sábado, outubro 31

3 Atividades de Halloween para Imprimir

 Deixo o link para 3 atividades muito simples para este dia de Halloween.

Encontrei estas atividades através de pesquisas do google. Não são da minha autoria, deixo apenas o link onde podem fazer o downoal. Aproveitem para espreitar esses sites, porque terão outras ideias para atividades.

Para abrir basta clicar:


BINGO

disponível através do site The Cozy Red Cottage


Imagens para plasticina

Disponível no site The Printables Fairy


Imagens "Dot Markers"

Disponível no site da "The Resourceful Mama"

sexta-feira, outubro 30

Atividades simples e estimulantes usando COPOS

 Olá a todos!


Hoje vou apresentar-vos algumas atividades que podem ser realizadas com um material tão simples como o COPO.

Muitas vezes, sentimos dificuldade em encontrar os materiais "perfeitos" para realizar atividades com os nossos filhos e acabamos por deixar de fazer esta ou aquela atividade. Mas, se olharmos ao nosso redor, seremos capazes de adaptar com muita facilidade tantos materiais que fazem parte do nosso dia a dia. O propósito deste tipo de posts é este: contribuir para a normalização e simplificação das atividades.

Afinal de contas, brincar é tão fácil ;)


Hoje deixo algumas das atividades que fazemos por cá. Irei trazer um novo post com os copos, reunindo uns materiais imprimíveis e as ideias que foram partilhando comigo (esta semana tem sido bem corrida e não consegui reunir tudo o que queria neste post, por isso, dividirei em dois. Obrigada desde já por todas as partilhas que fizeram via instagram)


TRANSFERÊNCIAS E CATEGORIZAÇÃO

Os copos são excelentes recipientes para desenvolver atividades de transferência (colocar objetos de um copo para o outro, verter líquidos ou sólidos entre dois recipientes). Estas atividades podem ser realizadas desde cedo, a partir do momento que os bebés começam a manipular objetos e a colocar intenção no movimento (ou seja, a partir do momento que tentam levar o objeto de forma intencional a um local específico). De forma geral, arrisco dizer que entre os 6-9 meses será uma boa fase para iniciar atividades deste tipo.

As atividades de categorização surgirão um bocadinho mais tarde, por volta dos 12 meses. Começamos por atividades de categorização da cor (estes copos são ótimos porque são coloridos) e não precisamos de muito mais: os nossos amigos marcadores, lápis de cor, lapis de cera são objetos que habitualmente existem em nossas casas e permitem este exercício de estimulação. Mas podemos adaptar, reunindo todo o tipo de objetos que existirem por casa, ou claro, criar materiais diferentes, caso seja vossa pretensão.

Ainda na categorização, poderemos adicionar novas pistas, como separar por letras ou números, a partir da idade do pré-escolar, ou seja, a partir dos 3 anos (ou 3 anos e meio, altura durante a qual a criança demonstrará um maior interesse neste tipo de aprendizagem). Para isso, basta identificar o exterior do copo com o sinal pretendido e a atividade está pronta para ser um sucesso ;)


ATIVIDADES SENSORIAIS

Esta é mais uma das atividades de longa duração. Alterar a temperatura dos objetos ou a forma é um meio meio para estimular os sentidos das crianças. Pode ser realizada em diferentes faixas etárias (desde que são bebés), mas o interesse permanecerá por muito tempo (anos). Os copos servem de suporte à água e objetos a colocar no congelador. Aqui, a cor verde foi conseguida com o que sobrou das cores dos marcadores antigos.
A sua exploração pode ser feita de diferentes formas, mas o interesse da criança está garantido em qualquer uma delas.



ESCONDER OBJETOS

Mais uma das atividades que terá uma vida longa. Podemos iniciá-la por volta dos 18 meses, colocando objetos por baixo dos copos e permitindo à criança a sua procura. Costumava realizar esta atividade com cerca de 10 ou mais copos, alinhados em fila e com vários objetos para procurar debaixo deles. É uma ótima atividade pois permite à criança um maior planeamento e concentração.




EMPILHAR

Qual é a criança que não gosta de construir torres? E quanto maiores, melhor. Podem construir-se torres ou castelos, dependendo do número de copos disponíveis. As crianças serão os melhores condutores desta atividade e poderá ser realizada de formas bem diferentes, como mostram as imagens abaixo.





E é mais uma das atividades intemporais (tal como gosto) :) 


JOGOS TRADICIONAIS

Porque o movimento é muito importante, podemos optar por atividades mais dinâmicas. Utilizando uma base (aqui a raquete) podemos colocar um ou vários copos sobre a base e a criança terá que percorrer um percurso (simples ou com obstáculos) para chegar à meta. Quanto maior a criança maior poderá ser a dificuldade. Podemos, por exemplo, encher os copos com água e escolher uma base cada vez mais estreita para que a dificuldade aumente.
 




E para hoje, é tudo o que queria partilhar. Tentei colocar uma breve descrição de como poderão ir incrementando dificuldade às atividades e de que forma podem reaproveitar os materiais. Criar atividades é algo bem simples se não as complicarmos. Grande parte das vezes, as crianças dão-nos as pistas do que preferem e basta um bocadinho de atenção para sermos capazes de nos envolvermos por completo na criação de atividades com elas. Afinal de contas, elas só querem brincar. E nós, ficamos tão felizes quando elas estão bem.

Para quê complicar? Brincar é tão simples!

segunda-feira, outubro 26

Nem todas as mudanças são tão simples como uma mudança de visual.

 Há mudanças e mudanças...

É necessário pensar sobre elas com a seriedade que merecem. Mas é importante deixar que a mudança aconteça. Independentemente de tudo o que possa acontecer, neste momento, esta foi a melhor decisão.

Escrevi este texto em Agosto de 2018. Na altura tinha mudado radicalmente de visual (cortado e pintado). Algumas pessoas questionaram-me sobre como tinha tido coragem para o fazer. E fiquei a pensar sobre o que era a coragem, afinal.


Muitas vezes, sentimos que é necessário ter coragem para mudar o visual. Pensamos e repensamos na cor e forma que queremos dar ao cabelo, por exemplo. Pedimos sugestões a amigas mais próximas e a familiares. Ponderamos dias, semanas, por vezes, até meses, antes de “arriscar” nessa mudança. Parece uma mudança tão complicada, mas no fundo é uma mudança bastante frequente. Quem nunca foi muito de mudar o aspeto visual, tal como eu, deve sentir-se um bocadinho assim. O medo que não fique como esperado se é que havia algum desejo específico… Apesar do medo, a única resistência a essa mudança somos nós.

Da última vez que fui ao cabeleireiro, arrisquei, sem medo, sem vergonha. Sou daquelas que chorava horrores quando via uma tesoura à sua frente e, mesmo com a garantia de que só cortaria 1 cm de cabelo, chorava baba e ranho como se não houvesse amanhã. Desta vez, dei por mim numa de libertadora. As mudanças têm sido necessárias por cá.

 

Cortar o cabelo ou até mudar a sua cor é uma mudança tão simples, quando comparada com outras mudanças pelas quais somos chamados a fazer.

Mudar de cidade ou até de país, faz-nos repensar mil vezes mais do que qualquer mudança de visual. É uma decisão pesada, que deve ser considerada e ponderada em toda a sua plenitude. O que nos motiva para a mudança? O que procuramos? Quais são os nossos planos para esta mudança? Quais são os nossos objetivos a curto, médio e longo prazo? Mesmo que não tenhamos prazo de validade descrito em nenhum membro, devemos ponderar todas as situações. Mudar implica alterar hábitos, rotinas, horários. Mudar implica alterar os locais que habitualmente conhecemos. Implica começar do zero, num novo sítio. Conhecer pessoas novas, integrar um mercado de trabalho diferente. Mudar implica voltar a conhecer toda uma realidade que conhecemos à distância, seja ela grande ou pequena.

Quando pensamos em mudar, repensamos os nossos objetivos enquanto pessoa, casal e ponderamos sobre os nossos deveres enquanto cuidadores. E é aqui que a responsabilidade aumenta. Não estamos apenas a decidir por nós, mas por todos os que são dependentes de nós. Estamos a decidir por quem não tem capacidade para aprender sozinho. Estamos a decidir por alguém que precisa de mais estabilidade do que aquela que procuramos.

 

Não tenho medo da mudança. Já fiz grandes mudanças na minha vida e, felizmente, nunca me arrependi de nenhuma. Sou uma pessoa ponderada, que aceita desafios e que facilmente se adapta a novas coisas.

A mudança vai acontecer. Isso é certo. O caminho ainda não está definido. Só peço a Deus que ilumine cada escolha.




sexta-feira, outubro 23

Marcadores que não pintam? Dê-lhes uma segunda oportunidade!

Agora já podem reaproveitar os marcadores que deixam de pintar.

Sabem quando eles ficam a pintar tão mal mas tão mal que precisamos passar 10 vezes no mesmo sítio para que a cor se note? Dá uma pena colocar no lixo, mas torna-se frustrante pintar dessa forma.

Hoje trago-vos vários motivos para que os possam reaproveitar, dando-lhes uma segunda oportunidade.



INSTRUMENTO MUSICAL

Crianças pequenas deliram com sons. Tudo o que faça som é maravilhoso. Poder levar um instrumento musical para a mesa é também aliciante. Nada melhor do que algo que seja prático e não ocupe muito espaço (na mesa, na mala,...)

As tampas dos marcadores (sobretudo dos mais grossos) são ideias para criar um instrumento feito com o próprio corpo.

Apesar de simples, pode tornar-se numa atividade muito estimulante, tanto a nível sensorial como de motricidade fina.




TRANSFERÊNCIAS

Todas as crianças passam por uma fase em que adoram transferir objetos. Muitas vezes, não sabemos ao certo o que lhes dar. Queremos algo que seja pequeno o suficiente para colocar dentro de um frasco, por exemplo, mas com espaço para que elas possam agarra, sobretudo quando são mais pequenas (bem pequenas mesmo, talvez a partir dos 9, 12 meses já podem experimentar).

Basta um frasco e algumas tampas de marcador para que a diversão aconteça por algum tempo (atenção, algum tempo não é o dia todo. E convém que estejam com supervisão).

Dependendo da idade, podem alternar os recipientes a utilizar. Começar por algum mais baixo e largo e ir alternando para os maiores e mais estreitos.








DESENHAR OU CONSTRUIR

Não é das atividades mais apelativas, porque geralmente as crianças preferem os marcadores para pintar. Mas podem distinguir em duas caixinhas, a dos "marcadores para pintar" e a dos "marcadores para construir". Isso ajudará imenso na hora de brincar.

Podem deixar a criança explorar livremente, dar um molde ou ir inventando formas, letras e desenhos com ela.

Deixem que a criatividade conduzir cada momento.




APROVEITAR A COR QUE NÃO FOI UTILIZADA

Esta é daquelas experiências mais especiais que fiz até hoje. Porquê? Porque durante a quarentena e ainda sem as nossas coisas connosco, não queria investir em coisas que já existiam (mesmo que temporariamente não estivessem connosco). Aproveitando alguns marcadores que estavam gastos fui testando de que formas os poderia reutilizar e integrar em atividades diferentes. Aproveitar a cor que ainda lhes restava passou a ser fundamental. Podem aproveitar a cor de duas formas, dependendo do fim a que se destinem: com mais ou menos água. E veremos abaixo as alternativas para cada uma delas:




COLORIR ARROZ

O arroz é muito fácil de colorir com tinta de marcador. Para isso, têm que mergulhar o marcador em água, uma quantidade pequena. Esperar que a cor passe para a água. Depois é cumprir o procedimento habitual para esta técnica: colocar arroz num recipiente (ou saca), a água corada pelo marcador, agitar, esperar (convém esperar um bocadinho para a cor conseguir firmar no arroz) e deixar secar. Voilá! Arroz colorido. Não testei as cores todas, apenas duas porque eram as que estavam gastas na altura. Mas pelo funcionamento, acredito que resultará com todas.




TRANSFERÊNCIAS COLORIDAS

Da mesma forma, colocar o marcador em água (numa quantidade maior) e esperar que a água ganhe cor. Depois é só utilizar a água tingida pelo marcador para realizar atividades de transferência. Sejam criativos com os recipientes e testem vários: maiores, mais pequenos, mais largos, mais estreitos... Tudo serve para brincar!





GARRAFAS, FRASCOS E POTES SENSORIAIS

As crianças adoram cor. E coisas que se mexam dentro de água colorida nem se fala!

Aproveitem a cor da água para criarem e recriarem todo o tipo de materiais sensoriais. Coloquem tudo o que desejarem ou o que tiverem à disposição. O ideal, sobretudo para utilizar com crianças mais pequenas, é que as garrafas sejam plásticas e a rolha esteja mesmo muito bem fechada!

Diversão, relaxamento, brincadeira... Tudo pode ser objetivo.





RECUPERAR A COR

Esta é uma técnica antiga e da qual já nem me lembrava. Mas, as boas partilhas de quem nos acompanha fizeram reavivar a memória perdida. Obrigada Sílvia :)

Ainda é possível recuperar a cor dos marcadores. Para isso, bastam apenas umas gotas de álcool. Pela parte superior do marcador, talvez com a ajuda de um alicate, retirar a tampinha, colocar o álcool, colocar o marcador na vertical e esperar para que o álcool espalhe. Ficará pronto para mais umas boas pinturas.




Agora pergunto-vos: o que fareis com os marcadores quando eles não pintarem?


Há muito tempo que não fazia um post assim. Digam-me, por favor, a vossa opinião: é útil? Querem mais dicas deste género? Se fizerem alguma destas experiências, não se esqueçam de me contar. Ficarei muito feliz se de alguma forma estiver a ajudar :)


terça-feira, outubro 20

As primeiras semanas na escola nova

O Gabi foi o primeiro dos 4 a contactar com a realidade. De máscara posta e álcool gel na mochila, lá vai ele, todos os dias para uma nova escola.

Quando decidimos sair de Portugal, prevíamos várias dificuldades. Obviamente nunca previmos uma pandemia, nem lá perto. Mas, de alguma forma, a pandemia acaba por tornar-se uma preocupação secundária quando o assunto é a adaptação à escola.

No último post sobre este assunto, partilhei a primeira semana como uma boa semana. Claro que se esperavam mudanças ao longo deste processo de adaptação e continuamos com a certeza de que esta não termina nos primeiros dias de escola.

As semanas seguintes continuaram a ser positivas para o Gabi. Ele fez um amigo, chegava a casa contente porque tinha alguém com quem conversar e aprender algo mais. Mas, o facto de ter iniciado a escola no início do ano letivo deu-lhe uma desvantagem. Se a mudança tivesse ocorrido a meio do ano, ele seria o aluno novo. A possibilidade de ter uma atenção extra seria maior, pelo menos por parte dos professores. Mas, com a pandemia, a entrada na escola de cá foi adiada e entrou no início do ano letivo, como todos os colegas, numa escola que é nova para todos. Alguns já se conheciam, mas muitos não. Portanto, o Gabi passou a ser apenas mais um. Ninguém sabia se ele era ou não português, ninguém lhe dava qualquer atenção extra por isso. Mas aquele amigo foi ajudando a apaziguar as dificuldades que iria começar a encontrar.

Houve um dia que foi o ponto de viragem para que as dificuldades começassem a ser percecionadas pelo Gabi. Com toda a mudança de rotina a saúde do Gabi deu sinal e, para salvaguardar, ficou apenas um dia em casa, e logo logo regressou. Mas esse dia foi decisivo para passar à fase seguinte. O “primeiro amigo” encontrou um novo parceiro e o Gabi andou os dias seguintes mais perdido.

Por cá, tentamos naturalizar sempre as situações. Nada acontece por acaso e não é pelo facto do Gabi não ser fluente ainda que as coisas iriam piorar. Já sabíamos, à partida, que iriam surgir dificuldades. E é com base nisso que o tentamos trabalhar. O Gabi é um menino muito especial, com um potencial incrível para procurar a mudança que precisa. Na semana seguinte tudo melhorou. Foi chamado à parte, para umas conversas individuais. E aí ele sentiu que teria um apoio mais individualizado. Afinal já não era apenas mais um. Já lhe começavam a dar um bocadinho mais de atenção por ser estrangeiro e não dominar por completo a língua. A confiança voltou. A motivação voltou. E o Gabi voltou a estar disponível para tudo. Fez novos amigos, as aulas têm corrido bem, tem aprendido coisas novas e eu acredito que ele está feliz. Pelo menos, para já, é o que tem transmitido.

Mas, vamos acompanhando esta aventura. Adorava vê-lo durante um dia de escola e perceber como é a realidade que está a viver. Mas, na impossibilidade de me transformar em mosca e acompanhá-lo durante o dia, fico apenas a assistir, dando-lhe toda a força que ele precisa para continuar a acreditar que daqui a um anito já nem se lembra das dificuldades que encontrou pelo caminho.

Irei escrever um post com as estratégias que utilizamos para preparar esta mudança. Até lá, só vos posso dar um conselho: levem as coisas com calma, não dramatizem mas também não romantizem, independentemente da situação ou mudança a que os vossos filhos se sujeitem. E, acima de tudo, acreditem na capacidade deles e na capacidade que lhes estais a ensinar.

Daqui a uns tempos tudo poderá estar a correr muito mal. Mas cá estaremos para agir em conformidade, mantendo o nosso lugar de pais.



Obrigada a quem se preocupa connosco e a quem pergunta como está tudo a correr.

terça-feira, outubro 13

Há pessoas realmente especiais: vocês!

Como é mágica a forma de viver de uma criança. Não precisa de muito, não ambiciona muito mais, não se preocupa com o que virá depois nem inveja o que o outro tem. Admira. Ser criança é ter (também) a capacidade para admirar o que tem, o que faz, o que conhece e o desconhecido. Ser criança é ser e agir genuinamente a cada instante, é ser transparente e acreditar que todo o mundo é igual a si.

Serei uma eterna criança. Apesar de algumas experiências provarem exactamente o contrário do que acredito; por aqui tenho encontrado tantos pessoas que acreditam, agem e defendem o mesmo que eu.

O blog é a minha terapia. É aqui que me refugio do mundo, mostrando ao mundo um bocadinho de tudo o que faz parte de mim (e de nós).
E mesmo que, por vezes, a transparência nos possa colocar em "desvantagem" perante um mundo de oportunismo, de maldade, coloca-nos também mais próximos de quem é mais semelhante a nós.

E este ano tem sido tão grande. Nunca me senti tão acarinhada, apoiada e tão amada. Não sei se vos mereço!

As surpresas, os gestos, a disponibilidade de tantos de vocês fazem-me continuar a acreditar num mundo melhor.

Sou muito pequenina neste mundo, mas há pessoas realmente GIGANTES!
Obrigada 




segunda-feira, outubro 12

E, finalmente, o blog mudou.


Ao longo dos tempos, tenho referido várias vezes que estamos em mudança por aqui. Elas vão acontecendo. E hoje chegou o dia de vos apresentar a nossa nova imagem. As mudanças surgem aos poucos, tal como acontece nas mudanças maiores e, aos poucos, com todo o respeito que tenho por mim e pelo tempo que dedico aos meus.

Olho para este cantinho e tenho um carinho enorme por todo o caminho que tem sido escrito. O blog surgiu numa fase de reviravolta completa na minha vida. Tornei-me mãe e a mudança ainda se revelou maior.

 

Sempre fui aquela menina sossegadinha, “na sua”, mas sempre fiz tudo aquilo que estava ao meu alcance para me manter ativa. Estar parada não é propriamente o que mais gosto de fazer, por isso, se houver um desafio eu estarei lá. Adoro pessoas. Adoro estar em contacto com elas, aprender, crescer e ajudar as que mais precisam. E adoro escrever. Ah, como adoro escrever.

Aliei estes dois traços da minha personalidade e resolvi criar, também eu, um cantinho onde pudesse extravasar. Estaríamos em 2010 (?) não me recordo. Passaram 10 anos e este cantinho continua a ter o mesmo objetivo: ser o meu “refúgio”. Aqui sou apenas eu e os dedos, que registam tudo o que o pensamento mandar.

 

Apesar das voltas que a vida deu, tornei-me terapeuta. Não haveria outra formação que me completasse tanto e tão bem. Por mim já passaram centenas de vidas, que confiaram o que de mais importante existe: a sua vida. Sei que ainda terei um caminho para percorrer, uma nova realidade para conhecer, mas é isso que quero fazer.

 

O blog é e continuará a ser este cantinho instável, inconstante, em permanente mudança. Porque assim é a vida. Nunca serei blogger a tempo inteiro. Não que não seja apetecível, mas porque tenho tanto para fazer fora daqui. Quanto à escrita, essa fará sempre parte de mim. Parar, pesquisar, escrever, partilhar. É aquela sequência que mais sentido me faz. E é também por isso que algumas partilhas irão mudar.

 

Alterei a imagem do blog com um único intuito: torna-lo mais a minha cara. E o que mais prezo nesta fase da vida é a paz, a tranquilidade e a simplicidade da vida.

Não sou apenas a mamã Lu, mãe de dois, mas sou também a terapeuta Lu, de tantos outros.

Espero que vocês continuem por aí, e agradeço a cada um de vocês por todo o carinho e presença constante.

 

Já o “disse” inúmeras vezes, mas volto a reforçar: este cantinho existiria sempre, mas vocês desse lado tornam cada partilha, cada momento ainda mais especial. Obrigada!




sexta-feira, outubro 2

Balanço Semanal

 Boa noite ;)

Sexta-feira à noite e fazemos o quê? Um balanço da semana para agradecer as coisas boas, repensar sobre as outras e deitar de consciência leve e tranquila.

Por cá, terminamos a semana em paz. Temos saúde, comida na mesa e um teto para nos abrigar. Não podemos pedir nada mais do que isso.

Quem não for capaz de valorizar o essencial não será capaz de apreciar o que lhe poder acrescentar.

Por aqui, sou de reclamar (muito e muitas vezes), de tudo um pouco (e vocês já me conhecem). Mas sou, em primeiro lugar, de agradecer. E só quando agradecemos somos capazes de acreditar que vale a pena lutar por dias cada vez melhores.

Sobre a semana...

Tentei aproveitar ao máximo para me dedicar ao habitual. Tentei regressar a um programa de atividades com a Estrela. Fizemos várias atividades sobre o Outono e ainda brincamos um bocadinho a tantas outras coisas.

O Gabi regressou aos famosos TPC e confesso que já sentia saudades disso. Talvez ele não, mas aos poucos há-de habituar-se novamente (pelo menos espero).

Terminamos a semana com uma caixinha recheada de coisas boas. Todos adoramos (MUITO MUITO OBRIGADA ;)), mas o Gabi e a Estrela ficaram realmente radiantes. Ver aqueles sorrisos de felicidade não tem preço. Muito OBRIGADA do fundo do coração!

Mas... Nem tudo correu bem. Fui às compras e fui recebida por uma funcionária cheia de tosse (contem aí 15 dias por favor para confirmar se não era nada do que anda por aí) e fiquei 2 dias sem tomar banho (não ia escrever isto, mas sabem que mais? É a realidade. Fiquei mesmo. Já viram que incrível? Uma pessoa passa o dia em casa e não tira 5 minutos para um banho? Pois bem... O problema é mesmo esse. É que são sempre 5 minutos e às vezes custa andar sempre a correr.)

São coisas simples e banais, mas são estas as coisas que fazem parte dos nossos dias. Talvez, um dia, quando for muitooooo muitoooo rica possa vir até cá dizer que mandei a empregada ir às compras de camarão. Para já, andamos a atum e já é bom. (ahah)

E vocês? Já fizeram o ponto de situação da vossa semana? E que tal? ;)




quinta-feira, outubro 1

Essa fase já passou.

O tempo escasseia por cá. Os dias passam a correr e eu a correr com eles. Mas eu preciso de parar. E sei que isto é o melhor que tenho para me alinhar. Estes minutos de pausa, em que me abstraio do dia a dia, de todas as tarefas e preocupações são tão reconfortantes. Eu preciso disto. Desculpem-me se, às vezes, esperavam mais, se às vezes gostariam de saber mais sobre isto ou aquilo, se queriam ideias ou respostas. Mas, às vezes não dá. Por muito planeamento que tente fazer (vá, grande parte das vezes mentalmente), nem sempre consigo parar 5 minutos que sejam. E quando digo parar não é aquele parar em que já desligamos, é o parar ainda com o cérebro a funcionar.
Por uns tempos, por uns longos tempos, tinha vergonha de cá vir. É ridículo sentir vergonha de algo assim. Mas, vocês que já me conhecem um bocadinho, sabem o quanto pesa a minha consciência. E, durante muito tempo, deixei de cá vir, de tirar uns minutos para mim, porque sentia que falhava em tantas coisas, que não deveria dar-me "ao luxo" de ter um tempinho só meu. Ao mesmo tempo, sentia que, se deixava algo pendente com alguém, e lhe dizia que não tive tempo, também não podia vir até cá, porque quem sabe essa pessoa não visse e achasse que eu estava a mentir? Sei lá...
Mas, aos poucos, sobretudo ao longo dos últimos anos, fui "deixando para lá" e pensando de forma diferente sobre a forma como utilizamos o nosso tempo. E eu não posso utilizar o meu apenas para cuidar dos outros, da casa e do trabalho. Eu preciso de utilizar o meu tempo para cuidar de mim. Os últimos anos foram realmente exigentes e precisei redefinir tantas e tantas formas de pensar.
Sei que há pessoas que me julgam, que "acham que passo a vida na internet", "que vivo das redes sociais". E não haveria mal algum se o fizesse. Mas não. A minha vida é tão corrida que o hobbie que decidi manter é este. E, se o meu passatempo é algo que pode ser visto por alguém, faz parte do que escolhi. Quem vai para o ginásio e toma um banho conjunto também é visto pelos outros não é? Todos somos vistos de alguma forma. Não posso esconder-me só porque isto pode ser visto a qualquer momento, em qualquer lugar.
Ao longo do tempo percebi que ninguém poderá culpar-me pelos meus minutos (poucos e inconstantes) de lazer. Há muitas formas de nos "abstrairmos" do mundo. Eu encontrei a minha aqui. Não cobro a ninguém, mesmo a quem me falha, o seu tempo em frente à televisão, no sofá, a ler um livro, ou o que quer que seja que a pessoa faça no seu tempo livre.
Eu decidi que o meu (pouco, repito) tempo é aqui que deve ser aplicado.

Por isso, nem venham dizer-me que estive na internet e não disse nada, ou que estive na interenet mas não enviei um email... Essa fase de culpa já passou. :)

Este mês, tentarei de verdade vir até cá mais vezes. Este mês começamos mais uma fase nova por cá e espero conseguir uns bocadinhos de silêncio para repensar e reorganizar tudo o que anda meio bagunçado cá dentro. Não farei ainda um plano, como gostaria, mas vamos andando ao sabor da maré.

Espero-vos desse lado?

Outubro...

Outubro, tu sabes o quanto vales.

Faz o favor de comprovar ;)