Como é que lhe vou continuar a explicar que o mais importante é o seu valor se ele vive num mundo em que as pessoas só valorizam o “exterior”?
Como é que lhe vou continuar a explicar
que o mais importante é ser quando ele vive num mundo em que todos só querem
ter?
Como é que vou continuar a explicar que
o mais importante é adormecer de consciência tranquila se ele vive num mundo
que o que importa é o que se mostra?
Como é que lhe vou explicar para não se
deixar levar por desconhecidos se ele vê o mundo a chamar querido a quem nunca
viu?
Como é que lhe vou continuar a explicar
que é importante estudar, aprender, enriquecer o seu conhecimento se ele vê que
a sociedade passa a vida a “trolar”?
Como é que lhe vou continuar a explicar que
é importante comunicar se as pessoas nem um post sabem comentar?
Como é que lhe vou continuar a explicar?
Tentando da mesma forma. Pousando o
telemóvel, não ficando todo o tempo no livre no telemóvel, comentando e apreciando
o que vejo e o que ele vê, e explorando o sentido de tudo isso. Não podemos
controlar o mundo, mas podemos tentar controlar a forma como olhamos para ele,
o que absorvemos dele, o que deixamos nele. Eu não sou a pessoa bonita, das
fotos bonitas, das frases imaculadas. Eu sou a pessoa que pensa, porque desde
sempre o pensamento foi a minha melhor defesa. Não quero que o meu filho seja
igual, mas quero que aprenda que pensar por ele não tem mal.
Não lhe quero dar uma resposta, nem tampouco
um caminho, mas quero que ele possa ter a capacidade para pensar sozinho.
E se por um lado, vivemos todos mais
cheios de informação, ao mesmo tempo damos valor a tudo o que não tem qualquer noção.
Passar de um extremo ao outro nos
valores da sociedade não me parece a melhor forma de criar uma geração feliz e
saudável. A vocês sim?
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