terça-feira, fevereiro 14

A violência doméstica não tem rosto!

 Uma foto desfocada para, mais uma vez, falar sobre a violência doméstica. Uma foto com a minha filha, porque nestas relações, quando existem crianças, elas também sofrem.


A violência doméstica não tem rosto.

Pode estar a ser vivida onde menos a esperamos. Pode ser um(a) amigo(a), um(a) familiar, um vizinho(a) ou um(a) colega de trabalho. Podemos ser nós a experienciá-la e nem termos percebido.

Pessoas de todas as classes sociais passam por experiências de violência doméstica. Pessoas ativas, aparentemente completas e felizes, passam por estas experiências, também.

Nem toda a violência se prova com as marcas de uma nódoa negra, há muitas outras marcas que se escondem debaixo da pele, que atormentam o dia a dia de quem a vive. E que se tornam mais difíceis de interpretar (e "aceitar como sendo violência").

Aplaudimos muitas vezes relacionamentos, incentivamos pessoas a continuarem juntas, mas esquecemos que o mais importante é o que não se vê. Dizemos com facilidade "se fosse mau não estariam juntos", sem se compreender que há muito mais para além do que se vê. Este tipo de comportamentos só faz com que o agressor ganhe força e a vítima enfraqueça. Quem precisa de ajuda é a vítima, não o agressor.

Amanhã, no dia dos namorados, não incentivem ao amor, à pressão de uma relação que não sabem como está. Conversem antes sobre como deve ser o amor no dia a dia. Dias destes confundem muitas vezes as vítimas e fazem o agressor ganhar ainda mais poder. Afinal, ele é muitas vezes quem presenteia, quem tem mais a dizer. Faz parte do jogo, faz parte do poder.

Não apoiem o agressor. Defendam a vítima.

Não se deixem iludir (ou não sejam cobardes, se souberem como é).

Apoiem o verdadeiro amor. Não o que aprisiona e faz doer.


Nenhum comentário:

Postar um comentário