quinta-feira, outubro 27

Dia Mundial da Terapia Ocupacional

 

E quando todos julgam que não há mais solução, lá vem o Terapeuta Ocupacional e tenta dar um jeito. Começa por trabalhar a fé, a esperança, a motivação; afinal ainda há tanta coisa por experimentar. Somos crentes por natureza, teimosos por defeito e persistentes como ninguém. Se a pessoa à nossa frente não está feliz, nós reinventaremos o mundo se for necessário, para que volte a sorrir novamente.

Depois de aceitarem o desafio, partimos à descoberta: o que quer fazer? Como faz? Como fez? O que usa? De que forma? Quem está por perto? Quem o ajuda? Se estiver sozinho também não terá mal, porque agora está nas mãos do Terapeuta Ocupacional!

Fazemos aquilo que melhor sabemos, o que ninguém mais sabe fazer: analisamos a atividade e é a partir daí que todo o trabalho se irá desenvolver. Olhamos atentamente, como quem sabe o que faz, mas com a curiosidade de quem o vê pela primeira vez. Colocamos a nossa cabeça a girar para que possamos compreender o que está a impactar aquele desempenho, envolvimento ou funcionalidade afinal. Damos voltas e mais voltas, criamos as nossas próprias hipóteses, percorremos catálogos, estudos, conversamos com colegas, e saltamos até todas as lojas. Afinal, se todos somos diferentes, não podemos olhar para duas pessoas de forma igual.

Suspiramos de felicidade, assim que “encontramos” a peça que faltava. Agora sim, sabemos o que limita o nosso cliente. Só precisamos de adaptar isto ou aquilo, criar o que fica ali ao lado, e trabalhar algumas competências para que tudo junto possa ser bem assimilado.

E quando, por algum motivo, esta solução tiver que ser diferente? Aí, começamos de novo, e tentamos tudo novamente. Por vezes, partimos à descoberta de novos interesses. E a análise da atividade, com jogos pelo meio, torna-se mais aliciante. E no meio desse processo, é o cliente que nos diz: sem si nunca teria conseguido fazer isto de novo, ou sentir-me tão realizado a desenvolver algo que nunca fiz.

Este poderia ser um resumo bem resumido de uma intervenção da Terapia Ocupacional. Mas, novamente, como cada pessoa é um ser único, há muitas partes que não foram aqui descritas.

Quando tiver dúvidas sobre o nosso papel, lembre-se: promovemos a autonomia, independência e a funcionalidade, contribuindo assim para a sua qualidade de vida (que é como quem diz de forma simples, para a sua felicidade).




quarta-feira, outubro 26

Os meus filhos são perfeitos e os teus?

 

Poderia escrever todos os dias sobre eles e mesmo com um texto por dia, não seria suficiente para enumerar o quanto eu gosto deles.

Eles são o melhor da minha vida, são o melhor que a vida me deu.

Há quem olhe para os filhos como seres perfeitos, imaculados, que não veja neles os defeitos e procure sempre apontar o dedo ao outro por algo que talvez seja seu. Há quem os olhe como imperfeitos que são e os condene, que os julgue por errarem, por não serem capazes de mais. E depois há as mães (e pais) como eu, que os olho como seres imperfeitos que são, e veja que é aí que reside a sua perfeição.

De olhos postos nos seus gestos, atitudes e palavras, consigo encontrar o reflexo do meu eu. De olhos atentos consigo compreender que, uma grande parte de tudo isso é meu. E é também por isso que eles se tornam perfeitos. Porque me mostram, sem que percebam, que eu sou imperfeita (mais do que desejaria, muitas vezes), dando-me assim a oportunidade perfeita para que eu possa melhorar. Ensinam-me ainda que o mais importante no ser humano não é o “não errar”. O problema começa quando cegamos ao ponto de atribuir todos os erros e falhas a eles, não as assumindo, em primeiro lugar como algo que vem de nós mesmos.

Os meus filhos são perfeitos. Não porque fazem tudo como seria “socialmente” correto, expetável ou desejado. Não são perfeitos porque são lindos (ninguém escolhe nascer “feio”), não são perfeitos porque sabem isto ou aquilo. São perfeitos porque, para além de me ensinarem tanto, mais do que alguém algum dia seria capaz, ainda têm a extensa capacidade de aprender, também. São perfeitos porque estão dispostos a conhecer mais, a evoluir, e porque conseguem encontrar em si mesmo a motivação para continuar. São perfeitos porque são genuínos e verdadeiros, porque não escondem como são. São perfeitos porque são como eles, não tentem ser como mais ninguém. São perfeitos porque são capazes de apreciar o mais pequenino detalhe e olhar para ele como o maior tesouro do mundo.

Poderei sempre anotar e conversar com eles sobre o que gostaria que melhorassem, que fizessem mais ou melhor, mas não permitirei que seja esse o meu foco. Gosto deles como são. Sem tirar nem acrescentar.

São perfeitos não porque se encaixam naquele conceito irreal de perfeição, mas porque tornam toda a minha vida em algo mágico e perfeito, e mesmo assim continua a ser real.

 

Os meus filhos são perfeitos e os teus?




 

sexta-feira, outubro 21

Realidade versus Expetativa #1

Durante as últimas semanas tenho andado a reorganizar-me. Andei a recuperar memórias de coisas boas que fui criando com o Gabi e a Estrela. E o sentimento que surge é tão bom que não posso deixar estas memórias apenas comigo.


Quem se lembra da rúbrica "Expetativa versus Realidade"?

O que acham se voltarmos com mais alguns "episódios"?

(E que pequeninos eles eram...)





terça-feira, outubro 18

A Visão da Mãe vs A Visão da Terapeuta

 Eu costumo dizer que os Terapeutas são chatos. Chatos e picuinhas. (Desculpem coleguinhas. Somos chatos connosco próprios, porque para os nossos clientes somos os mais fixes. J)

Enquanto uma mãe, por exemplo, prepara atividades porque gosta, ou porque são fáceis ou estão na moda; porque são bonitas ou porque a faz lembrar as atividades da sua infância; um Terapeuta Ocupacional olha para algo mais: a durabilidade do material, a sua consistência, o seu tamanho, a sua textura, a quantidade de atividades que poderá adaptar a partir dali, e por aí fora…

Enquanto uma mãe compra ou prepara uma atividade para explorar e às vezes só tem em consideração o preço ou a dimensão, um Terapeuta Ocupacional pensa um bocadinho mais além e analisa, ao pormenor, de que forma a poderão desenvolver e quais as competências que serão possíveis promover. Pensa ainda a que tipo de clientes será contraindicado.

Um Terapeuta Ocupacional tem sim uma visão diferente.

E é essa mesma visão que trará muitas das respostas que precisará encontrar de cada vez que tiver, na sua frente, uma nova pessoa para ajudar.

 

Nesta publicação, encontram um post antigo. Lembram-se disto? Vamos voltar? Simmm! (a resposta está dada, já não vale dizer que não, ahah).






segunda-feira, outubro 17

Da Terapia Ocupacional para o blog...

 

Há muito tempo atrás, prometi partilhar um bocadinho mais sobre a minha profissão.

Hoje é o dia!

Apesar de neste momento trabalhar em saúde mental com adultos, já trabalhei em pediatria. As áreas da saúde mental e pediatria são as minhas áreas de eleição. E apesar de poderem parecer distantes, têm muitos pontos em comum.

Para quem não conhece o meu percurso profissional, e focando apenas na área da pediatria, comecei por trabalhar em contexto clínico. Aqui, acompanhei crianças em intervenção precoce e primeira infância. Trabalhei ainda em contexto domiciliar e escolar, acompanhando crianças de várias idades, com as mais variadas condições.

São poucas as áreas da pediatria que não me fascinam. Mas tenho especial interesse pelas áreas da neura diversidade, incluindo o autismo e a hiperatividade, pelas áreas da dificuldade de aprendizagem, e algumas mais.

 

Sempre gostei da infância. Gosto dos desafios que as crianças nos colocam, das perguntas sem resposta que nos fazem. Gosto da forma como são transparentes connosco e da forma como se motivam com apenas um sorriso. Gosto da garra delas. Gosto da forma como se empenham para cumprir uma tarefa, mesmo que tenham, por vezes, tantas e tantas dificuldades. Gosto da forma como se apresentam felizes, mesmo que carreguem o peso de um avida às costas, e mesmo com umas costas tão pequeninas, ainda carreguem, tantas vezes, o peso da sociedade. Gosto da sua humildade e da forma como tentam comunicar das mais diversas formas, mesmo que por vezes, não tenham sequer uma única forma para o fazer.

 

Trabalhar em pediatria abriu-me os olhos para o Mundo. Fez-me perceber o quão pequeninos nós somos quando comparados com estes pequeninos grandes seres. Fez-me perceber que na infância reside quase tudo o que trazemos para a vida adulta. E fez-me aprender a olhar a vida como uma sorte.

 

Da Terapia Ocupacional para a minha vida trago praticamente tudo. Trago o conhecimento, que preciso seriamente de continuar a expandir; a capacidade de análise, que trago sempre comigo de cada vez que observo os meus filhos; a capacidade de adaptação, que desenvolvo todos os dias, e muitas vezes são a solução para algumas exigências,…

 

Deste lado, fico muito feliz quando me abordam para colocar dúvidas, quando contactam-me para questionar sobre algo. Chegou a altura de dar-vos mais. Quero dar um bocadinho do pouco que sei. Quero fazer-vos chegar mais ferramentas, simples e acessíveis, para que possam usar, vocês também, com os vossos filhos.

 

 

E vocês, querem saber um bocadinho mais sobre este meu mundo?

Por onde acham que devo começar?




terça-feira, outubro 11

Carta ao Filho Mais velho

 Olá!


Hoje trago mais um post bem antigo. Este é um post bem especial e um dos mais lidos aqui no blog.

Trata-se de uma "Carta ao Filho mais velho", escrita para o Gabriel antes do nascimento da Estrela.

É curioso reler esta carta. E pensar em tudo o que aconteceu desde então.

Esta foi a introdução do post, que contextualiza porque a escrevi.

Algum tempo antes do nascimento da Estrela, escrevi uma carta para o Gabriel. O que a motivou foi o enorme receio da sua adaptação a todas as mudanças que estariam para acontecer. Assim, de forma a explicar que o nascimento da irmã traria mudanças temporárias na sua rotina, fiz-lhe esta carta. Partilho convosco, na esperança de inspirar alguma mãe que esteja a passar pelo mesmo...

Mas hoje não é por aqui que iremos. Deixo-vos a carta:


"Meu querido filho,
Escrevo esta carta para que nunca te esqueças do quão especial és para mim.
Em breve, terás uma mana, com quem poderás dividir as tuas brincadeiras e experiências. Mas, independentemente de tudo o que possa acontecer, e mesmo que nos primeiros tempos te pareça que a mamã está mais atenta à mana do que a ti, acredita que não será bem assim. A mana precisará de cuidados, que dependerão da mamã, tal como aconteceu contigo, quando nasceste. Afinal de contas, a mamã é a única cá em casa com maminhas para alimentar a mana.
Os bebés pequeninos, e tu já foste um, precisam de muito leitinho, para crescerem fortes e saudáveis. E, como não sabem controlar os xixis e os cocós, precisam que a fralda seja trocada imensas vezes. Não é a tarefa mais agradável de todas, mas é necessária, e tu depois também poderás experimentar.
Quando tu nasceste, a mamã e o papá viveram para ti, só para ti. Tudo o resto deixou de existir para nós. Mas, desta vez, a mana não terá a sorte e privilégio que tu tiveste. A mana irá nascer e desde logo vai aprender que os papás não são apenas dela, mas são dos dois. É provável que o papá esteja presente mais vezes nas tuas atividades, para que a mamã possa cuidar da mana, naquelas coisas que só as mamãs sabem fazer. Mas, a mamã terá saudades de estar contigo nas atividades, por isso, não te habitues à presença do papá. Assim que eu compreenda os horários em que a mana precisa de cuidados, serei eu a acompanhar-te às tuas atividades, como sempre o fazemos. Está bem?
Quando a mana nascer, e tiver que mamar muitas vezes por dia e por noite, a mamã poderá ficar mais cansada e com sono. Mas, prometo que mesmo que tenha sono, não deixarei nunca de pensar em ti, de conversar contigo, de escutar as tuas histórias e aventuras, de te dar miminhos e de te contar a história da noite. Nem que a história da noite tenha que ser contada noutra hora diferente. Combinado?
Algumas coisas poderão mudar nos primeiros tempos, mas são coisas normais, compreendes?

Tu tens a sorte de ser o mano mais velho, sabias?
Terás a oportunidade de ver uma bebé a crescer. Claro que ela é menina e tu menino. Mas, verás algumas das coisas que os papás te faziam quando eras pequenino. Porque não seremos diferentes com a mana, seremos os mesmos papás que fomos quando nasceste. Por isso, saberás exatamente como os papás gostavam e cuidavam de ti.
A mana nunca poderá ver isso. A não ser que tenhamos mais um bebé, mas acho que dois já chega, não achas?
Tu poderás voltar a brincar com os teus brinquedos. UAU! Vais poder matar saudades deles, que fixe! A mana irá usar muitos dos teus brinquedos, e da tua roupa, também. Tu tiveste tudo novo, comprado a pensar em ti. A mana terá muitas coisas que não foram compradas a pensar nela. Por isso, tu és mais sortudo do que ela!
Tu foste nosso filho único durante 7 anos. A mana nunca saberá o que isso é. A mana nunca saberá o que é ter os papás só para ela, durante tanto tempo. Já pensaste nisso? Já pensaste na quantidade de coisas que já fizemos, sozinhos? A mana não saberá o que isso é. Tu tiveste experiências únicas connosco, já viajaste para tantos locais connosco, já fizeste tantas coisas lindas connosco. A mana fará muitas coisas lindas e visitará muitos locais, mas sempre contigo. Porque tu és o mano mais velho, e serás o mano mais perfeito que ela poderá ter.
Ela será a menina pequenina cá de casa, e irá ver em ti um mano grande, forte, inteligente e brincalhão, que lhe irá ensinar tantas coisas fantásticas! Ela vai ficar tão orgulhosa de ti, e vai contar aos amiguinhos todos que o mano dela é o melhor mano do mundo!
E tu, meu amor? Terás uma mana, já viste? Uma mana, do tamanho de uma boneca. Vais poder brincar com ela, ensinar-lhe coisas lindas, ensinar-lhe que as coisas feias não se fazem e, por aí, fora… O que queres ensinar à mana?
Meu amor… Tu serás sempre o nosso filho especial. Foi por teres nascido, que a mamã e o papá se tornaram pais. Foi por teres nascido que a mamã e o papá quiseram ser pessoas melhores, quiseram ensinar-te tantas coisas que aprendemos. Foi por teres nascido que nós aprendemos a amar alguém com aquele amor que vai para além do universo.
Tu és o nosso filho, e o que sentimos por ti, será sempre tão grande, mas tão grande, que nunca conseguiremos descrever.

AMO-TE MUITO, GABRIEL!"


a mamã Lu

sábado, outubro 8

15 atividades de Halloween para fazer com os mais novos

O post é de 2016.

Mas as ideias são sempre atuais. :)

E assim damos início a mais uma data festiva: o Halloween.

Se quiserem ler o que escrevi no post original podem ler aqui.


01

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05

06

07

08

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sexta-feira, outubro 7

Reparar as asas para não cortar as deles...

 

Podem ter-me cortado as asas, mas eu apoiar-te-ei para que voes bem alto…

Podem ter-me cortado as asas, mas eu sempre apoiarei os teus voos para que voes sem as mesmas dificuldades do que eu.

E de tudo farei para distanciar-me daquilo que é a tua viagem e daquilo que foi meu.

As asas são tuas, faz delas o que quiseres, porque este voo é o teu.

 

Muitos pais depositam nos filhos as suas próprias ambições. E esquecem-se que ao fazê-lo não os permitem viver de acordo com as suas próprias convicções. E isso é perpetuar comportamentos e voltar a cortar as asas ao invés de lhes dar espaço para voarem.

Por outro lado, remetem-se à aceitação de quem não podem nunca mais levantar voo e voar. Acreditam que a sua vez já passou, que não há volta a dar.

 

Se és um desses pais/mães, acredita nisto: não tem que ser assim.

Como seres independentes que seremos, eles e nós, teremos direito a viagens diferentes. Cada um tem direito ao seu próprio caminho.

Foquem-se nos vossos sonhos, mesmo que demorem mais tempo do que gostariam, a lá chegar.

E olhem para o caminho dos vossos filhos como algo único. É deles. Não é vosso. Por isso, são eles que escolhem onde querem ir.

Apoiem-nos, olhando para eles com os seus próprios olhos. Apoiem os seus voos, mas não permaneçam com as vossas asas quebradas para sempre.

 

Não podemos mudar o passado, nem o nosso nem o de ninguém. Mas podemos aprender com ele e mudar o nosso futuro.

Da mesma forma que o fazemos, estamos a ensinar aos nossos filhos que mesmo que as suas asas ganhem feridas, o mais importante é não se darem por vencidos e tentarem de novo. A qualquer momento da sua vida.

 

Pais e mães, reparem as vossas feridas e voem. E, de feridas curadas, sereis ainda mais capazes de os ajudar a voar.




quinta-feira, outubro 6

A brincar eles aprendem tanto e nós percebemos muito.

A brincar eles aprendem tanto e nós percebemos muito.

Brincar é sim uma ferramenta essencial.

Uma ferramenta essencial para todos nós. Para eles, crianças, que se divertem ao mesmo tempo que aprendem mil e uma coisas. Para nós, que percebemos o que eles absorvem sobre nós. Para eles, que colocam a criatividade em prática. Para nós que recordamos como é bom ser criança. Para eles, que se ocupam de forma prazerosa, para nós que os observamos contentes e realizados.

Se estivermos bem atentos percebemos como eles nos dão pistas do que está bem e do que temos que melhorar.

Brincar ao faz de conta permite colocar cada um de nós em diferentes personagens. As personagens mudam, os nomes até podem mudar, mas os comportamentos de cada um é colocado no devido lugar. Hoje, a Estrela colocou as suas barbies para dormir. Colocou mãe e filha, e a mãe a segurar um livro. E aqui, não é apenas a sua criatividade a funcionar. É a sua vivência a ser transportada para aquelas personagens. E é tão lindo de se ver. Claro está que eu pedi-lhe para registar. E aqui fica o registo. Para ela (e eu), mais tarde, recordar.

 

O que já descobriram por aí que vos chamou à atenção?

Ou não costumam estar atentos a estes pequenos GRANDES sinais?




quarta-feira, outubro 5

DIY: Luvas e meias para bonecas (gloves and socks for baby dolls)

Hoje partilho um DIY. O Outono já chegou e o Inverno não tarda a chegar. Por isso, é hora de preparar as roupas para estas estações.

Claro que umas meias quentinhas e um par de luvas caem sempre bem.

Nós gostamos e, ao que parece, as bonecas também :)

Pelo menos cá por casa. Estas peças de roupa tornaram-se tradição o ano passado, quando um dia, a Estrela pediu umas meias para a sua "bebé". E lá fizemos o conjunto completo...

Agora não faltam meias e luvas por aqui. Aproveitamos as luvas que não servem mais e construímos novas para este ano. Basta cortar as luvas e voilá! Temos luvas e meias para os bebés (das nossas crianças).

O que acharam desta ideia?





As fotos não são grande coisa. Foram as primeiras que tirei, quando fiz isto pela primeira vez.

Prometo que atualizo com fotos melhores.

terça-feira, outubro 4

"Aproveita, que passa rápido!"

"Aproveita, que passa rápido!"

Esta deve ser uma das frases que mais ouvimos desde que nos descobrimos grávidas. Dito desta forma, bem lá no começo da gravidez, em que tudo ainda parece meio surreal, não queremos acreditar. Achamos que é conversa de gente velha, que já não tem forma de fazer o tempo voltar (desculpem os mais velhos, lá chegaremos, pelo menos, eu quero chegar).

À medida que o tempo passa, percebemos que realmente é bem verdade. Tão verdade que no dia em que piscamos os olhos por um segundo a mais do que o normal, já passaram anos e nem reparamos.

Por aqui, contamos 13 anos de gente.

Para mim, são (quase) 14 anos a ser mãe, uma vez que descobri a gravidez há quase 14 anos atrás.

O tanto de tempo que passou. O tanto que ele cresceu. O tanto que mudou. O tanto que mudamos. O tanto que envelheci, também. Oops! Nem vale a pena entrar por aqui.

 

Bem… Um filho acelera o tempo, é verdade. Um filho traz adrenalina. Um filho transporta-nos para uma corrida, onde nos sentimos na obrigação de estar sempre na linha da frente, sem perder o controlo daquela nova missão.

E, à medida que o tempo passa, e nos envolvemos no dia-a-dia, a cuidar deles, a levar a nossa vida em torno da deles, a aprender mais sobre a vida em geral, nós esquecemos que o tempo está mesmo a passar, por eles e por nós.

O tempo não para e nós lá continuamos a viver como se ele nem existisse sequer. Até que um dia, ao batermos de frente com novas dificuldades, olhamos para eles, muitas vezes, (às vezes, já em bicos de pés para lhes chegarmos ao queixo, porque estão maiores do que nós), e percebemos que o tempo passou mesmo depressa. E é aí que, ao revivermos a história, percebemos que para além do tempo ter passado, nunca mais será recuperado.

O que fazer então?

Temos várias opções, como para tudo. Cada um escolhe a que mais lhe convier.

Podemos escolher voltar a fechar os olhos e imaginar tudo como se de um sonho se tratasse. Ou podemos tentar parar o tempo para os conseguirmos aproveitar, por um bocadinho mais.

Por muito que muitos pais digam que os filhos são “deles”, não são. Pelo menos a partir do momento que eles decidirem não o serem.

Por isso, a segunda opção é essa, a de os “aproveitar” enquanto temos a limitante capacidade de fazer o tempo “parar”.

Parar para criar histórias, para partilhar momentos, para criar memórias.

Porque um dia, será isso que ficará, as memórias que criamos, que deixamos, que nos marcam…

 

Aqui, o Gabi, há uns anos atrás, quando ainda alinhava comigo para tudo. Hoje em dia, já não é bem assim… E está tudo bem.

 

(Hoje partilho este texto, para vos fazer repensar sobre a importância do tempo, para que possam refletir sobre a efemeridade e a velocidade com que a vida corre. Às vezes, precisamos de relembrar que tudo é passageiro, e que a viagem, que às vezes parece longa demais, é mais curta do que parece. Encontrem a vossa força e paz nestes momentos, que valem ouro, e que uma vez perdidos, não podem ser recuperados!)

 

E eis que escrevo, passado tanto tempo, mais um texto sem revisão. Por isso, para quem está habituado, ignorem qualquer erro ou gralha. Não irei rever, para não correr o risco de alterar a mensagem.



segunda-feira, outubro 3

Atividade do dia: uma parte da nossa vida.

 Perdi a conta à quantidade de vezes que escrevi e falei sobre atividades por aqui.

Perdi, mais ainda, à quantidade de atividades que desenvolvi(emos).

Perdi a conta à quantidade de vezes que prometi partilhar mais e desisti.

Mas, quando falamos em retomar um bocadinho do que sempre foi parte de mim, falamos também sobre as atividades.

 

Estas são algumas das atividades que partilhei pelas redes sociais.

Cada uma conta uma história.

E desta vez sem perguntas, sem promessas, apenas com certezas. Iremos escrever muitas mais e partilharei convosco sempre uma pequena parte delas.

 

E agora uma curiosidade sobre estas atividades: podem ser realizadas com crianças de praticamente todas as idades. Dá para acreditar? Se tiverem dúvidas, podemos confirmar ;)

 

Todas as atividades são simples, construídas e realizadas com materiais muito acessíveis. Não entrarei em detalhes sobre neste post, mas cada atividade permite estimular diferentes competências nas crianças e nos adultos. Porque estar envolvido em atividades não é só sobre ensinar, é sobre partilhar e aprender.

 

É ou não é verdade que nós também aprendemos a brincar? J













domingo, outubro 2

Planear, sem detalhar.

 Fazer planos, sem detalhar.

 

Tremem-me os dedos ao escrever sobre isto.

Não sei se deveria pronunciar-me sobre isto, nem tampouco se o deveria partilhar.

Este mês é para recomeçar:

Voltar a colocar em prática o que ficou por praticar.

Trazer do passado o que lá ficou pendurado.

Sair da zona de conforto, trazendo um bocadinho daquela que foi durante muito tempo a minha zona de conforto.

Falamos sobre planear.

Mas, desta vez, de um modo diferente. Falamos de fazer planos, sem os detalhar.

A vida é tão bonita, mas tão efémera. Não sabemos nunca o dia de amanhã, por isso, por muito que o planeemos sabemos que podemos nem lá chegar.

Não defendo que devamos viver a pensar sobre isto, mas se todos nós nos lembrássemos da nossa efemeridade, pelo menos de vez em quando, talvez fossemos todos um bocadinho melhores.

Este mês tenho planos. Tenho planos, caramba!

É o trazer para o presente um bocadinho de mim, que ficou perdido algures no tempo.

Mas, para cada um não crio expetativas, não os detalho ao pormenor. Não tenho pressas, não tenho horas nem dias marcados. Mas tenho, novamente, planos.

E isso é tão bom.

Claro que, não há plano maior do que estar disponível para estes dois, física e emocionalmente. Todos os dias um bocadinho mais.

(E para mim escrevo, bem vinda de volta, Lu <3)

E para vocês, para que serve o mês de Outubro?




sábado, outubro 1

Bem Vindo, Outubro...



Outubro, de todas as emoções.

Outubro assinala vários marcos na minha história de vida. Em outubro, defini objetivos, concretizei sonhos, tracei planos, alcancei metas. Em outubro a minha vida mudou. Completamente. Para sempre.

Em outubro renasci. Mais do que uma vez. Ao mesmo tempo, em Outubro suspendi muitos planos, deixei sonhos por concluir. Outubro tem, por isso, um sabor agridoce. Próprio de quem planta uma semente e não a consegue colher.

O mês de outubro significa mais para mim do que posso dizer. E é aqui que entra a parte do “quero que a história deste outubro mude novamente”.

 

Voltei atrás no tempo e recuperei parte de um texto escrito há precisamente 3 anos.

Tanta coisa aconteceu durante este tempo, tanta coisa mudou. Tanta coisa há ainda para mudar. Mas o passado, que nos define e nos permite compreender a nossa trajetória, esse permanece igual. E é lá onde devemos encontrar as explicações. Só entendendo o que vem de trás conseguimos avançar.

 Outubro...

Seja Bem Vindo!