quarta-feira, maio 16

A saga das vacinas nos bebés

Esta coisa de vacinar os bebés desde a nascença pode ser muito interessante, mas não é só um martírio para os bebés. Nós, pais, também sofremos horrores com as vacinas. Até parece que nos dói mais a nós do que a eles. Pelo menos, eles choram e depois acalmam, enquanto nós, continuamos a encolher todas as partes do corpo e a arrepiar cada pelinho cada vez que a enfermeira lembra que a próxima vacina está para breve. Até me dá arrepios só de pensar. 
A última vacina da Estrela foi a semana passada.
Lá nos posicionamos na cadeira, à maminha, para ver se a coisa corria melhor. Mas, mal a bata branca da enfermeira faz sombra, a Estrela já fica naquele impasse entre a vontade de mamar, de chorar e de fugir...
Escusado será dizer o filme que se seguiu: a mãe agarra com força, está pronta?
E, a mãe, no caso, eu, mesmo não estando pronta nem preparada, lá teve que ranger os dentes para segurar o braço da pequena com aquela força estranha que as mães fazem nestas alturas. Não sei se vos acontece, mas fico meio paralisada entre a vontade de fazer muita força para que a pequena não se mexa e o medo de a magoar com força demais. Felizmente, as enfermeiras já estão preparadas para as mães mais medricas e fazem a parte que lhes compete, e a coisa fica resolvida.
Esta é daquelas partes que dispensava fazer, e na maioria das vezes, o pai assegurou este trabalho ingrato. No entanto, desde que li que dar mama durante a vacina ajudava a atenuar a dor. E, verdade seja dita, maravilhosa partilha que entrou na nossa vida. A mamita fica lá disponível para acalmar a dor e o sufoco da filha e da mãe.
E, entre mimos, a Estrelinha lá se acalmou. Não será para muito tempo, uma vez que em menos de 3 meses repetimos a dose. Mas, até lá, vamos esquecer o episódio e pensar que já passou...

(E, um dia, quando a Estrelinha crescer, poderá saber algumas coisas que aconteciam quando era bebé. Registo após a toma da vacina Bexsero, 1ª dose. Estrela. 16 meses. #DiáriodaEstrelinha).

terça-feira, maio 15

Família. All we need a family.


Família…
Nem todos têm uma. Mas, deviam.
Família, aquele conceito intemporal. Cada uma define-o à sua maneira, de acordo com as suas convicções.
Muito poderia dizer sobre a família. Poderia relatar várias experiências maravilhosas, ou simplesmente fazer-vos desacreditar dela. Poderia falar-vos sobre famílias perfeitas, aquelas cuja simbiose entre a compreensão e as exigências do dia-a-dia, parecem resultar da melhor forma; ou sobre aquelas que se movem através de um ideal; ou ainda sobre as que agregam numa só pessoa o maior pilar da sua existência… Poderia falar-vos desde as famílias pequenas às mais numerosas. Sobre aquelas que nada nem ninguém derruba, ou sobre aquelas que desmoronam ao primeiro obstáculo. Família… são tantas e tantas as famílias que existem, que poderíamos escrever um livro, relatando histórias sobre cada uma.
Hoje, no dia da família, não poderia deixar de escrever um pouco sobre este tema. Um tema profundo na minha história de vida. Um tema profundo na história de vida de qualquer um. Hoje, sou parte do alicerce de uma família: a minha. A família que jurei constituir com a outra metade de mim. Ser família é ser o pilar. É estar sempre na base, caminhar em direção a objetivos comuns. É dar a mão, segurar com força, erguer e reerguer a cada abanão. Ser família é ajudar, cooperar. É dar sem esperar nada em troca. É estar presente, mesmo que a vontade seja de estar ausente. Ser família é saber escutar. É conhecer o melhor e aceitar o pior de cada um. É mostrar afeto, compreensão. Ser família é respeitar que nem sempre somos iguais. Ser família é aceitar a diferença. E, apoiar, mesmo assim. Ser família é ensinar sobre o mundo lá fora. É deixar viver. É ir e voltar. É o porto de abrigo. Ter família é ter o maior espetáculo de todos, aquele que começa com amor e termina no calor de um abraço. Ser família é ser transparente. É ser fiel. É ensinar. É partilhar. É dar e doar: o que temos, o que somos. Ser família é acreditar. É ter esperança. É crescer, evoluir. É permitir, debater, concluir. Ser família é ser um elo. É querer viver em harmonia. Ou, pelo menos tentar. Sempre. É não desistir. Ser família é ser sincero. É olhar nos olhos e mostrar coragem. Persistir. Ambicionar em conjunto. É construir uma história. Ser família é ter a possibilidade de criar novos capítulos, decorando cada história com os cenários preferidos. É contornar os imprevistos e acrescentar amor a cada página. Ser família é ser eu e tu. É sermos nós. É duplicar o amor, as vezes que desejarmos. Ser família é ser mais do que tudo isto. Mas, ao mesmo tempo, é apenas ser. Não precisar de parecer. Nem de querer saber dos outros. Apenas de nós, dos nossos. Ser família é não ser obrigado a ser nada, mas ao mesmo tempo, ser tudo. Ser família é ser especial. É ter um compromisso, sem obrigação. Ser família é maravilhoso. E não é preciso ser perfeito. É ser capaz de pedir perdão e saber ultrapassar. É viver lado a lado, e ser feliz do seu jeito.
Sou muito grata pela família para a qual vivo, e à qual me dedico, todos os dias com ambição, carinho, amor e compreensão. Sou muito grata pela família que cresce comigo a cada dia e que escreve no livro da vida as melhores histórias de amor…
Amo-vos, do fundo do coração.

quinta-feira, maio 10

Colaboração para a REVISTA Blogazine

Apesar de distante, os artigos para a Revista Blogazine continuam a existir mensalmente.
Hoje, partilho convosco os links para que a possam consultar.

Leiam os artigos de Abril e Maio, e digam-me o que acharam sobre eles.




quarta-feira, maio 9

Sessão Fotográfica Grávidas - Com o Filho Mais Velho

De vez em quando, bate a saudade da gravidez. Apesar dos dilemas com os quais temos que lidar, é uma das fases mais especiais da nossa vida.
Hoje, partilho convosco algumas ideias para fotografias com o filho mais velho.
Alguma grávida de segunda viagem por aí?
Beijinhos*


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terça-feira, maio 8

As mães também adoecem…


As  mães também adoecem, mas não deviam.
Quando adoecemos, há necessidade de reorganizar tanta coisa, que só pelo trabalho que dá, devia ser proibido as mães adoecerem. Há coisas que são mais simples de solicitar a outras pessoas, mas há aquelas que têm um jeito diferente de se realizarem e, por isso, é tão complicado pedir ajuda. Não quer dizer que seja melhor ou pior, mas mãe que se preze gosta de fazer as coisas à sua maneira. E é esta forma diferente, este jeito próprio de cada uma de nós, que deixa marcas na memória dos nossos filhos. Por isso, nos recordamos daquela comida que só a nossa mãe sabia fazer, por exemplo.
Quando uma mãe adoece, há uma parte de nós que desaparece. É como se a nossa vida, de repente, deixasse de fazer o mesmo sentido, ficasse paralisada entre o querer ser capaz e o não o ser.
Quando adoecemos e deixamos de ter capacidade para trabalhar, por muito que gostemos do nosso trabalho, acabamos por compreender que é apenas uma fase. Às vezes, até agradecemos uma ou outra doença para conseguirmos uns dias longe da empresa (ahahah).
Quando adoecemos antes de um evento importante, ficamos furiosas por não poderemos participar ou usar aquele vestido que nos ficou caríssimo. Ficamos tristes, mas no fundo, acabamos por compreender e esquecer. Afinal, mais eventos ou ocasiões especiais existirão no futuro.
Mas, quando adoecemos e deixamos de ser capazes de exercer o nosso papel de mãe na sua plenitude, sentimos uma frustração, um vazio… Sentimo-nos incompletas, tristes e revoltadas.
Quando uma mãe adoece, aprende a dar ainda mais valor à saúde, ao autocuidado. Faz promessas de que tudo irá mudar, porque apenas quer melhorar. Agradecemos cada noite mal dormida, e todas as tarefas morosas e repetitivas, que deixamos de ser capazes de cumprir. Prometemos não reclamar mais.
Infelizmente, já passei por momentos tão difíceis que até o pegar ao colo tornava-se algo doloroso. Tantas foram as vezes que chorei por não ser capaz de coisas tão simples e belas como essa. Mas, mesmo assim, não desisti. Porque sou mãe. E, as mães são assim. São persistentes. São chatas. São perseverantes. Por muito que nos custe, seja física ou emocionalmente, tentamos mostrar valentia, e a todo o custo, tentamos manter-nos de pé, até quando a nossa única vontade é ficar deitada.
No meio de cada fraqueza, só tenho uma certeza: quero aproveitar a vida da melhor forma possível. Quero partilhar momentos em família. Criar memórias. Mostrar que, independentemente da fase ou da dificuldade, é muito importante ser forte. É isso que nos faz crescer. Não adianta prometer aos nossos filhos a imortalidade ou dizer-lhes que tudo está bem, quando os olhos deles veem uma realidade diferente. É necessário explicar-lhes que não é fácil, mas tudo se consegue com força de vontade e muito amor.
Muita força para todas as mães que precisam dela. E, para quem não precisa tanto, agradeçam a sorte de serem capazes de se levantarem de noite para embalar…



segunda-feira, maio 7

As palavras que nunca te direi… Carolina Patrocínio


A sério que geraram mais uma polémica em volta da Carolina Patrocínio? E logo naquele dia, que julguei ser o único em que as mulheres apenas teciam elogios umas às outras.
Porque escrevo sobre isto? Fico fula sempre que vejo toda a polémica e confusão que as pessoas se dão ao trabalho de criar. São várias as figuras públicas alvo de predadores críticos e sem noção.
A Carolina Patrocínio tem sido uma dessas pessoas. E, mete-me uma confusão, que nem imaginam. Detesto injustiça e pessoas incoerentes.
Desta vez, uma fotografia da natureza no seu estado mais belo e genuíno é o alvo da crítica.
Não compreendo…
Não compreendo porque as pessoas acham que uma foto amamentando é “exposição da privacidade”, se há pessoas que compram revistas de pessoas nuas.
Não compreendo também porque as pessoas acham que uma foto amamentando é “exposição da privacidade” quando se babam para cima de fotos de mulheres semi nuas (mesmo que sejam em plena praça pública) ou homens em tronco nu e boxers, com aquele ar de engatatão.
Não compreendo porque as pessoas consideram que uma foto amamentando é algo despropositado, quando a mãe apenas está a exercer o seu papel maternal e a usufruir da capacidade que a natureza lhe deu.
Não compreendo porque as pessoas criticam uma foto amamentando, mas postam fotos saboreando um gelado, muitas vezes de boca aberta. Ah e tal, o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Não estão ambas a alimentar-se? Ah pois não! A bebé está a alimentar-se com um alimento verdadeiro, a segunda a exibir alimentos falsos.
Não compreendo porque as pessoas ficam sensíveis a fotos amamentando, quando postam fotos com o maior decote possível e as reações são tão fofinhas (estás linda! Mas que belo decote!).
Não compreendo estas e outras coisas.
Pessoas e pessoinhas, sejamos mais humanos. Não há pessoas perfeitas e nem todos temos os mesmos objetivos na vida. Mas, repensem um bocadinho antes de criticarem alguém.
Aliás, mais ainda podemos acrescentar sobre esta situação. Se toda a gente fala sobre o pós parto ser algo sensível e, nesse momento, a mãe precisar de apoio, porque há pessoas que se esquecem que a Carolina Patrocínio também está no seu pós parto e, como tal, tem direito a um bocadinho mais de respeito? Não venham com a treta de que por ser figura pública é obrigada a ouvir e calar. Quantas de nós nos fartamos com as opiniões alheias sobre os nossos bebés logo após o seu nascimento? Tantas queixas sobre a opinião dos outros, mas é tão fácil esquecer isso quando os outros somos nós, não é?!
Antes de abrirem a boca ou digitarem meia dúzia de palavras, olhem para o espelho mais próximo e, se o vosso problema é a inveja, façam como a Carolina: calcem uns ténis e vão correr!
Enfim! Hoje não ia escrever sobre isto, mas depois de ver a notícia no JN tive mesmo que sentar e deitar cá para fora meia dúzia de verdades.
Felizmente, e cada vez mais, há mulheres que defendem os seus direitos e são capazes de deixar resposta a quem critica ou aponta o dedo indevidamente. Obrigada por existirem :)
O que pensam vocês sobre este assunto?
E agora já sei que, provavelmente quem é contra vai calar-se ou justificar-se…. (ahahah)
BOA SEMANA!

domingo, maio 6

Que mãe sou eu, afinal?


Neste dia da mãe, não poderia desejar nada mais do que voltar aqui e partilhar convosco um pequeno pensamento.
Que mãe sou eu, afinal? Há 9 anos que a palavra mãe assumiu a maior parte da minha vida. A vida colocou-me à prova, e deu-me de presente o que a vida nos pode dar de melhor: um filho.
Há 9 anos que eu, sem saber ao certo o que era ser mãe, vesti este papel com toda a força, como se tivesse nascido para não querer outro papel maior.
Mas, ser mãe não é algo tão linear, antes pelo contrário. É uma montanha russa que altera a toda a hora o rumo e a intensidade. Ser mãe não é algo fácil, simples e tranquilo. Ser mãe não é algo que se faça de forma leviana, sem dificuldades, dúvidas ou incertezas. Ser mãe não é ser apenas a cuidadora, a pessoa que alimenta, ensina, que dá, que mima ou abraça alguém. Ser mãe é tentar ser a vida de alguém que vive num corpo independente, que tem necessidade e vontade próprias. Ser mãe é tentar ser a vida de alguém e deixar a nossa vida para trás. Sem pensar. Sem pestanejar.
Ser mãe é assumir a maior responsabilidade de todas: a de criar um filho. Criar com amor, com valor. Não importa qual a nossa área de especialização, ou sequer se temos alguma. Ser mãe é ter que dar resposta a dúvidas de português, de matemática, estudo do meio, inglês, é ter que explicar relacionamentos, perceber de carros, televisões e tudo quanto existe.
Ser mãe é querer que os nossos filhos estejam sempre melhor do que nós. É querer que estejam bem alimentados, que durmam bem, que façam aquilo que gostam, que sejam felizes por completo. Ser mãe é pensar e agir em prol de um ou mais seres sem querer qualquer tipo de recompensa. Ser mãe é deixar os nossos desejos para segundo lugar e mesmo assim, ser capaz de ficar feliz com o esboço de um simples sorriso. Ser mãe é ter alguém que nos tira o sossego, noite e dia, dias e noites consecutivos e, mesmo assim, agradecer a Deus pela sua existência. Ser mãe é ter alguém que nos impede de descansar, de cuidar de nós, de termos aqueles 5 minutos de sossego, ou ter aquele tempo para ver a nossa série preferida e, mesmo assim, sermos capazes de encontrar a felicidade. Ser mãe é ser capaz de ser feliz por alguém, que nada faz ou diz para retribuir de forma intencional. É aceitar que daremos de nós tudo o que sabemos, temos ou somos, 24 horas por dia, sem turnos ou intervalos.
Ser mãe é ficar com o coração fora do peito quando os deixamos na creche, quando vamos ao hospital, quando viramos costas por 5 minutos e os perdemos de vista. Ser mãe é ter a sensibilidade maior do que a de uma flor e a força de um leão. Ser mãe é perceber que não existe nada maior do que a vida de alguém.
Quando me questiono que tipo de mãe sou eu, nem eu sei ao certo o que responder. Sou mãe, apenas. Aquela que aperta com força, que impõe regras, que grita, que obriga a comer a sopa, que manda dormir a horas, que manda tomar banho e lavar os dentes. Sou aquela mãe chata que manda estudar, desligar a televisão. Sou aquela mãe que dá sermões, que ensina a portar bem. Mas, sou também aquela mãe que deixa os seus planos de lado para abraçar, dar beijinhos ou conversar. Sou aquela mãe que acorda de noite para cobrir, que faz questão de levar à escola, que leva às atividades preferidas. Sou aquela mãe que erra, que pede desculpa, que repensa sobre as suas atitudes e tenta sempre dar o melhor que tem.
Sou uma mãe como tantas outras que vê nos filhos o maior presente da vida.
No fundo, sou aquela mãe que reclama quando está cansada, mas que se sente a mais feliz do mundo por ter dois filhos tão especiais.
Feliz Dia da Mãe a todas as Mães que fazem dos filhos os atores principais.