terça-feira, fevereiro 7

És sempre o mesmo!

És sempre o mesmo! Não, não sou. Mas se continuares a agir assim, tu serás!

Ficamos, tantas vezes, presos a rótulos que nós próprios criamos sobre os nossos filhos.

Entre os 2 e os 3 entitulamo-los de birrentos, talvez ali por volta dos 4 dos "amantes dos cocós", aos 5 são um fenómeno de tão engraçadinhos que são, aos 6 são uns macaquinhos porque passam a vida a andar aos trambolhões... Aos 7 já começam a preferir os amigos em detrimento dos pais e são os pré adolescentes que não querem saber de nós, e por aí fora...
Criamos tantos, mas tantos rótulos. E o pior de tudo é que fazemos questão de lhes dizer isso, com todas as letras. E, pior ainda, é que com mais facilidade olhamos para o que fazem de forma um bocadinho quanto negativa... Não é mesmo?

Sabem porquê? Bem... Eu também não. Mas posso deixar uma explicação (ou apenas mais uma das minhas reflexões). :)

Porque nos custa olhar para os nossos filhos e aceitar que eles passam por tantas fases diferentes, tal como nós. E, muitos de nós, fomos reprimidos nessas mesmas idades. E, muitos de nós, produzem como resposta automática a mesma resposta que obtiveram.

Por isso é tão importante o desenvolvimento pessoal e, melhor ainda, a terapia. :)

Bem... Quanto às fases de cada um é fácil compreender que sendo apenas fases, a maioria das crianças passa por elas, também. Não é por serem isto ou aquilo, ou por serem mais ou menos do que os irmãos. É muito porque estamos mais atentos, ou porque lembramos menos o filho anterior, ou porque nos rimos e gozamos com isso e para captarem a nossa atenção, intensificam esses mesmos comportamentos.

Quantas vezes vocês riram de algo que não queriam, mas não foram capazes de controlar, e no minuto seguinte lá estavam eles a repetir? Porquê? Porque vocês lhes deram atenção, porque vocês os validaram.

Tenho passado muitas fases curiosas com a Estrela. Porque consigo rever nela muitos dos comportamentos do Gabi. E, tal como ele, ao primeiro comentário positivo, ela aprende que aquele é um comportamento a manter. Porque quer sentir a mesma aprovação que todos nós, no fundo, queremos.

Por isso, para hoje, só tenho uma coisa a pedir: fiquem atentos aos comportamentos dos vossos filhos como parte integrante do seu desenvolvimento. E valorizem. E, acima de tudo, aproveitem e desfrutem. Todas as fases acabam por passar e por deixar saudades. Mesmo quando inventam coisas que não "cabia na cabeça de ninguém", eles estão apenas a testar as suas habilidades, limites, e a conhecer mais sobre eles e sobre nós.

Que possamos deixá-los explorar o que precisam em cada fase e que não os olhemos como mais isto ou aquilo só porque sim.



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