segunda-feira, outubro 14

Afinal, quem és tu?


Gosto de refletir sobre a vida. Vocês já me conhecem. Gosto de me questionar porquê, de procurar respostas e até de encontrar novas dúvidas. Gosto de sentir o que sinto, de apreciar cada momento. Gosto de refletir sobre quem sou, quem fui, quem quero ser. Afinal, esta coisa da vida está em constante evolução, que nunca seremos mais os mesmos, nem nunca saberemos quem fomos, se não nos questionarmos de onde viemos, porque nos tornamos assim, porque queremos ser diferentes, porque gostamos ou queremos algo novo ou melhor.
Estes últimos meses têm sido de uma procura constante por uma das minhas maiores dúvidas: afinal, porque tenho medo? Já partilhei convosco que talvez o medo seja o meu maior obstáculo. E, talvez o medo seja, ao mesmo tempo, a resposta a algumas questões.
Hoje, parei para repensar um bocadinho sobre nós e partilho convosco alguns pensamentos que daí advieram.

Às vezes, deixamo-nos conduzir pelos nossos medos, por medos que nem são nossos. Às vezes, deixamos de pensar sobre nós mesmos e caímos no erro de acreditar sem questionar. Às vezes, deixamo-nos ir, ao sabor do vento, sem questionar porquê e como tudo isso aconteceu. Às vezes, deixamos que a vida nos leve a dar voltas que nunca imaginamos dar. Por medo. Por receio de acreditar na nossa própria intuição. Por medo, deixamos muitas vezes de sonhar. Eu já o fiz. Houve momentos em que talvez não me tivesse questionado. Houve momentos em que talvez tivesse agido sem pensar. Em mim, no que quero, no que preciso, no que me faz falta para continuar. Mas acredito que a vida é tão mais valiosa com todas estas dúvidas. A procura por uma resposta, o percurso até lá chegar é tão mas tão importante que só me faz vibrar e apreciar cada vez mais esta jornada pela Terra. E é tão bom que a cada nova descoberta sinta que um bocadinho de mim renasce. Renasce também a alegria de perceber o porquê, de entender de que forma tudo aconteceu e a esperança de melhorar. Renasce a fé, a vontade de ser mais forte, de chegar mais longe, de contrariar todas as tendências. Renasce a vontade de continuar nesta busca incessante pela resposta à pergunta “afinal, quem eu sou?”. Certamente, ainda terei um longo caminho para percorrer. Mas, se eu não souber quem sou, quem saberá de verdade?
Hoje, pergunto-te: afinal, quem és tu?

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