E quando todos julgam
que não há mais solução, lá vem o Terapeuta Ocupacional e tenta dar um jeito.
Começa por trabalhar a fé, a esperança, a motivação; afinal ainda há tanta
coisa por experimentar. Somos crentes por natureza, teimosos por defeito e
persistentes como ninguém. Se a pessoa à nossa frente não está feliz, nós
reinventaremos o mundo se for necessário, para que volte a sorrir novamente.
Depois de aceitarem o
desafio, partimos à descoberta: o que quer fazer? Como faz? Como fez? O que
usa? De que forma? Quem está por perto? Quem o ajuda? Se estiver sozinho também
não terá mal, porque agora está nas mãos do Terapeuta Ocupacional!
Fazemos aquilo que melhor
sabemos, o que ninguém mais sabe fazer: analisamos a atividade e é a partir daí
que todo o trabalho se irá desenvolver. Olhamos atentamente, como quem sabe o
que faz, mas com a curiosidade de quem o vê pela primeira vez. Colocamos a
nossa cabeça a girar para que possamos compreender o que está a impactar aquele
desempenho, envolvimento ou funcionalidade afinal. Damos voltas e mais voltas, criamos
as nossas próprias hipóteses, percorremos catálogos, estudos, conversamos com
colegas, e saltamos até todas as lojas. Afinal, se todos somos diferentes, não podemos
olhar para duas pessoas de forma igual.
Suspiramos de felicidade,
assim que “encontramos” a peça que faltava. Agora sim, sabemos o que limita o
nosso cliente. Só precisamos de adaptar isto ou aquilo, criar o que fica ali ao
lado, e trabalhar algumas competências para que tudo junto possa ser bem assimilado.
E quando, por algum
motivo, esta solução tiver que ser diferente? Aí, começamos de novo, e tentamos
tudo novamente. Por vezes, partimos à descoberta de novos interesses. E a
análise da atividade, com jogos pelo meio, torna-se mais aliciante. E no meio
desse processo, é o cliente que nos diz: sem si nunca teria conseguido fazer
isto de novo, ou sentir-me tão realizado a desenvolver algo que nunca fiz.
Este poderia ser um
resumo bem resumido de uma intervenção da Terapia Ocupacional. Mas, novamente,
como cada pessoa é um ser único, há muitas partes que não foram aqui descritas.
Quando tiver dúvidas
sobre o nosso papel, lembre-se: promovemos a autonomia, independência e a
funcionalidade, contribuindo assim para a sua qualidade de vida (que é como
quem diz de forma simples, para a sua felicidade).
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