É
oficial! Este é o primeiro textinho do blog no ano 2019. Como dá medo dizer
isto assim.
O
primeiro texto deveria ser algo especial. Confesso que não dei muitas voltas
até começar a escrever. Nem podia. Entre um choro e outro da Estrela, o tempo
urge e tenho que despachar os dedos se quero transmitir-vos algo neste novo
ano.
Uma
das coisas sobre as quais tenho pensado ultimamente é na diferença. Como é
necessário ter coragem para ser diferente hoje em dia…
Vejo
pessoas famosas a serem criticadas por serem diferentes, por terem a ousadia de
mudar, de criar ou dar a cara por coisas novas. Vejo pessoas na rua a
criticarem este ou aquele por aparentar um visual diferente do “habitual”.
Frequentemente
reagimos mal à novidade. “Ui, mas que é isto?” “Ui, mas para que serve?”, “Ui,
não preciso disso!”. Mas porquê? Porque é que a nossa primeira reação a tudo o
que é diferente ou inovador é de receio? É normal que a novidade nos cause
admiração, mas talvez seja necessário abrir a nossa mente e tentar aceitar a diferença.
Se queremos realmente mudar, temos que pensar em tudo o que nos permite essa
mudança. A nossa zona de conforto é grande demais perante a imensidão e
diversidade de coisas e pessoas que existem por aí.
Da
mesma forma que reparo que é necessário ousar para ser diferente, percebo que
as pessoas continuam a querer ser iguais… Vejo pessoas que tentam ser iguais
porque têm medo de serem quem são, diferentes. Vejo pessoas a imitarem e a
seguirem passos de outras, sem adaptarem o caminho à sua realidade. Pessoas que
acham que o caminho dos outros deve ser o seu próprio caminho.
Desde
sempre aceitei com facilidade a diferença. Talvez por ser terapeuta ocupacional
e conviver diariamente com a diferença, quando paro para pensar nisto fico
ainda mais revoltada. Ser diferente não é só ter esta ou aquela condição de
saúde, este ou aquele aspeto físico,…
Ser
diferente é ter opinião própria, ter vida própria. Ser diferente é ser genuíno,
leal aos seus princípios, é respeitar toda uma história de vida que nos
constrói e define como ser independentes e individuais.
Que
este ano, queiramos ser mais verdadeiros. Acima de tudo, verdadeiros connosco
próprios. Que este ano, sejamos mais nós e não tenhamos medo nem vergonha de o
mostrar ao outro.
Este
ano, não tracei metas. Tenho vários objetivos, de entre as quais, mostrar mais
de mim mesma. Sempre guardei algo mais para mim, por vergonha, medo ou timidez.
Este ano, quero muito mostrar mais de mim, sem pensar na opinião alheia.
Não
quero convidar-vos a todos a ficar desse lado, nem tão pouco convidar apenas os
que se identificarem, mas quero convidar todos aqueles que estiverem
disponíveis para trocar ideias, para debater ideias, para crescer e mudar junto
comigo.
Posso
contar convosco?
E
agora sim, está oficialmente aberta a época de textos cá no blog.