Esta coisa de vacinar os bebés desde a nascença pode ser muito interessante, mas não é só um martírio para os bebés. Nós, pais, também sofremos horrores com as vacinas. Até parece que nos dói mais a nós do que a eles. Pelo menos, eles choram e depois acalmam, enquanto nós, continuamos a encolher todas as partes do corpo e a arrepiar cada pelinho cada vez que a enfermeira lembra que a próxima vacina está para breve. Até me dá arrepios só de pensar.
A última vacina da Estrela foi a semana passada.
Lá nos posicionamos na cadeira, à maminha, para ver se a coisa corria melhor. Mas, mal a bata branca da enfermeira faz sombra, a Estrela já fica naquele impasse entre a vontade de mamar, de chorar e de fugir...
Escusado será dizer o filme que se seguiu: a mãe agarra com força, está pronta?
E, a mãe, no caso, eu, mesmo não estando pronta nem preparada, lá teve que ranger os dentes para segurar o braço da pequena com aquela força estranha que as mães fazem nestas alturas. Não sei se vos acontece, mas fico meio paralisada entre a vontade de fazer muita força para que a pequena não se mexa e o medo de a magoar com força demais. Felizmente, as enfermeiras já estão preparadas para as mães mais medricas e fazem a parte que lhes compete, e a coisa fica resolvida.
Esta é daquelas partes que dispensava fazer, e na maioria das vezes, o pai assegurou este trabalho ingrato. No entanto, desde que li que dar mama durante a vacina ajudava a atenuar a dor. E, verdade seja dita, maravilhosa partilha que entrou na nossa vida. A mamita fica lá disponível para acalmar a dor e o sufoco da filha e da mãe.
E, entre mimos, a Estrelinha lá se acalmou. Não será para muito tempo, uma vez que em menos de 3 meses repetimos a dose. Mas, até lá, vamos esquecer o episódio e pensar que já passou...
(E, um dia, quando a Estrelinha crescer, poderá saber algumas coisas que aconteciam quando era bebé. Registo após a toma da vacina Bexsero, 1ª dose. Estrela. 16 meses. #DiáriodaEstrelinha).