"Aproveita,
que passa rápido!"
Esta deve
ser uma das frases que mais ouvimos desde que nos descobrimos grávidas. Dito desta
forma, bem lá no começo da gravidez, em que tudo ainda parece meio surreal, não
queremos acreditar. Achamos que é conversa de gente velha, que já não tem forma
de fazer o tempo voltar (desculpem os mais velhos, lá chegaremos, pelo menos,
eu quero chegar).
À medida
que o tempo passa, percebemos que realmente é bem verdade. Tão verdade que no
dia em que piscamos os olhos por um segundo a mais do que o normal, já passaram
anos e nem reparamos.
Por aqui,
contamos 13 anos de gente.
Para mim,
são (quase) 14 anos a ser mãe, uma vez que descobri a gravidez há quase 14 anos
atrás.
O tanto de
tempo que passou. O tanto que ele cresceu. O tanto que mudou. O tanto que
mudamos. O tanto que envelheci, também. Oops! Nem vale a pena entrar por aqui.
Bem… Um
filho acelera o tempo, é verdade. Um filho traz adrenalina. Um filho transporta-nos
para uma corrida, onde nos sentimos na obrigação de estar sempre na linha da
frente, sem perder o controlo daquela nova missão.
E, à medida
que o tempo passa, e nos envolvemos no dia-a-dia, a cuidar deles, a levar a
nossa vida em torno da deles, a aprender mais sobre a vida em geral, nós
esquecemos que o tempo está mesmo a passar, por eles e por nós.
O tempo não
para e nós lá continuamos a viver como se ele nem existisse sequer. Até que um
dia, ao batermos de frente com novas dificuldades, olhamos para eles, muitas
vezes, (às vezes, já em bicos de pés para lhes chegarmos ao queixo, porque
estão maiores do que nós), e percebemos que o tempo passou mesmo depressa. E é
aí que, ao revivermos a história, percebemos que para além do tempo ter
passado, nunca mais será recuperado.
O que fazer
então?
Temos
várias opções, como para tudo. Cada um escolhe a que mais lhe convier.
Podemos
escolher voltar a fechar os olhos e imaginar tudo como se de um sonho se
tratasse. Ou podemos tentar parar o tempo para os conseguirmos aproveitar, por
um bocadinho mais.
Por muito
que muitos pais digam que os filhos são “deles”, não são. Pelo menos a partir
do momento que eles decidirem não o serem.
Por isso, a
segunda opção é essa, a de os “aproveitar” enquanto temos a limitante
capacidade de fazer o tempo “parar”.
Parar para
criar histórias, para partilhar momentos, para criar memórias.
Porque um
dia, será isso que ficará, as memórias que criamos, que deixamos, que nos
marcam…
Aqui, o
Gabi, há uns anos atrás, quando ainda alinhava comigo para tudo. Hoje em dia, já
não é bem assim… E está tudo bem.
(Hoje partilho
este texto, para vos fazer repensar sobre a importância do tempo, para que
possam refletir sobre a efemeridade e a velocidade com que a vida corre. Às vezes,
precisamos de relembrar que tudo é passageiro, e que a viagem, que às vezes parece
longa demais, é mais curta do que parece. Encontrem a vossa força e paz nestes
momentos, que valem ouro, e que uma vez perdidos, não podem ser recuperados!)
E eis que
escrevo, passado tanto tempo, mais um texto sem revisão. Por isso, para quem está
habituado, ignorem qualquer erro ou gralha. Não irei rever, para não correr o
risco de alterar a mensagem.
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