos,
morreriam por eles ou fariam o que quer que fosse para os defender, e isso é um
ponto em comum entre todas elas: casadas, solteiras, adolescentes ou mais
velhas. Ter um filho fascina muitas mulheres, mas outras preferem os dos seus
amigos a ter um. Aqui está a questão da liberdade, alcançada após tanto tempo e
que agora não se quer perder, envolva o sacrifício que envolver.
O amor pelos filhos é real. Sente-se num toque, num
olhar, numa carícia. Sendo a mãe biológica ou não, a mulher atribui todo o amor
que tem dentro de si, àquela criatura dependente da sua força e amor. Se ainda
não sente aquilo a que chamam de Instinto Maternal não se preocupe, nem julgue
ser anormal relativamente às outras mulheres."
Em
2010, escrevi um post sobre isto. Fui reler e não mudaria nada ao que disse
naquela altura.
A
minha opinião em relação ao instinto maternal mantém-se, tal e qual, 6 anos
depois. O que é curioso. Normalmente, com os anos, a nossa opinião muda, mas neste caso, permaneceu igual.
A
minha experiência enquanto mulher fez vibrar em mim este instinto por volta dos
20 anos. Na altura, havia sido madrinha pela primeira vez e contactava com
imensas crianças. Sentia que as crianças faziam parte da minha vida, e que um
dia também teria as minhas.
Na
altura, estava longe de imaginar que o meu instinto maternal ganharia corpo
pouco tempo depois. Aquele instinto maternal que já se havia criado em mim pode
desenvolver-se na sua plenitude. Digo isto, porque sentia que a minha
sensibilidade para a maternidade já estava "bem apurada", a gravidez
apenas permitiu que essa sensibilidade passasse a ser real...
O
nascimento do meu pequeno Gabriel foi o auge de tudo! Adorei o parto do
Gabriel, adorei tudo desde as dores, aos momentos de satisfação. Plena
Felicidade, assim descrevo o momento em que o nosso instinto maternal vê
frutos!!
Agora, com esta segunda gravidez, sinto que este meu instinto maternal está a um passo de sentir-se realizado... :)
Acho
que nós, mulheres, não precisamos ter receio de demonstrar que queremos muito
ser mães. É certo que hoje em dia, com os anos de estudo, a dificuldade em
estabilizar no trabalho, e muitos outros fatores, fazem com que diga-se sempre
"para já não". Mas, sei que, no fundo, uma grande maioria de nós está
desejosa disso…
Isto
de instinto maternal não tem muito que se lhe diga... Eu acho que nasce
connosco... Não é à toa que, enquanto crianças, brincamos aos papás e às
mamãs...:)
Coisas
belas da vida… É tão bom ser mãe!!
E,
ser mãe do Gabriel, ainda melhor!
Quando tinha 20 anos era viciada no meu curso e profissão que ia ter. Não via nada para além disso. Queria trabalhar e ter sucesso. Hoje é tudo diferente. Não escolhi uma vida dedicada ao Design. Recusei muitas propostas porque o tal relógio despertou sem contar e percebi que não há nada mais maravilhoso que ter uma familia e ser mãe. Trabalho na mesma em design mas num emprego que me dá oportunidade de estar com o meu filho.
ResponderExcluirQue lindo isso! :)
ExcluirNos dias que correm, acaba por ser um ato de coragem (ao mesmo tempo de loucura) abdicar de desafios profissionais pela nossa própria família. Deve estar bem mais realizada agora, não é?
Um beijinho enorme e obrigada pelo feedback :)