Obrigada...
Por cá, são muitas as noites mal
dormidas. A princesa cá de casa vira um sapinho durante a noite. Por vezes, o cansaço
acumulado dá azos a pessimismos e reclamações. Mas, ontem tirei uns minutos para
refletir e agradeci a Deus, à vida, à sorte. Depois de colocar a pequena para
dormir, para não variar muito, passados uns 10 minutos (se tanto) já estava ela
a chorar e eu lá fui. Volto a adormece-la e nisto, como uma vez é pouco, volta
a chorar e eu volto a ir lá…
Neste impasse de tempo e apesar da
enorme vontade que ela adormecesse à primeira, chego ao quarto, pego nela ao
colo, dando-lhe aquele abraço enorme e carinhoso. Olho para ela, e agradeço a
Deus por estar ali, com ela nos meus braços.
Agradeço e repenso o tempo em que o
Gabriel facilmente cabia nos meus braços. Relembro o tempo em que o Gabriel
precisava de um aconchego para dormir… O tempo passa rápido demais para
desperdiçar este abraço, este colinho. Daqui a um ano já não precisará deste aconchego.
Ou, a precisar, não terei eu costas capazes de lhe dar colinho. Não que agora
tenha, mas à medida que ela crescer, será cada vez pior. Por isso, ontem não
reclamei uma única vez. Agradeci. Abracei-a com toda a força que pude e
desfrutei daquele momento cansativo, mas acima de tudo, carinhoso.
Sempre que aceitamos as situações, tudo
parece tornar-se mais fácil. Esta noite foi tão curta, mas tão boa. Quero
lembrar-me sempre disto, e agradecer de cada vez que ela chorar, ao invés de
“reclamar”. Não tenho filhos que dormem? Não, não tenho. Mas, entre todos os
defeitos que seja este o dilema com o qual tenho que lidar. Agradecerei de
todas as vezes que tiver que lhe dar um colinho. Afinal, é tão, mas tão bom…
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