Esta é a minha última foto grávida.
Depois de perder o rolhão mucoso fiquei
em estado de alerta. Ultimei os preparativos para o caso da Estrela decidir
nascer. E fui tomar banho antes de dormir. Tomei banho, lavei o cabelo e relaxei
tudo o que pude. Eu sabia que estava para breve. Mas ao mesmo tempo não queria
acreditar. Na realidade, nem pensar. Para não stressar.
Deitei-me, mas pouco dormi nessa noite.
As contrações começaram bem leves de madrugada. E fiquei de vigília, atenta a
cada uma, a tentar assimilar o quão incrível é o poder do corpo humano. Estava
ansiosa quanto bastasse, mas feliz e tranquila. Fiquei acordada, a analisar
cada contração, na esperança de perceber a evolução.
Pela manhã, bem cedo, avisei o Clau que estava
com contrações e que talvez fosse o dia da Estrela nascer.
Preparamo-nos para sir de casa com calma
e naturalidade, porque nestas situações nunca se sabe. Levamos o Gabi à escola,
como se fosse um dia normal. E fomos para a maternidade. Para ser analisada.
Chegamos lá e fui chamada para triagem.
Fizeram-me a análise das contrações e o tão temível toque para perceber quantos
centímetros de dilatação teria. Na realidade, não me recordo quantos tinha, mas
nitidamente estaria em trabalho de parto. Não se sabia quanto tempo demoraria.
Mas seria necessário aguardar para perceber a evolução.
Esta foto marca o momento em que saí
dessa sala para vestir a famosa túnica. Teria que passar a uma nova sala, para
ficar sob observação.
Aqui, as contrações já seriam algumas.
Recordo-me de, durante a caminhada, tinha que parar de vez em quando para
respirar fundo e continuar. Apesar daquele receio normal, estava tão tranquila.
Com esperança de que tudo fosse simples.
Com o Gabi correu tudo muito bem. Apesar
da epidural não ter atuado bem à primeira e ter que levar uma nova dose,
acreditava que desta vez não seria igual.
Estava muito entusiasmada e feliz.
Afinal o grande momento estava mesmo para chegar!
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