quinta-feira, janeiro 18

Os diferentes tipos de pessoas

Estava aqui a reorganizar alguns textos e resolvi partilhar este, que escrevi à algum tempo...

Às vezes sinto-me criança novamente. Vejo o mundo de uma forma tão simples, tão linda, tenho tanta vontade de o aproveitar, de estar com os meus, que não entendo certos comportamentos e atitudes (isto para não entrar em algumas crenças).
Nesses momentos, reflito em silêncio, e sou bem capaz de ficar horas a fio a pensar sobre o motivo que torna os seres humanos tão complicados. Mas, NUNCA chego a uma conclusão.

Existem pessoas que fazem de tudo para agradarem, mesmo que isso implique “vestirem” mil e uma peles. Estas são as pessoas camaleões.
Existem pessoas que se querendo sentir as melhores, mais bonitas, realizadas, inteligentes (e tudo o que vos passar pela cabeça neste momento. Tudo mesmo, porque até “isso” algumas acham piada), tentam rebaixar os outros.
Existem pessoas que não sabendo viver a sua própria vida, querem viver a vida dos outros: saber tudo sobre eles, falar deles como se fossem eles próprios, enfim…
Existem pessoas que não tendo opinião, buscam aqui e ali uma palavra qualquer, que partilham e aceitam, sem saberem ao certo do que estão a falar.
Existem pessoas que sentindo-se as melhores, ignoram, criticam, vangloriam-se sem nunca se olharem ao espelho.
Existem pessoas que procuram mais os outros do que uma casa de banho. É uma comparação parva, eu sei, mas é propositada. Porque os motivos pelos quais muitas vezes procuram os outros são merdosos (peço desculpa se feri sensibilidades visuais).
Existem pessoas que não existem. E por não existirem, nunca sabem quem são, o que querem, para onde vão. Por isso, algumas vezes, colam-se aos outros e, outras vezes, fazem dramas, e mais dramas, para chamarem a atenção.
Existem pessoas assim, e muitas pessoas diferentes, também. Descrevi apenas algumas. As próximas serão alvo de uma futura reflexão.

Por existirem tantas pessoas assim, já me senti um E.T., já pus em questão a minha visão sobre o Mundo, sobre a forma como o encaro, mas depois de descobrir aqui ou ali mais alguém igual a mim, fico com a certeza que não estarei errada, e que, infelizmente, a maioria das pessoas vive (ou sobrevive) de forma estranha, complicada e a meu ver até ridícula.
Se houver alguém que me compreenda, que levante a mão. Eu apenas agradecerei, por existir mais alguém igual a mim. Afinal, não estou só no mundo!

Façam o favor de viver as vossas vidas, como se não houvesse amanhã. Amem-se, deem valor a quem amam, descompliquem, ignorem as críticas da sociedade, vivam à margem dela se for preciso, encham as vossas casas de paz. Não sejam mais uma ovelha em busca de algo que não existe, em busca da perfeição que não existe, em busca da aceitação de todo o mundo. Porque nem todo o mundo te conhece ou quer conhecer.

Um comentário:

  1. Acima de tudo, devemos ser verdadeiros a nós mesmos. Devemos procurar semelhantes a nós, ou pelo menos que nos compreendam e com quem nos identificamos. infelizmente, esse tipo de pessoas que referes aqui sempre existiram, continuam a existir, e continuarão a existir. A vida tratará de lhes ensinar umas quantas coisas.

    Beijinhos,
    Ricardo
    www.opinguimsemasas.pt

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