Dezembro, sê Mágico. E contamina-nos com essa tua magia, tão única, tão tua...
quinta-feira, dezembro 1
terça-feira, novembro 22
A qual dos filhos devemos pedir desculpa?
Às vezes, não sei se peço desculpa ao primeiro filho por todas as vezes que fomos ao médico ao primeiro sintoma de febre, ou ao segundo por esperar 2 ou 3 dias para ver no que a febre vai dar.
Às vezes, não sei se
peço desculpa ao primeiro filho por o ter ensinado a dormir religiosamente à
mesma hora todos os dias, ou ao segundo porque se falhamos 5 ou 10 minutos está
tudo bem, afinal foi só um dia.
Às vezes, não sei se
peço desculpa ao filho mais velho por ter comido sopa todos os dias ou ao filho
mais novo porque às vezes não há sopa por dias.
Às vezes, não sei se
peço desculpa ao filho mais velho por lhe ter ensinado a escovar os dentes
todos os dias, ou ao filho mais novo que quando está cansado fica para a manhã
seguinte.
Às vezes, não sei se
peço desculpa ao filho mais velho por ter-lhe trocado a roupa pelo pijama sempre
que chegava a casa já a dormir, ou ao segundo que fica em roupa interior quando
adormece pelo caminho.
Às vezes, não sei se
peço desculpa ao filho mais velho ou se a desculpa deve ser para o filho mais
novo, porque se com o primeiro tentei que nada fosse imperfeito, com o segundo
já não o espero perfeito.
Às vezes, não sei se
peço desculpa a um filho ou a outro. E vocês, sabem qual dos vossos vos deve desculpar?
segunda-feira, novembro 21
Dia Nacional do Pijama: através das crianças podemos ensinar os pais.
Através das crianças podemos ensinar os pais.
Apesar do dia oficial ter sido ontem, 20 de Novembro, hoje, um bocadinho por todo o país de Portugal foi comemorado o Dia Nacional do Pijama.
O objetivo deste dia já não é novidade. E, ano após ano, são vários os estabelecimentos de ensino que trabalham para o assinalar da melhor forma.
Por aqui, a Estrela nunca celebrará este dia (pelo menos da forma habitual), mas o Gabi teve a oportunidade de o conhecer e de colaborar.
Recordo-me das conversas que tivemos em torno do objetivo deste dia. O porquê de ir de pijama para a escola...
É difícil contar a uma criança tão pequena que ainda existem muitas crianças sem lar, sem família, sem teto, sem acolhimento. É difícil explicar a uma criança o porquê de tanta disparidade. É difícil para uma criança entender que existem crianças que vivem em realidades, por vezes, tão diferentes da sua.
Talvez porque pareça natural que todas as crianças devam ter o básico. Talvez porque não pareça real, talvez porque pareça uma realidade distante.
Mas, infelizmente, não é. Infelizmente existem mais casos do que talvez os conheçamos. Talvez existam mais crianças a necessitar de ajuda do que as que se encontram sinalizadas. Talvez existam crianças que nunca chegarão a saber o que é ter um lar, uma família...
Não sei de que forma poderemos ajudar a sociedade a acolher e a apoiar mais crianças. Mas sei que será um projeto ao qual, um dia, me dedicarei.
As crianças merecem. E os futuros adultos que elas serão, também.
Que possamos relembrar mais vezes durante o ano este assunto tão delicado.
quarta-feira, novembro 2
O teu filho vai crescer...
O teu filho vai crescer. Não apresses o tempo, porque ele passa a correr.
O teu filho vai crescer. Não tenhas pressa para que se torne “independente”,
porque há muitas coisas que ele precisará, pelo caminho, de aprender.
O teu filho vai crescer. Não tenhas pressa para recuperar o teu tempo e
espaço, porque em breve tudo isso irá sobrar.
Não tenhas pressa. Não corras. Não ligues se o filho da vizinha faz mais
coisas que o teu. Não fiques triste quando a tua prima prioriza a sua “vida”,
te acusa de não o fazeres também, mas deixa o filho com alguém, como se o filho
nem fosse seu.
O teu filho vai crescer e tudo o fazes hoje, mais tarde, ele recordará.
Ele irá lembrar-se das vezes que estiveste lá, do carinho que lhe deste, dos
momentos que partilharam, de todas as coisas que lhe ensinaste. Ele vai
lembrar-se que a sua mamã sempre foi a melhor para ele. Não tenhas pressa. O
tempo voa e tu não poderás voltar atrás.
Aproveita o agora, sem pressas, sem todas essas culpas. O tempo voa. As
memórias ficam.
quinta-feira, outubro 27
Dia Mundial da Terapia Ocupacional
E quando todos julgam
que não há mais solução, lá vem o Terapeuta Ocupacional e tenta dar um jeito.
Começa por trabalhar a fé, a esperança, a motivação; afinal ainda há tanta
coisa por experimentar. Somos crentes por natureza, teimosos por defeito e
persistentes como ninguém. Se a pessoa à nossa frente não está feliz, nós
reinventaremos o mundo se for necessário, para que volte a sorrir novamente.
Depois de aceitarem o
desafio, partimos à descoberta: o que quer fazer? Como faz? Como fez? O que
usa? De que forma? Quem está por perto? Quem o ajuda? Se estiver sozinho também
não terá mal, porque agora está nas mãos do Terapeuta Ocupacional!
Fazemos aquilo que melhor
sabemos, o que ninguém mais sabe fazer: analisamos a atividade e é a partir daí
que todo o trabalho se irá desenvolver. Olhamos atentamente, como quem sabe o
que faz, mas com a curiosidade de quem o vê pela primeira vez. Colocamos a
nossa cabeça a girar para que possamos compreender o que está a impactar aquele
desempenho, envolvimento ou funcionalidade afinal. Damos voltas e mais voltas, criamos
as nossas próprias hipóteses, percorremos catálogos, estudos, conversamos com
colegas, e saltamos até todas as lojas. Afinal, se todos somos diferentes, não podemos
olhar para duas pessoas de forma igual.
Suspiramos de felicidade,
assim que “encontramos” a peça que faltava. Agora sim, sabemos o que limita o
nosso cliente. Só precisamos de adaptar isto ou aquilo, criar o que fica ali ao
lado, e trabalhar algumas competências para que tudo junto possa ser bem assimilado.
E quando, por algum
motivo, esta solução tiver que ser diferente? Aí, começamos de novo, e tentamos
tudo novamente. Por vezes, partimos à descoberta de novos interesses. E a
análise da atividade, com jogos pelo meio, torna-se mais aliciante. E no meio
desse processo, é o cliente que nos diz: sem si nunca teria conseguido fazer
isto de novo, ou sentir-me tão realizado a desenvolver algo que nunca fiz.
Este poderia ser um
resumo bem resumido de uma intervenção da Terapia Ocupacional. Mas, novamente,
como cada pessoa é um ser único, há muitas partes que não foram aqui descritas.
Quando tiver dúvidas
sobre o nosso papel, lembre-se: promovemos a autonomia, independência e a
funcionalidade, contribuindo assim para a sua qualidade de vida (que é como
quem diz de forma simples, para a sua felicidade).
quarta-feira, outubro 26
Os meus filhos são perfeitos e os teus?
Poderia escrever
todos os dias sobre eles e mesmo com um texto por dia, não seria suficiente
para enumerar o quanto eu gosto deles.
Eles são o melhor da
minha vida, são o melhor que a vida me deu.
Há quem olhe para os
filhos como seres perfeitos, imaculados, que não veja neles os defeitos e
procure sempre apontar o dedo ao outro por algo que talvez seja seu. Há quem os
olhe como imperfeitos que são e os condene, que os julgue por errarem, por não
serem capazes de mais. E depois há as mães (e pais) como eu, que os olho como
seres imperfeitos que são, e veja que é aí que reside a sua perfeição.
De olhos postos nos
seus gestos, atitudes e palavras, consigo encontrar o reflexo do meu eu. De
olhos atentos consigo compreender que, uma grande parte de tudo isso é meu. E é
também por isso que eles se tornam perfeitos. Porque me mostram, sem que
percebam, que eu sou imperfeita (mais do que desejaria, muitas vezes), dando-me
assim a oportunidade perfeita para que eu possa melhorar. Ensinam-me ainda que
o mais importante no ser humano não é o “não errar”. O problema começa quando cegamos
ao ponto de atribuir todos os erros e falhas a eles, não as assumindo, em primeiro
lugar como algo que vem de nós mesmos.
Os meus filhos são
perfeitos. Não porque fazem tudo como seria “socialmente” correto, expetável ou
desejado. Não são perfeitos porque são lindos (ninguém escolhe nascer “feio”),
não são perfeitos porque sabem isto ou aquilo. São perfeitos porque, para além
de me ensinarem tanto, mais do que alguém algum dia seria capaz, ainda têm a
extensa capacidade de aprender, também. São perfeitos porque estão dispostos a
conhecer mais, a evoluir, e porque conseguem encontrar em si mesmo a motivação
para continuar. São perfeitos porque são genuínos e verdadeiros, porque não
escondem como são. São perfeitos porque são como eles, não tentem ser como mais
ninguém. São perfeitos porque são capazes de apreciar o mais pequenino detalhe
e olhar para ele como o maior tesouro do mundo.
Poderei sempre anotar
e conversar com eles sobre o que gostaria que melhorassem, que fizessem mais ou
melhor, mas não permitirei que seja esse o meu foco. Gosto deles como são. Sem
tirar nem acrescentar.
São perfeitos não
porque se encaixam naquele conceito irreal de perfeição, mas porque tornam toda
a minha vida em algo mágico e perfeito, e mesmo assim continua a ser real.
Os meus filhos são
perfeitos e os teus?
sexta-feira, outubro 21
Realidade versus Expetativa #1
Durante as últimas semanas tenho andado a reorganizar-me. Andei a recuperar memórias de coisas boas que fui criando com o Gabi e a Estrela. E o sentimento que surge é tão bom que não posso deixar estas memórias apenas comigo.
Quem se lembra da rúbrica "Expetativa versus Realidade"?
O que acham se voltarmos com mais alguns "episódios"?
(E que pequeninos eles eram...)
terça-feira, outubro 18
A Visão da Mãe vs A Visão da Terapeuta
Eu costumo dizer que os Terapeutas são chatos. Chatos e picuinhas. (Desculpem coleguinhas. Somos chatos connosco próprios, porque para os nossos clientes somos os mais fixes. J)
Enquanto uma mãe, por
exemplo, prepara atividades porque gosta, ou porque são fáceis ou estão na
moda; porque são bonitas ou porque a faz lembrar as atividades da sua infância;
um Terapeuta Ocupacional olha para algo mais: a durabilidade do material, a sua
consistência, o seu tamanho, a sua textura, a quantidade de atividades que poderá
adaptar a partir dali, e por aí fora…
Enquanto uma mãe
compra ou prepara uma atividade para explorar e às vezes só tem em consideração
o preço ou a dimensão, um Terapeuta Ocupacional pensa um bocadinho mais além e
analisa, ao pormenor, de que forma a poderão desenvolver e quais as
competências que serão possíveis promover. Pensa ainda a que tipo de clientes será
contraindicado.
Um Terapeuta
Ocupacional tem sim uma visão diferente.
E é essa mesma visão
que trará muitas das respostas que precisará encontrar de cada vez que tiver,
na sua frente, uma nova pessoa para ajudar.
Nesta publicação,
encontram um post antigo. Lembram-se disto? Vamos voltar? Simmm! (a resposta
está dada, já não vale dizer que não, ahah).
segunda-feira, outubro 17
Da Terapia Ocupacional para o blog...
Há muito tempo
atrás, prometi partilhar um bocadinho mais sobre a minha profissão.
Hoje é o dia!
Apesar de neste
momento trabalhar em saúde mental com adultos, já trabalhei em pediatria. As
áreas da saúde mental e pediatria são as minhas áreas de eleição. E apesar de
poderem parecer distantes, têm muitos pontos em comum.
Para quem não conhece
o meu percurso profissional, e focando apenas na área da pediatria, comecei por
trabalhar em contexto clínico. Aqui, acompanhei crianças em intervenção precoce
e primeira infância. Trabalhei ainda em contexto domiciliar e escolar,
acompanhando crianças de várias idades, com as mais variadas condições.
São poucas as
áreas da pediatria que não me fascinam. Mas tenho especial interesse pelas
áreas da neura diversidade, incluindo o autismo e a hiperatividade, pelas áreas
da dificuldade de aprendizagem, e algumas mais.
Sempre gostei da
infância. Gosto dos desafios que as crianças nos colocam, das perguntas sem
resposta que nos fazem. Gosto da forma como são transparentes connosco e da
forma como se motivam com apenas um sorriso. Gosto da garra delas. Gosto da
forma como se empenham para cumprir uma tarefa, mesmo que tenham, por vezes,
tantas e tantas dificuldades. Gosto da forma como se apresentam felizes, mesmo
que carreguem o peso de um avida às costas, e mesmo com umas costas tão
pequeninas, ainda carreguem, tantas vezes, o peso da sociedade. Gosto da sua
humildade e da forma como tentam comunicar das mais diversas formas, mesmo que
por vezes, não tenham sequer uma única forma para o fazer.
Trabalhar em
pediatria abriu-me os olhos para o Mundo. Fez-me perceber o quão pequeninos nós
somos quando comparados com estes pequeninos grandes seres. Fez-me perceber que
na infância reside quase tudo o que trazemos para a vida adulta. E fez-me
aprender a olhar a vida como uma sorte.
Da Terapia
Ocupacional para a minha vida trago praticamente tudo. Trago o conhecimento, que
preciso seriamente de continuar a expandir; a capacidade de análise, que trago
sempre comigo de cada vez que observo os meus filhos; a capacidade de
adaptação, que desenvolvo todos os dias, e muitas vezes são a solução para
algumas exigências,…
Deste lado, fico
muito feliz quando me abordam para colocar dúvidas, quando contactam-me para
questionar sobre algo. Chegou a altura de dar-vos mais. Quero dar um bocadinho
do pouco que sei. Quero fazer-vos chegar mais ferramentas, simples e acessíveis,
para que possam usar, vocês também, com os vossos filhos.
E vocês, querem
saber um bocadinho mais sobre este meu mundo?
Por onde acham
que devo começar?
terça-feira, outubro 11
Carta ao Filho Mais velho
Olá!
Hoje trago mais um post bem antigo. Este é um post bem especial e um dos mais lidos aqui no blog.
Trata-se de uma "Carta ao Filho mais velho", escrita para o Gabriel antes do nascimento da Estrela.
É curioso reler esta carta. E pensar em tudo o que aconteceu desde então.
Esta foi a introdução do post, que contextualiza porque a escrevi.
Algum tempo antes do nascimento da Estrela, escrevi uma carta para o Gabriel. O que a motivou foi o enorme receio da sua adaptação a todas as mudanças que estariam para acontecer. Assim, de forma a explicar que o nascimento da irmã traria mudanças temporárias na sua rotina, fiz-lhe esta carta. Partilho convosco, na esperança de inspirar alguma mãe que esteja a passar pelo mesmo...
Mas hoje não é por aqui que iremos. Deixo-vos a carta:
sábado, outubro 8
sexta-feira, outubro 7
Reparar as asas para não cortar as deles...
Podem ter-me cortado
as asas, mas eu apoiar-te-ei para que voes bem alto…
Podem ter-me cortado
as asas, mas eu sempre apoiarei os teus voos para que voes sem as mesmas
dificuldades do que eu.
E de tudo farei para
distanciar-me daquilo que é a tua viagem e daquilo que foi meu.
As asas são tuas, faz
delas o que quiseres, porque este voo é o teu.
Muitos pais depositam
nos filhos as suas próprias ambições. E esquecem-se que ao fazê-lo não os
permitem viver de acordo com as suas próprias convicções. E isso é perpetuar
comportamentos e voltar a cortar as asas ao invés de lhes dar espaço para
voarem.
Por outro lado, remetem-se
à aceitação de quem não podem nunca mais levantar voo e voar. Acreditam que a
sua vez já passou, que não há volta a dar.
Se és um desses
pais/mães, acredita nisto: não tem que ser assim.
Como seres
independentes que seremos, eles e nós, teremos direito a viagens diferentes. Cada
um tem direito ao seu próprio caminho.
Foquem-se nos vossos
sonhos, mesmo que demorem mais tempo do que gostariam, a lá chegar.
E olhem para o
caminho dos vossos filhos como algo único. É deles. Não é vosso. Por isso, são
eles que escolhem onde querem ir.
Apoiem-nos, olhando
para eles com os seus próprios olhos. Apoiem os seus voos, mas não permaneçam
com as vossas asas quebradas para sempre.
Não podemos mudar o
passado, nem o nosso nem o de ninguém. Mas podemos aprender com ele e mudar o
nosso futuro.
Da mesma forma que o
fazemos, estamos a ensinar aos nossos filhos que mesmo que as suas asas ganhem
feridas, o mais importante é não se darem por vencidos e tentarem de novo. A
qualquer momento da sua vida.
Pais e mães, reparem
as vossas feridas e voem. E, de feridas curadas, sereis ainda mais capazes de
os ajudar a voar.
quinta-feira, outubro 6
A brincar eles aprendem tanto e nós percebemos muito.
A brincar eles
aprendem tanto e nós percebemos muito.
Brincar é sim uma
ferramenta essencial.
Uma ferramenta
essencial para todos nós. Para eles, crianças, que se divertem ao mesmo tempo
que aprendem mil e uma coisas. Para nós, que percebemos o que eles absorvem sobre
nós. Para eles, que colocam a criatividade em prática. Para nós que recordamos
como é bom ser criança. Para eles, que se ocupam de forma prazerosa, para nós
que os observamos contentes e realizados.
Se estivermos bem
atentos percebemos como eles nos dão pistas do que está bem e do que temos que
melhorar.
Brincar ao faz de
conta permite colocar cada um de nós em diferentes personagens. As personagens
mudam, os nomes até podem mudar, mas os comportamentos de cada um é colocado no
devido lugar. Hoje, a Estrela colocou as suas barbies para dormir. Colocou mãe
e filha, e a mãe a segurar um livro. E aqui, não é apenas a sua criatividade a
funcionar. É a sua vivência a ser transportada para aquelas personagens. E é
tão lindo de se ver. Claro está que eu pedi-lhe para registar. E aqui fica o
registo. Para ela (e eu), mais tarde, recordar.
O que já descobriram
por aí que vos chamou à atenção?
Ou não costumam estar
atentos a estes pequenos GRANDES sinais?
quarta-feira, outubro 5
DIY: Luvas e meias para bonecas (gloves and socks for baby dolls)
Hoje partilho um DIY. O Outono já chegou e o Inverno não tarda a chegar. Por isso, é hora de preparar as roupas para estas estações.
Claro que umas meias quentinhas e um par de luvas caem sempre bem.
Nós gostamos e, ao que parece, as bonecas também :)
Pelo menos cá por casa. Estas peças de roupa tornaram-se tradição o ano passado, quando um dia, a Estrela pediu umas meias para a sua "bebé". E lá fizemos o conjunto completo...
Agora não faltam meias e luvas por aqui. Aproveitamos as luvas que não servem mais e construímos novas para este ano. Basta cortar as luvas e voilá! Temos luvas e meias para os bebés (das nossas crianças).
O que acharam desta ideia?
As fotos não são grande coisa. Foram as primeiras que tirei, quando fiz isto pela primeira vez.
Prometo que atualizo com fotos melhores.
terça-feira, outubro 4
"Aproveita, que passa rápido!"
"Aproveita,
que passa rápido!"
Esta deve
ser uma das frases que mais ouvimos desde que nos descobrimos grávidas. Dito desta
forma, bem lá no começo da gravidez, em que tudo ainda parece meio surreal, não
queremos acreditar. Achamos que é conversa de gente velha, que já não tem forma
de fazer o tempo voltar (desculpem os mais velhos, lá chegaremos, pelo menos,
eu quero chegar).
À medida
que o tempo passa, percebemos que realmente é bem verdade. Tão verdade que no
dia em que piscamos os olhos por um segundo a mais do que o normal, já passaram
anos e nem reparamos.
Por aqui,
contamos 13 anos de gente.
Para mim,
são (quase) 14 anos a ser mãe, uma vez que descobri a gravidez há quase 14 anos
atrás.
O tanto de
tempo que passou. O tanto que ele cresceu. O tanto que mudou. O tanto que
mudamos. O tanto que envelheci, também. Oops! Nem vale a pena entrar por aqui.
Bem… Um
filho acelera o tempo, é verdade. Um filho traz adrenalina. Um filho transporta-nos
para uma corrida, onde nos sentimos na obrigação de estar sempre na linha da
frente, sem perder o controlo daquela nova missão.
E, à medida
que o tempo passa, e nos envolvemos no dia-a-dia, a cuidar deles, a levar a
nossa vida em torno da deles, a aprender mais sobre a vida em geral, nós
esquecemos que o tempo está mesmo a passar, por eles e por nós.
O tempo não
para e nós lá continuamos a viver como se ele nem existisse sequer. Até que um
dia, ao batermos de frente com novas dificuldades, olhamos para eles, muitas
vezes, (às vezes, já em bicos de pés para lhes chegarmos ao queixo, porque
estão maiores do que nós), e percebemos que o tempo passou mesmo depressa. E é
aí que, ao revivermos a história, percebemos que para além do tempo ter
passado, nunca mais será recuperado.
O que fazer
então?
Temos
várias opções, como para tudo. Cada um escolhe a que mais lhe convier.
Podemos
escolher voltar a fechar os olhos e imaginar tudo como se de um sonho se
tratasse. Ou podemos tentar parar o tempo para os conseguirmos aproveitar, por
um bocadinho mais.
Por muito
que muitos pais digam que os filhos são “deles”, não são. Pelo menos a partir
do momento que eles decidirem não o serem.
Por isso, a
segunda opção é essa, a de os “aproveitar” enquanto temos a limitante
capacidade de fazer o tempo “parar”.
Parar para
criar histórias, para partilhar momentos, para criar memórias.
Porque um
dia, será isso que ficará, as memórias que criamos, que deixamos, que nos
marcam…
Aqui, o
Gabi, há uns anos atrás, quando ainda alinhava comigo para tudo. Hoje em dia, já
não é bem assim… E está tudo bem.
(Hoje partilho
este texto, para vos fazer repensar sobre a importância do tempo, para que
possam refletir sobre a efemeridade e a velocidade com que a vida corre. Às vezes,
precisamos de relembrar que tudo é passageiro, e que a viagem, que às vezes parece
longa demais, é mais curta do que parece. Encontrem a vossa força e paz nestes
momentos, que valem ouro, e que uma vez perdidos, não podem ser recuperados!)
E eis que
escrevo, passado tanto tempo, mais um texto sem revisão. Por isso, para quem está
habituado, ignorem qualquer erro ou gralha. Não irei rever, para não correr o
risco de alterar a mensagem.
segunda-feira, outubro 3
Atividade do dia: uma parte da nossa vida.
Perdi a conta à quantidade de vezes que escrevi e falei sobre atividades por aqui.
Perdi, mais ainda, à
quantidade de atividades que desenvolvi(emos).
Perdi a conta à
quantidade de vezes que prometi partilhar mais e desisti.
Mas, quando falamos
em retomar um bocadinho do que sempre foi parte de mim, falamos também sobre as
atividades.
Estas são algumas das
atividades que partilhei pelas redes sociais.
Cada uma conta uma
história.
E desta vez sem
perguntas, sem promessas, apenas com certezas. Iremos escrever muitas mais e
partilharei convosco sempre uma pequena parte delas.
E agora uma
curiosidade sobre estas atividades: podem ser realizadas com crianças de
praticamente todas as idades. Dá para acreditar? Se tiverem dúvidas, podemos
confirmar ;)
Todas as atividades são
simples, construídas e realizadas com materiais muito acessíveis. Não entrarei
em detalhes sobre neste post, mas cada atividade permite estimular diferentes
competências nas crianças e nos adultos. Porque estar envolvido em atividades
não é só sobre ensinar, é sobre partilhar e aprender.
É ou não é verdade
que nós também aprendemos a brincar? J
domingo, outubro 2
Planear, sem detalhar.
Fazer planos, sem detalhar.
Tremem-me os
dedos ao escrever sobre isto.
Não sei se deveria
pronunciar-me sobre isto, nem tampouco se o deveria partilhar.
Este mês é para
recomeçar:
Voltar a
colocar em prática o que ficou por praticar.
Trazer do
passado o que lá ficou pendurado.
Sair da zona
de conforto, trazendo um bocadinho daquela que foi durante muito tempo a minha
zona de conforto.
Falamos sobre
planear.
Mas, desta
vez, de um modo diferente. Falamos de fazer planos, sem os detalhar.
A vida é tão
bonita, mas tão efémera. Não sabemos nunca o dia de amanhã, por isso, por muito
que o planeemos sabemos que podemos nem lá chegar.
Não defendo
que devamos viver a pensar sobre isto, mas se todos nós nos lembrássemos da
nossa efemeridade, pelo menos de vez em quando, talvez fossemos todos um
bocadinho melhores.
Este mês tenho
planos. Tenho planos, caramba!
É o trazer
para o presente um bocadinho de mim, que ficou perdido algures no tempo.
Mas, para cada
um não crio expetativas, não os detalho ao pormenor. Não tenho pressas, não
tenho horas nem dias marcados. Mas tenho, novamente, planos.
E isso é tão
bom.
Claro que, não há plano maior do que estar disponível para estes dois, física e emocionalmente. Todos os dias um bocadinho mais.
(E para mim escrevo,
bem vinda de volta, Lu <3)
E para vocês, para
que serve o mês de Outubro?