Às
vezes sinto-me criança novamente. Vejo o mundo de uma forma tão simples, tão
linda, tenho tanta vontade de o aproveitar, de estar com os meus, que não
entendo certos comportamentos e atitudes (isto para não entrar em algumas
crenças).
Nesses
momentos, reflito em silêncio, e sou bem capaz de ficar horas a fio a pensar
sobre o motivo que torna os seres humanos tão complicados. Mas, NUNCA chego a
uma conclusão.
Existem
pessoas que fazem de tudo para agradarem, mesmo que isso implique “vestirem”
mil e uma peles. Estas são as pessoas camaleões.
Existem
pessoas que se querendo sentir as melhores, mais bonitas, realizadas,
inteligentes (e tudo o que vos passar pela cabeça neste momento. Tudo mesmo,
porque até “isso” algumas acham piada), tentam rebaixar os outros.
Existem
pessoas que não sabendo viver a sua própria vida, querem viver a vida dos
outros: saber tudo sobre eles, falar deles como se fossem eles próprios, enfim…
Existem
pessoas que não tendo opinião, buscam aqui e ali uma palavra qualquer, que
partilham e aceitam, sem saberem ao certo do que estão a falar.
Existem
pessoas que sentindo-se as melhores, ignoram, criticam, vangloriam-se sem nunca
se olharem ao espelho.
Existem
pessoas que procuram mais os outros do que uma casa de banho. É uma comparação
parva, eu sei, mas é propositada. Porque os motivos pelos quais muitas vezes
procuram os outros são merdosos (peço
desculpa se feri sensibilidades visuais).
Existem
pessoas que não existem. E por não existirem, nunca sabem quem são, o que
querem, para onde vão. Por isso, algumas vezes, colam-se aos outros e, outras
vezes, fazem dramas, e mais dramas, para chamarem a atenção.
Existem
pessoas assim, e muitas pessoas diferentes, também. Descrevi apenas algumas. As
próximas serão alvo de uma futura reflexão.
Por
existirem tantas pessoas assim, já me senti um E.T., já pus em questão a minha
visão sobre o Mundo, sobre a forma como o encaro, mas depois de descobrir aqui
ou ali mais alguém igual a mim, fico com a certeza que não estarei errada, e
que, infelizmente, a maioria das pessoas vive (ou sobrevive) de forma estranha,
complicada e a meu ver até ridícula.
Se
houver alguém que me compreenda, que levante a mão. Eu apenas agradecerei, por
existir mais alguém igual a mim. Afinal, não estou só no mundo!
Façam
o favor de viver as vossas vidas, como se não houvesse amanhã. Amem-se, deem
valor a quem amam, descompliquem, ignorem as críticas da sociedade, vivam à
margem dela se for preciso, encham as vossas casas de paz. Não sejam mais uma
ovelha em busca de algo que não existe, em busca da perfeição que não existe,
em busca da aceitação de todo o mundo. Porque nem todo o mundo te conhece ou
quer conhecer.
Acima de tudo, devemos ser verdadeiros a nós mesmos. Devemos procurar semelhantes a nós, ou pelo menos que nos compreendam e com quem nos identificamos. infelizmente, esse tipo de pessoas que referes aqui sempre existiram, continuam a existir, e continuarão a existir. A vida tratará de lhes ensinar umas quantas coisas.
ResponderExcluirBeijinhos,
Ricardo
www.opinguimsemasas.pt