terça-feira, outubro 4

"Aproveita, que passa rápido!"

"Aproveita, que passa rápido!"

Esta deve ser uma das frases que mais ouvimos desde que nos descobrimos grávidas. Dito desta forma, bem lá no começo da gravidez, em que tudo ainda parece meio surreal, não queremos acreditar. Achamos que é conversa de gente velha, que já não tem forma de fazer o tempo voltar (desculpem os mais velhos, lá chegaremos, pelo menos, eu quero chegar).

À medida que o tempo passa, percebemos que realmente é bem verdade. Tão verdade que no dia em que piscamos os olhos por um segundo a mais do que o normal, já passaram anos e nem reparamos.

Por aqui, contamos 13 anos de gente.

Para mim, são (quase) 14 anos a ser mãe, uma vez que descobri a gravidez há quase 14 anos atrás.

O tanto de tempo que passou. O tanto que ele cresceu. O tanto que mudou. O tanto que mudamos. O tanto que envelheci, também. Oops! Nem vale a pena entrar por aqui.

 

Bem… Um filho acelera o tempo, é verdade. Um filho traz adrenalina. Um filho transporta-nos para uma corrida, onde nos sentimos na obrigação de estar sempre na linha da frente, sem perder o controlo daquela nova missão.

E, à medida que o tempo passa, e nos envolvemos no dia-a-dia, a cuidar deles, a levar a nossa vida em torno da deles, a aprender mais sobre a vida em geral, nós esquecemos que o tempo está mesmo a passar, por eles e por nós.

O tempo não para e nós lá continuamos a viver como se ele nem existisse sequer. Até que um dia, ao batermos de frente com novas dificuldades, olhamos para eles, muitas vezes, (às vezes, já em bicos de pés para lhes chegarmos ao queixo, porque estão maiores do que nós), e percebemos que o tempo passou mesmo depressa. E é aí que, ao revivermos a história, percebemos que para além do tempo ter passado, nunca mais será recuperado.

O que fazer então?

Temos várias opções, como para tudo. Cada um escolhe a que mais lhe convier.

Podemos escolher voltar a fechar os olhos e imaginar tudo como se de um sonho se tratasse. Ou podemos tentar parar o tempo para os conseguirmos aproveitar, por um bocadinho mais.

Por muito que muitos pais digam que os filhos são “deles”, não são. Pelo menos a partir do momento que eles decidirem não o serem.

Por isso, a segunda opção é essa, a de os “aproveitar” enquanto temos a limitante capacidade de fazer o tempo “parar”.

Parar para criar histórias, para partilhar momentos, para criar memórias.

Porque um dia, será isso que ficará, as memórias que criamos, que deixamos, que nos marcam…

 

Aqui, o Gabi, há uns anos atrás, quando ainda alinhava comigo para tudo. Hoje em dia, já não é bem assim… E está tudo bem.

 

(Hoje partilho este texto, para vos fazer repensar sobre a importância do tempo, para que possam refletir sobre a efemeridade e a velocidade com que a vida corre. Às vezes, precisamos de relembrar que tudo é passageiro, e que a viagem, que às vezes parece longa demais, é mais curta do que parece. Encontrem a vossa força e paz nestes momentos, que valem ouro, e que uma vez perdidos, não podem ser recuperados!)

 

E eis que escrevo, passado tanto tempo, mais um texto sem revisão. Por isso, para quem está habituado, ignorem qualquer erro ou gralha. Não irei rever, para não correr o risco de alterar a mensagem.



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