sexta-feira, julho 31

Julho passou a voar...

Julho passou a voar...

Confesso que pensei algumas vezes sobre o que partilhar quando decidisse regressar.
Podia falar-vos sobre todos os motivos que me fizeram querer parar, sobre tudo o que vivemos, ou ainda, sobre tudo o que aprendi ao longo destas semanas.
Podia enaltecer as coisas mais belas da vida ou reclamar das mais injustas.
Podia optar por um texto bem decidido ou mais lamechas.
Podia regressar de imensas formas diferentes.
Mas resolvi não explorar nenhuma delas para já. Dizem que o segredo é a alma do "negócio". Será? ;)

Este mês decidi afastar-me das redes sociais. E isso basta para contextualizar este tempo ausente.

Julho foi um mês imensamente transformador. Só lhe posso agradecer por cada experiência, vivência e por todas as oportunidades de crescimento.

Fui e voltei com a certeza de que voltarei a distanciar-me sempre que sentir necessidade.

Mas para já, é hora de "blogar" ;)

Então e vocês? Como correu o vosso mês? Se o pudessem resumir numa só palavra qual utilizariam?

segunda-feira, julho 6

Vou só ali procurar algumas respostas... Boa Semana!


A vida é feita de fases. Mais cedo ou mais tarde todos passaremos pelas mesmas fases, todos (ou quase todos) faremos as mesmas descobertas e aprenderemos as mesmas lições. Já os antigos defendiam que a idade é um posto, e de facto o tempo que vivemos permite-nos dias e dias de mais aprendizagem.
A internet veio permitir-nos estar mais próximos do mundo, conhecer historias novas e acelerar esse processo de descoberta sobre nós mesmos. Há quem venha até aqui com a noção de que viver é realmente um processo, outros surgem com a visão de que a última descoberta é a mais sábia de todas. E defendem coisas e teorias que depois mostram discordar.
Confesso que ainda tenho muita dificuldade em lidar com muitas destas coisas. A falta de coerência e de justiça, o falar bem sem coerência mexem em fraquezas que vivi durante muitos e muitos anos.
Não ando aqui para fazer bonito, nem tão pouco para vos levar a seguir o meu pensamento. Mas se puder levar-vos a pensar sobre o que pensam, a refletir sobre o que fazem, então passei a mensagem mais importante de todas sobre esta coisa que andamos cá todos a fazer: viver.
E da mesma forma que vos tento questionar, eu também o faço e procuro respostas em todos os lugares. Esta semana vou procurar respostas fora daqui. Há coisas que mais vale guardar, amadurecer e só depois partilhar. Não partilhem o que pensarem de ânimo leve, não defendam nada como se tivessem vivido sempre assim. Sejam apenas sinceros convosco e o mundo ficará mais agradecido.
Boa semana.
Até já.

sexta-feira, julho 3

Em 2012 alterei o nome do blog...


Em 2012, depois de algum tempo distante do blog, alterei o seu nome para (Im)Perfeição.
Na altura, o Gabi teria 3 anos. E eu cerca de 4 na minha nova vida. Terminara o curso, tinha trabalhado e ficado desempregada. Mudara de casa pela primeira vez e tinha sob a minha responsabilidade tudo o que faz parte da vida de um "adulto". Durante esses 3 anos lutei contra a imperfeição. Dava tudo de mim, culpava-me quando falhava. Queria ser perfeita. Queria ser a esposa ideal, a mãe perfeita, a amiga sempre presente, a dona de casa exemplar, cuidar de mim emocional e fisicamente. Mas não deu. Não fui capaz. Senti-me tão impotente. Senti que não estava preparada para tudo. Senti que algo estava errado, que deveria existir uma forma ou solução para o conseguir. Mas não. Demorei para perceber que ninguém é perfeito. Porque eu queria muito ser. Não queria falhar. Não me ensinaram que ninguém é tudo. Os professores ensinaram-me a ser a melhor profissional, na maternidade disseram para eu ser a melhor mãe, na vida aprendi que deveria ser a melhor pessoa, os amigos previsavam que eu fosse a melhor amiga, o marido que fosse a esposa ideal, e a casa precisava de mim que tão pouco sabia sobre governar uma casa. E eu.. exigia o auto cuidado que achava merecer. Apesar de se ter passado muito tempo, aprendi que um bom profissional talvez não esteja sempre presente na família, que uma boa dona de casa talvez não se cuide assim tanto, que uma boa esposa talvez não passe tanto tempo com os filhos, e uma boa mãe talvez não seja a melhor profissional. Ponderei tudo. Fiz o balanço. E decidi que a única coisa que não podia adiar era a maternidade. Tudo o resto, mais cedo ou mais tarde, teria um rumo melhor. Engoli o perfecionismo, e assinei o blog como (im)perfeição. Foi uma ajuda olhar para esse nome e lembrar-me que nunca poderia esquecer que ninguém é perfeito. Que não podia exigir de mim o que não é possível para ninguém.
Ainda hoje me recordo de tudo isto e ainda hoje luto para ser melhor. Mas eu sei que quando a energia falha ou o tempo escasseia, tudo pode esperar, mas os meus filhos não.
Não quero ser perfeita. Mas quero estar presente. Hoje e sempre. E tu, o que queres?



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