segunda-feira, janeiro 10

Tempo para refletir...

Os desabafos à segunda-feira tornaram-se quase obrigatórios por aqui. Este é o meu tempo. O tempo em que páro, escrevo e partilho convosco páginas abertas do meu diário. Quase sem edição e, por isso, muitas vezes, com gralhas e erros gramaticais. Mas sinceros. É um tempinho pequeno, mas que me faz tão bem. E é sobre ele que falaremos hoje.

Antes de colocar a minha perspectiva, começo por perguntar-vos:

Vocês tiram tempo para vocês? Para estarem a sós com quem vocês são? Para pensarem como gostariam de ser? E de que forma conseguem lá chegar?


O tempo que "perdemos" a pensar sobre nós não é tempo perdido. É tempo ganho, que pode ser refletido em consciência e discernimento sobre nós mesmos. É algo que nos permite mudar. A mudança interna é algo que acontece bem devagar, mas é extremamente importante que não nos mantenhamos no mesmo lugar. Não sei quanto a vocês, mas eu acho importante não estagnar.

Nem sempre tenho tempo, nem sempre sou capaz, mas todo o tempo que posso dedico a trabalhar em mim. Foco-me no que sou, no que quero ser, e penso nas mais diversas formas de o alcançar. Não é egoísmo, é apenas uma forma de compreender e lidar melhor comigo mesma e com o mundo ao redor.

Nos últimos tempos dediquei-me mais ao silêncio. Talvez alguns de vocês tenham percebido. Vocês, desse lado, têm acompanhado muito da minha jornada. E todos os desabafos, bem como todos os momentos de silêncio representam fases da minha vida. Muito raramente partilho sobre momentos atuais, sobretudo quando se tratam de reflexões para as quais ainda não tenho sequer uma resposta bem definida. Mas, felizmente, agora posso dizer que sinto-me bem. Sinto que, finalmente, encontrei algumas respostas. Alguns assuntos sobre os quais andei a trabalhar tiraram-me tempo de vida, causaram-me muitas vezes, frustração e desespero. Mas, este ano começo de forma diferente. De forma satisfatória, posso dizer que "internamente" atingi alguns dos objetivos que queria há muito, mas mesmo muito tempo. Quando digo muito, estou a falar em anos. Ai se eu tivesse lá chegado há 10 anos...

Mas... Mais vale tarde do que nunca. As lacunas que trazemos com a nossa história podem e devem ser trabalhadas. A sós ou com ajuda. Mas não devem ser colocadas no esquecimento, porque um dia, mais cedo ou mais tarde, podem assombrar-nos de novo.

Trabalhem nas vossas. Todos os dias um bocadinho mais. E não desistam até sentirem que encontraram a resposta!

Por agora, posso dizer que parte da minha experiência pode ser reescrita. Tudo o que vivi nos últimos tempos posso, finalmente, partilhar. E ao mesmo tempo, embarcarei em novas descobertas.

Ai medo, medo! Quanto esperei para que fosses embora.

Por isso, continuem desse lado porque a viagem vai começar!




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