sábado, fevereiro 1

Fevereiro... O eterno mês do amor?

Fevereiro...

Dizem que é o mês do amor. Mas... Não deveriam ser todos, pergunto eu?

Fevereiro, de todos os meses o mais pequenino. Mas, se lhe chamamos de mês do amor e facilmente dizemos que amamos até ao infinito, não deveria ser o maior?

Fevereiro... O único no qual não podemos confiar. Porque os dias nem sempre são certos. Umas vezes tem 27 dias, outras 28. Mas, se lhe chamamos de mês do amor, não deveria ser o mês em que mais deveríamos confiar?

Fevereiro... O segundo do ano. Mas se dizemos que o amor comanda a vida, não deveria Fevereiro então ser o primeiro?

Bem... Talvez haja algum motivo para que isto aconteça... Talvez seja porque o amor como costuma ser falado, partilhado, comercializado em Fevereiro, não é o amor verdadeiro, o que mais importa e deve ser priorizado.

O amor verdadeiro começa em nós mesmos...

Que em Fevereiro possamos amar quem somos um bocadinho mais...



quarta-feira, janeiro 22

8 anos de ti. 8 anos de mim. Ser mãe de menina fez-me questionar como queria ser enquanto mulher.

Antes de me tornar mãe de uma menina, pensei que ser mãe de menina ou menino não seria muito diferente.

Mas depois de ter a Estrela nos braços percebi que a experiência de ser mãe de menino e menina é muito diferente. Ou... Pelo menos para mim foi.

Claro que devemos considerar que quando nos tornamos mães (ou pais) as fases da vida em que nos encontramos talvez sejam diferentes. E a fase em si pode mudar por completo a experiência de ser mãe.

Ao mesmo tempo, não somos mais os mesmos. E adicionar filhos à nossa vida também molda quem somos.

No entanto, estou em crer que há uma componente que nos muda exatamente por sermos mãe de menino ou menina. E, embora que a questão da identificação ou orientação sexual seja um tópico bem mais abrangente do que falar em menino ou menina, ainda sou de uma geração em que fomos criados de forma diferente, consoante o sexo, e sim, não podemos negar que isso terá impacto. E, há 8 anos atrás ainda não se falava muito sobre este assunto que acho que deve ser tratado com o respeito e seriedade que merece. Mas, isto é só um àparte porque a minha partilha de hoje não é para falar sobre isto.


A Estrela fez 8 anos! E em 8 anos tanta coisa mudou.

Ter sido mãe de menina abriu-me olhos para muitos temas que não eram tema anteriormente. Abriu-me olhos para quem eu sou como mulher.

Com o nascimento do meu filho, eu quis descobrir e conhecer-me enquanto mãe, curar feridas que vieram de trás, cuidar dele com respeito e sensibilidade para que se tornasse um homem sensível e que fosse capaz de se expressar com entendimento sobre si mesmo e o mundo ao redor. Ao tornar-me mãe pela primeira, e acredito que por ter sido mãe de um menino, isso deu-me espaço para me focar apenas no meu novo papel de mãe. A identidade que tinha perdeu-se 2 vezes seguidas num curto espaço de tempo (ao deixar a minha família nuclear e tudo o que me era familiar, e ao tornar-me mãe). Descobrir e desempenhar o meu papel de mãe de alguma forma foi facilitado porque fui mãe de um menino, ainda por cima de um menino maravilhoso. As minhas aprendizagens centraram-se em descobrir quem ele era em cada nova fase da sua vida e em quem eu poderia ser enquanto mãe.

Ao ser mãe de uma menina, muitos outros temas surgiram. Sei que é redutor falar sobre isto assim, porque sei perfeitamente que a fase de vida foi diferente e o convívio com outros pais era muito maior nesta segunda experiência de maternidade. E quer queiramos quer não, o contacto com realidades diferentes das nossas, e os conselhos e opiniões que muitas vezes criticamos ajudam-nos a colocar a nossa própria realidade em perspectiva. Há muitas formas de viver. Não devemos tomar por garantido que a nossa forma de viver é a mais saudável ou feliz.

Ao tornar-me mãe de uma menina percebi que o papel que desempenhava enquanto cuidadora era demasiado para o exemplo que eu queria passar. Não só para ela, obviamente, mas para os dois. É errado que ensinemos os nossos filhos que a mãe é a aquela que cuida a tempo inteiro, a que assegura as pontas quando mais ninguém o quer fazer, que acorda de noite, que se desdobra em 100, que coloca tudo o que é seu para último lugar porque se quer doar de corpo e alma como mais ninguém o faz, sabe ou quer fazer. É errado ensinarmos aos nossos filhos que as mães têm que estar sempre disponíveis, mesmo quando já lhe tenham terminado as "pilhas". É errado ensinarmos aos nossos filhos que as coisas da mãe podem sempre esperar, que uma mãe sobrevive ao fim do dia de sorriso no rosto mesmo que não tenha tido 5 minutos para tomar um duche, escovar o cabelo ou "resspirar" É errado ensinar aos nossos filhos que as mães são super heroinas deste jeito.

Com o nascimento de uma filha, não foram os ensinamentos que quis transmitir que mudaram, mas foi a forma como recebi a mensagem que queria passar. Sempre acreditei e continuo a acreditar que enquanto mães (ou pais, cuidadores) devemos priorizar o bem estar dos nossos filhos. São nossa responsabilidade. Mas ao ser mãe de menina comecei a questionar-me se estava a agir da forma correta para transmitir os ensinamentos que queria ensinar.

Ao ser mãe de menina e ao ver nela o início de comportamentos que eram meus, foi uma chamada de atenção. À medida que crescia e replicava comportamentos que eram meus ou de quem lhe estava próximo, eu percebi que havia muita coisa errada ali. Ela foi o meu espelho imediato. Houve vários momentos em que disse a mim mesma "Eu não quero isto para ela".

Desde tarefas que assumimos e desempenhamos como nossas, a aceitar que somos as cuidadoras e que o nosso bem estar não é prioridade para ninguém, a simples coisas como a forma como nos apresentamos, e a coisas mais complexas, a forma como nos tratam e nos aceitamos ser tratadas.

A minha filha foi melhor do que um espelho. Tornou a minha visão muito mais clara sobre o que era positivo manter, aceitar, mudar ou deixar ir. E isso trouxe-me muitas questões, mas também muita clareza. Há 8 anos não renasci apenas como mãe de dois, mas nasci como mulher. Foi o início da minha jornada. A música que sempre pairou na minha cabeça, aquela música "trouxa" da Britney Spears "I´m not a girl, not yet a woman" deixou de fazer sentido. (Julguem-me, andei com esta música na cabeça até aos meus 30 anos. Mais alguém como eu? ahah)

A Estrela fez 8 anos. E eu também. Se com o Gabi ganhei uma nova razão de viver, com a Estrela percebi quem queria ser.

Novamente, claro que as fases da vida são diferentes. Claro que ser mãe de 1 ou 2 ou 3 é muito diferente. Mas, no meu caso, acredito que ter sido mãe de uma menina ajudou-me a perceber muito mais sobre mim.

Mais uma vez, escrevi e não reli. Há muito mais que gostaria de dizer sobre este tópico. Em breve continuaremos a conversa...

Enquanto isso, para quem é mãe, o que me têm a dizer sobre isto?



segunda-feira, janeiro 20

Aprendi a não esperar nada de ninguém.

Estava a olhar para as minhas redes sociais a pensar que por vezes, nos últimos tempos, me sinto um bocadinho egoísta. Tantas fotos minhas publicadas, uma após a outra. E depois lembrei-me que as fotos não dizem muito. Cada uma é escolhida pelo conteúdo. E muitas delas são desafios para mim mesma. Ao mesmo tempo, lembrei-me que um dos motivos pelos quais escrevo e me desafio a partilhar mais e mais, é porque desse lado, felizmente, há muita gente como eu. Pessoas sensíveis, mas fortes. Pessoas que valorizam detalhes, mas que apesar dos obstáculos conseguem sonhar grande. Pessoas que dão valor à vida pela essência que ela nos traz. Pessoas que viveram e vivem desafios e não culpam nem julgam os outros. E pessoas que aprenderam que mais valia não contar com ninguém.

Introduções àparte - vocês sabem o quanto gosto delas - vamos ao tema de hoje...

Aprendi a não esperar nada de ninguém. Aprendi a sobreviver no meio de críticas, no meio de um ambiente em que era colocada para baixo, em que me pediam para ser diferente, onde me tentaram convencer de que ser quem sou estava errado.

Foram as pessoas em quem mais confiei que mais me magoaram. É sempre assim, não é mesmo? Não nos magoam aqueles de quem não esperamos nada.

Mas, a dor de ser magoado por aqueles que esperamos que estejam do nosso lado custa. Fica entranhada. E molda-nos por completo.

Eu transformei essa dor em independência. Aprendi que esperar algo de alguém seria mais doloroso do que fazer tudo sozinha. Aprendi que esperar algo de alguém só me trazia mágoa, dor e frustação. Afinal de contas, quando esperei, acabei por ter que me desenrascar da mesma forma. E muitas vezes, depois de escutar críticas, de me julgarem por ser como sou.

Aprendi que a única pessoa com a qual poderia contar era eu mesma. Afinal, com qualidades e defeitos, eu sou a única que estou sempre comigo, para resolver o que for necessário. Sou independente. A vida ensinou-me que sou autosuficiente, que sou capaz de tudo sozinha.

As lições que a vida me trouxe fizeram de mim a pessoa desenrascada, que não tem medo de nada.

E há algo nisto que gostava de desmistificar. Não precisamos parecer ou agir de forma rude para sermos autosuficientes. Não precisamos de falar alto, nem dizer palavrões, nem usar cabelo curto, nem de vestir calças para sermos capazes de tudo.

Vivemos numa sociedade que ainda associa a sensibilidade à falta de força, à falta de capacidade. Mas está tão errado.

Podemos continuar a ser femininas. Podemos continuar a usar vestidinho curto, salto alto, maquilhagem. Não são os acessórios que nos retiram a capacidade de darmos conta dos nossos afazeres. O que nos traz essa capacidade não se vê, porque vem de dentro, vem muitas vezes da dor que nos ensinou a sermos independentes, a não esperar ajuda.

Há uma ideia errada qualquer na sociedade de que só os homens são capazes de certas coisas, e de que as mulheres precisam deles para se conseguirem virar. Meus amigos... Felizmente não é bem assim.

Eu sou feminina e continuo a fazer tudo. Se um dia me arrumo para sair, e no outro uso fato de treino manchado é porque eu escolhi assim. Eu tenho essa opção. E não será a sociedade nem nenhuma das vozes que me tentaram diminuir que me irão fazer desistir de continuar a ser como sou.

Talvez a sociedade nos tente convencer de que sozinhas não somos nada, porque talvez a sociedade tenha medo das mulheres independentes.




terça-feira, janeiro 14

8 anos de ti. Happy Birthday!

8 anos de ti. 8 anos de nós.

Tanto queria dizer sobre ti. Como tens sido forte meu amor. Como tens sido fenomenal.

Há 8 anos que a minha vida tem mais luz.

Tu és simplesmente maravilhosa. És tudo o que desejei e sonhei. Tu és a incrível combinação do que existe de mais belo: a menina delicada, mas forte. A menina dedicada, mas brincalhona. A menina talentosa. A menina versátil, que tanto anda de vestido como de roupas de treino, a que gosta de brincar com coisas de "meninas e meninos".

A menina que dá os melhores abraços e os beijinhos mais carinhosos.

A menina que me deixa sem palavras, e me enche o coração todos os dias.

Eu sei que tenho falhado tanto contigo, e peço tanta desculpa. Há 8 anos atrás prometi que iria proteger-te de tudo. E falhei tanto. Mas eu sei que um dia tu compreenderás que eu tentei. Mas tu sabes que estarei sempre do teu lado, mesmo quando a vida fique difícil.

Tu és a minha menina Luz. E o teu nome resume tanto sobre ti. És a minha Estrela guia. Obrigada, meu amor!

E porque as celebrações ainda não terminaram,

HAPPY BIRTHDAY MY LOVE!

I LOVE YOU!




segunda-feira, janeiro 13

Cuida de ti.

A vida ensina-nos tanto, se quisermos aprender.

A mim ensinou-me, desde cedo, que o mundo nem sempre é perfeito. Que às vezes a perfeição esconde tantas imperfeições, que só quem as vive as conhece de verdade.

A mim ensinou-me que, nem sempre, teremos as pessoas do nosso lado e que, às vezes, precisamos lutar sozinhos.

Sempre me deixei afetar demais pelos outros. Não por culpa deles, mas por minha própria culpa. Afinal de contas somos os únicos responsáveis por nós mesmos.

Olhamos para os outros e para o mundo através dos nossos próprios olhos e, de certa forma, esperamos deles o mesmo que lhes desejamos. Por outras palavras, tratamos os outros de acordo com os nossos valores e esquecemo-nos muitas vezes que os valores deles podem ser diferentes.

O problema de algumas pessoas continua a ser a falta de capacidade para se colocarem no lugar do outro, o egoísmo de acharem que o mundo gira em torno de si mesmos. Há uma falta qualquer de empatia generalizada que transforma as pessoas em pessoas com as quais é difícil lidar.

Acredito que por muitas palavras que usemos para descrever os outros, nada os fará mudar.

Os únicos que podemos mudar somos nós mesmos. E para que sejamos capazes de o fazer teremos que cuidar de nós.

Cuida de ti! é o tema de hoje. Porque tantas vezes precisamos de nos relembrar que se não cuidarmos de nós, ninguém irá cuidar.

Se estás a ler isto, lembra-te que para que te sintas forte o suficiente para lidares com pessoas que de alguma forma mexem contigo, terás que priorizar o teu bem estar. Eles não mudam, mas tu podes mudar! Por ti!

Cuida de ti!





sexta-feira, janeiro 10

Divorciei-me, e agora?

Antes de começar a escrever, quero apenas partilhar que não é meu intuito fazer deste cantinho o meu diário. (Podia, porque tenho assuntos sem fim para partilhar.)
Tenho que confessar que há tantas coisas que mudaram, que sinto que vos preciso de atualizar.
Mas, adianto que para a semana retomaremos temas que, em tempos, foram habituais, diferentes destes em que venho aqui abrir o meu coração.

Divorciei-me, e agora?
É o tema para hoje.
De quase todas as pessoas escutei um "lamento imenso" quando partilhei que me tinha separado, como se com o divórcio eu tivesse perdido algo muito importante.
Claro que um divórcio coloca fim a um casamento. E com isso, a alguns planos. Mas, nem sempre o divórcio tem que ser encarado como uma perda. Às vezes, o divórcio é uma ou a solução.

Ainda vivemos numa sociedade em que terminar um casamento parece ser o fim do mundo, em que as pessoas têm que, obrigatoriamente, ficar tristes com isso.
Perpetuar que o divórcio é uma "trajédia" é perpetuar a ideia de que os casais devem permanecer juntos. E como sociedade não o deveríamos fazer.

Vamos desconstruir esta ideia por favor?
Nem sempre o divórcio é um problema. Às vezes é a solução! E está tudo bem. Está tudo bem que os casamentos terminem, que os casais não queiram ou não fiquem para sempre juntos. Estamos longe dos tempos em que os casais tinham que viver presos à ideia de que "só a morte os separa". Às vezes as pessoas morrem estando vivas. Às vezes, as pessoas estão separadas vivendo juntas. Às vezes as pessoas não sonham mais em conjunto. Às vezes as coisas não fazem mais sentido. Manter um casamento é uma ideia construída pela sociedade. E de nada nos adianta esperarmos que um casal mantenha algo que já está destruído.

Não lamentem quando alguém vos disser que o seu casamento chegou ao fim. Ao invés disso, questionem como essa pessoa se sente. Talvez esteja mais leve, mais feliz.

As pessoas mudam (ou não) e as coisas terminam.
E, felizmente, vivemos numa sociedade livre. Temos a liberdade de podermos terminar um casamento. Já imaginaram se vivéssemos numa sociedade em que não tivessemos escolha?
Numa sociedade que nos obrigasse a permanecer presos a algo que já não faz mais sentido, ou não nos faz bem, ou que deixou de ter significado? Deve ser difícil, parece-me muito mais pesado. Eu lamento por todos aqueles que estando presos a algo não se conseguem libertar. Eu lamento por todos aqueles que vivem acorrentados a uma espécie de sentença perpétua.

O divórcio nem sempre é um problema. Ou não deve ser.
Permanecer num relacionamento que não nos faz bem é um problema bem maior.

Faz sentido para vocês? O que acham sobre isto?

quinta-feira, janeiro 9

Fiz o luto dos meus pais. E agora faço o luto por um filho.

Pensei várias vezes se deveria escrever sobre isto.

Mas sim. Eu quero. Eu preciso. Estou cansada de guardar tudo cá dentro.

Falei muitas vezes de mim, da minha história, mas nunca a contei de forma a que a pudessem compreender.

O título diz tudo. Depois de aos 21 anos ter saído de casa, as coisas complicaram-se de tal forma que fiz um luto. O luto da minha família, dos meus pais e irmãos. Manter contacto não era viável.

No meio desse reboliço, nasceu o Gabi e isso foi transformador. Ajudou-me a curar as lacunas e as feridas causadas pela perda anterior. O Gabi tornou-se a minha família. Cresci ao mesmo tempo que ele. Superei medos, traumas, dificuldades. Ele era a minha nova razão de viver.

Desde Dezembro de 2023 que vivo o maior pesadelo, o pesadelo de o ter perdido. Eu sei e acredito que não será para sempre. Mas por enquanto sinto que o perdi. Não faz mais parte da minha vida, nem eu da dele. Não sei mais o que se passa com ele. Qualquer dia não sei mais quem é... Não posso falar sobre os motivos que causam tudo isto. Não tendo sido capaz de o provar na lei, uma vez que a lei é inexistente, não o posso falar aqui também. Será algo com o qual terei de aprender a viver e terei que tentar fazer as pazes com isso (não por opção, por falta dela). Em mais de 1 ano, vi o meu filho pouquíssimas vezes. Estive apenas 1 vez com ele a sós. Passei os dois últimos Natais sem ele, e as passagens de ano também. Sinto-me num processo de luto. Sofro todos os dias por o ter perdido. Choro a maior parte deles. E sofro também pelos motivos que causaram tudo isto. Não há como fazer o luto de um filho. É contra natura. É surreal. É surreal pensar em tudo o que aconteceu e pensar sequer que perdi o meu filho. Como pode? Quem nos conhece sabe o que isto significa. Quem não nos conhece assim tão bem, imaginem uma mãe e um filho que são próximos e que deixam, de um momento para o outro, de fazer parte da vida um do outro. É cruel! É desumano! Eu perdi-o. Mas ele nunca me perderá. Porque a qualquer momento, eu estarei sempre aqui.

Tudo isto tem-me feito pensar nas voltas que a vida dá.

Estive 16 anos sem falar com a minha mãe. Será que isto é castigo do Universo? Será que isto é lição? Seja o que for, uma coisa eu sei, este foi o limite e a chamada de atenção que eu precisava para parar de ser cobarde e para parar de me esconder.

Fiz o luto, em vida, de muita gente. Passei por muitas coisas que nunca contei a ninguém. Não quero fazer o luto por mais ninguém que é importante, nem de mim mesma. Não quero mais calar e silenciar a minha história. Todos temos uma e todos temos o direito de a partilhar, se isso for para nos ajudar ou ajudar alguém. Calar seria entrar num ciclo de luto de mim mesma. E tendo estado perto de desistir, tenho noção de que não é isso que quero para mim.

Quero, como sempre tentei, transformar a dor em algo que me ajude a melhorar quem sou, e que me ajude a ser capaz de ajudar quem precisa.

Este é um post de viragem. Este cantinho nasceu quando me tornei mãe. Não sou mais a mãe que era, nem nunca serei. Não porque deixei de acreditar no que defendia, mas porque a oportunidade para o ser não existe da mesma forma. Apesar do que mudou, não deixo de ter uma mensagem para transmitir ao mundo.

Adiei por muito tempo esta partilha. Mas como sabem, tudo para mim tem que fazer sentido. E nunca poderia continuar sem falar sobre isto.

Este cantinho continuará. Em Agosto do ano passado disse  num vídeo do youtube que nada será mais igual. E não é, não será. E, mesmo com diferenças, há algo que quero manter: a verdade, a genuinidade e a positividade. Nem sempre a vida é fácil. Para todos nós. Todos passamos por desafios. A dificuldade de cada um é perspectivada segundo a nossa própria realidade, que sendo única, não pode ser comparada.

Mas podemos sempre aprender uns com os outros. Podemos sempre desafiarmo-nos a ser pessoas melhores e a viver de forma mais positiva com todas as coisas negativas que nos aconteceram ou acontecem.

Nem sempre é fácil. Às vezes dói. Mas, para a frenteé que é o caminho! Lembrem-se disso.

Escrever mantém-me viva, e por isso, nunca irei parar de o fazer!

Para vocês, quero deixar como mensagem e lembrete: Não parem de fazer aquilo que vos faz bem. Não mudem por completo por causa de nada ou alguém. Só vivemos uma vez. Façam os possíveis e impossíveis para transformarem a vossa dor numa lição. E façam o que for necessário para que consigam conviver com ela. Se não conseguirem sozinhos, por favor, procurem terapia. A vida é bonita lá fora...



(E à velha moda, escrevi, e não reli.)

segunda-feira, janeiro 6

Quem sou eu?

Segunda-feira! A primeira segunda-feira de 2025! Que nostalgia!

Todas as segundas feiras sinto um friozinho na barriga. Um friozinho de saudade...

Em tempos, velhos tempos, costumava vir aqui e exprimir um bocadinho sobre pensamentos e coisas minhas. Costumava fazê-lo às segundas feiras. E sabem porque é tão importante? Porque tomar a decisão de vir aqui falar sobre mim foi um grande passo. Outrora, falar sobre mim seria impensável. Com o passar dos tempos e com a quantidade de coisas que vivi, senti necessidade, talvez errradamente, de dar um passinho atrás. Várias vezes fui "cobarde" comigo mesma, porque não falei quando achei que precisava. Há quem diga que é por medo. Há quem diga que é por falta de coragem. Há quem diga tanta coisa... Mas se querem que vos diga, nem eu sei bem o que me faz dar esse passinho atrás e parar. Afinal, vir aqui e escrever sobre o que quer que seja é tão bom.

Adiante... Hoje é a primeira segunda feira do ano 2025. Lembrei-me que poderia ser interessante regressar com um texto onde vos falo um bocadinho mais sobre mim.

Quem sou eu?

Escrever isto assim faz-me pensar em como é interessante pensar sobre isso. Porque talvez nem eu saiba, ainda, descrever-me. Estou numa fase em que me sinto muito mais eu, mas ao mesmo tempo, numa fase em que ainda não tive muito tempo para o ser. Se é que isto faz algum sentido.

Continuo semelhante ao que me conhecem, ou pelo menos os meu principais valores estão cá todos: verdade, justiça, igualdade, empatia, paz, compreensão,... Para mim os valores são uma grande parte de nós.

Continuo a ser mãe de dois, embora agora pareça apenas mãe de apenas uma.

Continuo a trabalhar como terapeuta ocupacional. Trabalho a tempo inteiro e faço um bom par de horas extra para cobrir as contas.

Continuo a ter os melhores amigos do mundo. Os pilares mais fortes que alguma vez podia imaginar. E a quem devo tanto mas tanto que não dá para explicar.

Adoro a praia. Viveria super feliz numa casa com a janela do quarto virada para o mar.

Adoro fazer exercício. Embora tenha parado tudo o que tinha começado a fazer por motivos de saúde.

Sou uma pessoa tranquila. No entanto inquieta, que deseja todos os dias melhorar.

Sou uma pessoa determinada, no entanto tenho por norma a mania de colocar os outros em primeiro lugar e isso retira-me tempo e energia para me dedicar ao que acredito e quero.

Tenho 38 anos, mas sinto-me com 18. Embora os ossos façam barulho por todos os lados.

Estou divorciada. E embora digam que o divórcio termina com muitos sonhos, eu sinto que para mim o divórcio me deu a oportunidade de voltar a sonhar.

Sou apaixonada pela vida e pela oportunidade de viver. E apesar de não acreditar que viemos ao mundo para sofrer, tento aprender o que consigo com cada sofrimento.

Gosto de me desafiar. Mas detesto quando tenho que ultrapassar desafios que são causados pelos outros.

Gosto de conversar. Descobri que falo mais do que conhecia.

Gosto de escutar. E continuo a gostar de conhecer todas as histórias, sobretudo as que falam sobre a vida.

Gosto de escrever. Seria super feliz se pudesse ficar sentada o dia todo a escrever e não precisasse de fazer mais nada para viver.

Gosto de ajudar. Continuo a sonhar em percorrer o mundo e ajudar pessoas, ou adoptar crianças, ou oferecer serviços para quem não os consegue pagar.

Gosto de comer com calma, de olhar para o céu, de ver as estrelas no céu,...

Tanto mais haveria a dizer.

Mas tanto mais que eu gostaria de saber... Quem és tu, neste início de 2025?




domingo, janeiro 5

Não exijas dos teus o que não és capaz de ser/dar...

Escrevi inúmeras vezes sobre maternidade.

Escrevi inúmeras vezes sobre o papel de mãe (e pai), sobre a responsabilidade que carregamos, sobre a oportunidade que temos de fazer um "bom" papel e sobre a incerteza de o desempenharmos de verdade.

Apesar de tudo ser diferente por aqui, e de questionar-me muitas vezes se ainda faz sentido continuar a falar sobre maternidade, decidi que não quero parar de partilhar aquilo que acredito, e que sempre defendi.

(Apesar de neste momento não ter oportunidade de continuar a exercer o meu papel de mãe como sempre o fiz, por motivos que me ultrapassam e que as leis existentes não conseguem salvaguardar, continuo a acreditar e a defender que a maternidade começa em nós, mães e pais.)

Há dois anos escrevi um post que resolvi partilhar novamente. Só seremos bons pais se estivermos dispostos a cuidar de nós. Os problemas que cada um carrega não fica apenas em si, mas nas crianças que esperam dessa pessoa o seu melhor. Infelizmente, nem todos os pais têm a capacidade (a humilidade, e a audácia,...) para se responsabilizarem por si mesmos.

Enquanto mães (e pais) PRECISAMOS URGENTEMENTE de cuidar de nós, em primeiro lugar, se queremos criar filhos saudáveis. (Bem... o querer criar filhos saudáveis dá conversa para outro post...).

Deixo convosco o que escrevi anteriormente:

Não pode um adulto "doente" esperar criar um filho "saudável", se não estiver disposto a melhorar.

Não pode um adulto que não se conhece criar um filho que se conheça de verdade. A criança terá sempre marcas de que foi criado por alguém desnorteado.

Não pode um adulto desorientado criar um filho orientado. E esperar dele a orientação, como se nascesse com todo esse conhecimento. Como há-de um filho saber o que fazer se não foi o adulto capaz de lhe dizer?

Não pode um adulto desregulado criar um filho que seja capaz de se regular. E exigir que se controle, ao mesmo tempo que perde o seu próprio controlo.

Não pode um adulto que julga os outros pelos seus atos esperar que um filho não se sinta culpado.

Não pode um adulto que se chateia constantemente com o mundo criar um filho que se sinta em paz com esse mesmo mundo.

Não pode um adulto que martiriza um filho, esperar dele o eterno respeito. Como pode se o respeito não era mútuo?

Ninguém ensina ninguém como se educa. Mas até os mais antigos diziam, se não sabes, pergunta!

Ninguém consegue emender os erros do passado, se continuar a viver o presente como se nada se nada tivesse acontecido.

Ninguém consegue acreditar num novo futuro, se continuar a perpetuar os mesmos comportamentos e ao invés de fortalecer relações, construír um muro!


Como pais, adultos, educadores, cuidadores temos uma responsabilidade GIGANTE!

De nada adianta sentar-me e esperar que os meus filhos se orientem sozinhos, se não estiver lá de forma positiva, a mostrar-lhes como se faz.

De nada adianta esperar que me amem porque sou o adulto, se não fui nem sou capaz de ensinar o que é o amor.

De nada adianta dizer "Adoro-te" ao final do dia, se assinalei as horas anteriores com memórias tristes e infelizes.


Ser pai, ser o adulto, ser educador, ou cuidador de um ou mais filhos é exigente. Mas a exigência é nossa, não deles. Nós é que precisamos de suportar as dores e dificuldades, não eles.

E quem não o sabe fazer, vai sempre a tempo de aprender, num momento chamado Hoje. Porque amanhã pode ser tarde demais!


Afinal... Tudo o que acontece na infância não fica na infância... Da mesma forma que as nossas experiências vieram connosco e moldam parte do que somos hoje em dia, as experiências dos nossos filhos também seguirão com eles. Cabe-nos a nós tornar essas experiências mais ou menos pesadas...



sexta-feira, janeiro 3

Sempre tarde, nem sempre a horas...

Sempre tarde, nem sempre a horas...

Estava a terminar de arrumar a cozinha quando, de repente, reparei nas horas. Já passa das 11 da noite, e ainda não tive tempo para parar. Felizmente, nos dias de correm, esta nem sempre é a norma. Agora consigo mais tempo para me sentar do que no último capítulo da minha vida. Mas durante 15 anos esta foi a minha realidade a grande maioria dos dias.

Ter sido mãe pela primeira vez aos 22 anos foi um privilégio, aos 30 uma benção. Tive os meus filhos no momento ideal para mim. No entanto, nunca fui apenas eu. Tenho sido, de vez em quando, agora.

Durante 15 anos vivi todos os dias para os outros. Trabalhei, cuidei de uma casa, dos outros, dei tudo (e um bocadinho mais) de mim. E nem sempre o tempo chegou para cuidar de mim. A inconsistência em tudo o que tentei fazer revela os períodos em que a vida se tornou ainda mais exigente.

Hoje, por diferentes motivos (um deles por ser o início de um novo ano e pela primeira vez em muitos anos sentir que quero recomeçar) perdi-me em tarefas que ficaram por fazer porque preferi priorizar outras coisas: estar com pessoas que são importantes para mim.

Ser mãe jovem é maravilhoso. Nunca me hei-de arrepender. Cresci muito. Cresci como pessoa. Mas profissionalmente, muito ficou por fazer. Os sonhos, planos e objetivos que tinha foram sendo adiados. Os projetos foram sendo guardados... Cresci como mulher. Mas não consegui, nem de perto, chegar onde queria como profissional ou empreendedora. Quem me conhece sabe que tenho um bichinho dentro de mim que não me permite parar. Não sou nem nunca serei a pessoa mais talentosa ou a mais criativa, nem tão pouco a mais inteligente. Mas sou uma apaixonada por diversas oportunidades que a vida nos coloca. E tenho noção de que perdi muitas.

As exigências da vida e outras coisas que para já não quero explorar (mas irei ao longo deste ano falar) foram colocando o meu lado profissional de lado.

Se eu pudesse voltar atrás talvez tivesse que mudar tanta coisa que não seria mais a mesma pessoa. E não seria esse o objetivo, por isso, estou em paz, e aceito que tudo tenha sido como foi.

Aprendi lições que não teria aprendido se tivesse sido diferente.

Ganhei maturidade que não teria ganho se tivesse sido diferente.

Ganhei conhecimento sobre mim mesma e sobre os outros.

Ganhei experiência. Ganhei a oportunidade de ver e acompanhar de perto o nascimento e crescimento de dois seres maravilhosos, os meus filhos.

Ganhei muito, muito mais do que posso relatar.

Mas claro, como tantas outras coisas foram ficando para trás, pelo caminho também me frustei, revoltei, pensei ser o problema por não ser capaz...

Hoje tenho consciência de que ninguém o é, tenho noção de que com tudo o que fiz não seria possível fazer mais. Ninguém o é. Ninguém consegue dar conta de tanto na vida.

Acredito que muitas pessoas desse lado passem pelo mesmo. Acredito que muitos desse lado terminem o dia com o sentimento de que ainda há tanto onde queriam colocar tempo e energia. O dia é longo, mas não suficiente para conseguirmos chegar a todas as áreas.

Não se culpabilizem se assim o for. Não se diminuam. Lembrem-se que talvez já deram demais durante o dia. Lembrem-se que a vida é feita de fases. Que para ganharem muito numa área de vida e poderem estar a 100% nela, outras terão que ficar para trás. Não esquecidas, mas apenas em espera ou a progredirem a um ritmo diferente.

Lembrem-se que talvez estejam a fazer mais do que é suposto. Ou talvez estejam a remar contra a maré. Ou talvez estejam mais sozinhos do que parece. Ou talvez as exigências nesta fase sejam mesmo demais. Não se frustem. Ou melhor, não deixem que a frustração vos faça querer ser diferente, ou desistir. Não desistam. Refaçam objetivos se for mais fácil. Desenhem-nos mais pequenos para que os possam trabalhar de forma mais gradual. No final, o mais importante é o percurso que percorrem do que a data em que irão atingir o objetivo a que se proponhem. Talvez o objetivo mude pelo caminho. Por isso, tentem concentrar-se no aqui e agora. Sabem da história da lebre e da tartaruga? Chega à meta quem não desiste. Mesmo que por vezes precisem de abrandar o ritmo, porque outras exigências se colocam como prioridade, um dia o ritmo há-de acelerar um bocadinho mais...

Desistir nunca é o caminho. Mas cuidar de nós, priorizar o que queremos atingir talvez seja uma parte da solução.

Para este ano, protejam 5 minutos do vosso tempo para cuidarem apenas de vocês e dos vossos objetivos. Nem que durante esses 5 minutos sejam apenas para alimentarem o sonho.

Há um estudo longo que conclui que sonhar é o que nos traz mais felicidade enquanto seres humanos. E, estou em crer que ser feliz é o que todos queremos, não é?


Sou muito grata pelas oportunidades que a vida me tem colocado à disposição. Durante os últimos anos cresci muito enquanto pessoa, mas não tanto enquanto profissional. Hoje sei que tenho muito mais a crescer em ambas as áreas. E aqui, eu sei que combino as duas...

Obrigada por estarem desse lado nesta nova jornada...

Com amor, Lu



quinta-feira, janeiro 2

2025

Talvez devesse escrever um post inspirador. Ou as minhas metas para 2025. Ou os meus fracassos de 2024. Ou os melhores momentos (porque apesar de ter sido um ano sofrido também houve momentos muito especiais). Ou... Talvez devesse falar sobre vulnerabilidades. Ou ainda talvez devesse persuadir-vos a ficar desse lado e a acompanharem-me por mais um ano.... Mas, vamos apenas começar 2025 da forma simples, ao meu jeito. As palavras que partilho são as que sinto no fundo do meu coração. Perdoem-me os experts em marketing digital. Perdoem-me todos os que trabalham para ensinar o que devemos ou não partilhar na internet. Muito aconteceu, mas eu continuo sem jeito nenhum para esquemas, continuo a ser apenas eu... Vamos apenas começar 2025 abrindo o meu coração...


2025, recuperei as palavras...

Prometi a mim mesma que nunca deixaria de vir aqui. Mas deixei. Deixei tantas vezes de cá vir que lhes perdi a conta. No entanto, a teimosia (chamam-lhe os invejosos) tem falado mais alto. Na realidade, a persistência e a resiliência não me deixam desistir. No fim de tudo, tenho prometido voltar. E cá estou eu, novamente, tentada a recomeçar.

Os registos mostram que desde Abril de 2023 que não partilho nada neste cantinho. Curioso. Por essa altura a minha vida estava virada do avesso. E eu, no ponto mais frágil de sempre (achava eu...).

Tanto aconteceu desde então. Tantos momentos marcantes, quase todos desafiantes. Mas... Estou aqui: sobrevivi!

Não podia deixar de voltar para agradecer à vida por esta oportunidade: a oportunidade de continuar a viver, pela oportunidade de viver experiências, pela oportunidade de usar o sofrimento para poder crescer, pela oportunidade de aprender sobre coisas novas e de aperfeiçoar os temas que tanto quero abordar...

Ainda não sei ao certo como o irei fazer, mas tenho uma certeza: irei dar o meu melhor. Hoje sei qual é a minha missão. E tudo farei para a cumprir.

A internet, e mais precisamente, este cantinho, foram tantas vezes o meu refúgio. Grande parte das vezes, foram os 5 minutos que parei para vir aqui que me permitiram encontrar-me comigo mesma. Foram os 5 minutos todos somados que me foram mantendo viva, com fé e esperança por dias melhores. Foram os bocadinhos que "perdi" para vir aqui que me fizeram "ganhar". Hoje tenho a certeza que não me esqueci de mim porque sempre tentei conectar-me comigo. As partilhas, as conversas, a escrita foram parte da minha terapia. Todos precisamos de a ter em dia :) Escrever é terapia. E hoje tenho perfeita noção de que foi este cantinho que me salvou.

Com o passar do tempo, e com a chegada de mais e mais pessoas, que dedicam 5 minutos do seu precioso tempo para ler o que escrevo, a responsabilidade de estar aqui também aumentou. E, por vezes, senti necessidade de me afastar. Porque nem sempre é fácil partilhar o que sentimos, principalmente quando as emoções se tornam demais e se tornam difíceis de processar.

Sei que a vida continuará a presentear-me com desafios, como tem feito até aqui. E talvez volta e meia  precise de me distanciar. Mas, se isso acontecer, eu sei que nunca será por muito tempo. Porque estar aqui, escrever, e escrever para partilhar convosco são das coisas que mais especiais que tenho na vida.


A todos vocês, desejo-vos um Ótimo Ano 2025. Sejam muito felizes!





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